Proveniente do CS Marítimo, Rodrigo Pinho deu o maior salto da sua carreira e chegou a um grande português após contar com passagens por SC Braga, CD Nacional e, por último, CS Marítimo.
Nas temporadas transatas, Rodrigo Pinho mostrou qualidade para voos maiores e a sua oportunidade acabou por chegar. Mas será que chegou mesmo o tempo do avançado brasileiro?
Pois bem, ainda que apresente qualidade, Rodrigo Pinho não é primeira opção de Jorge Jesus para a frente de ataque encarnada, até porque existem no plantel jogadores bem mais capazes do que Pinho. Ainda assim, o brasileiro nascido na Alemanha é uma boa adição que garante profundidade ao plantel encarnado.
O esquerdino de 30 anos mostra-se mais como uma segunda opção viável, capaz de brilhar em certas situações do jogo e não como um titular indiscutível. Aliás, o próprio deveria saber disso quando assinou pelo SL Benfica. Contudo, creio que haverá espaço, e minutos, para Rodrigo Pinho.
⚽ Rodrigo Pinho estreou-se de águia ao peito!#SLBCDT #EPluribusUnum pic.twitter.com/n85ZADeunI
— SL Benfica (@SLBenfica) August 30, 2021
Poderá ser importante para fazer descansar os colegas de posição em jogos de taças e poderá também funcionar quase como que um elemento surpresa quando o jogo estiver “encalhado”.
Possante fisicamente, Rodrigo Pinho é também um avançado bastante móvel, nada normal para as caraterísticas que apresenta. Ainda que seja ponta de lança, tem a capacidade de jogar de costas para a baliza, sabendo temporizar o timing para soltar a bola para os colegas, e tem ainda a capacidade de aparecer em zonas de finalização.
É de pensar que com a sua envergadura Rodrigo Pinho fosse um homem de área, mas muito pelo contrário. É um avançado rápido e explosivo que sabe explorar bem as costas do adversário, para além de ser muito forte no duelo individual. Não temos aqui o próximo Cristiano Ronaldo, mas temos uma opção bastante viável para render Yaremchuk.
No plantel encarnado encontra as concorrências diretas de Darwin Núñez, Haris Seferovic e Gonçalo Ramos, para além do supramencionado, Yaremchuk, o que torna os minutos de jogo ainda mais escassos, até porque Jorge Jesus tem apostado num sistema 3-4-3, sendo Yaremchuk o homem da frente e Rafa Silva e Darwin os jogadores que, não estando na ala, têm mais tendência para pisar esses terrenos.

Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede
Nesta temporada, ao serviço das águias, conta com três jogos disputados de águia ao peito, totalizando 82 minutos de utilização e um golo marcado. Quiçá registe números como na temporada passada, que em 21 jogos apontou 15 golos e uma assistência, mas não me parece provável, até porque não tem a mesma preponderância no SL Benfica que tinha no clube insular.
Assim, Rodrigo Pinho terá de lutar por um lugar no onze inicial, mas o que se prevê é que seja um jogador de rotação – tanto para jogos de menor calibre, como para entrar para mexer com o jogo. A qualidade está lá, mas não para ser titular indiscutível no Sport Lisboa e Benfica.
Artigo revisto por Andreia Custódio