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SC Farense 0-0 SL Benfica: Não houve Faro para o golo

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A CRÓNICA: A 15 PONTOS POR 15 CENTÍMETROS

Enganador empate a zero na visita do SL Benfica ao mítico S. Luís, em Faro. Jogo bem disputado, com várias oportunidades, mas sem golos, que deixa as “águias” a 15 pontos do primeiro lugar e que permite que os leões de Faro igualem na tabela classificativa, com 18 pontos, o FC Famalicão e o Boavista FC.

Primeira parte agitada e de futebol positivo. Ambas as equipas apresentam similar ambição de ferir ofensivamente o adversário, visando a baliza com regularidade. Pedro Henrique, do lado algarvio, e Seferovic e Darwin, da parte das “águias”, açambarcam a grande maioria das oportunidades de concretização.

No entanto, é Licá quem, aos 40 minutos, faz abanar as redes de Helton Leite pelo lado correto, com um remate forte e cruzado, de primeira, após ter encontrado o espaço nas costas de Nuno Tavares e da linha defensiva alta do SL Benfica. Todavia, o golo é anulado pelo VAR, por fora de jogo de 15 centímetros do ala do SC Farense.

Segunda parte de menos SC Farense – ou, pelo menos, de menor incisão da parte dos leões de Faro -, mas de um SL Benfica igualmente incapaz de tomar boas decisões no último terço. Ainda assim, surgem, com alguma regularidade, oportunidades de golo junto da baliza de Defendi.

Seferovic e Rafa, altamente perdulários, desperdiçam oportunidades um tanto escandalosamente, com o guardião alvinegro a mostrar-se atento quando necessário. Ainda assim, pertence a Pizzi a melhor oportunidade forasteira do segundo tempo. Aos 70 minutos, em posição frontal e já no interior da área farense, o “21” das águias remata de pé esquerdo, com o esférico a “lamber” a tinta do poste direito da baliza à guarda de Defendi.

Menos incisivo, mas não menos perigoso quando próximo da área encarnada, o SC Farense dispõe de algumas oportunidades para criar perigo, originadas de duas principais formas: progressão com bola de Ryan Gauld (quem mais?) e/ou desatenções graves individuais e coletivas do SL Benfica. Apesar dos calafrios causados, era a solidez defensiva e a manutenção do nulo o que mais interessava aos algarvios, que o conseguiram de forma notória e, até, notável.

A FIGURA

Ryan Gauld Handyman, no seu inglês materno, ou “faz-tudo”, na versão portuguesa, língua que já acolheu – é isto Ryan Gauld em campo. Enche o campo como poucos, lê o jogo como ainda menos e é a prova singular mais cabal de que este SC Farense vale mais do que aquilo que a classificação atual mostra. A falta de golos não foi culpa de Gauld, que muito contribuiu para a qualidade do espetáculo.

O FORA DE JOGO

Falta de eficácia de ambas as equipas – Na impossibilidade de determinar qual o elemento individual em campo que tenha passado ao lado do jogo, entregamos o galardão de Fora de Jogo à falta de eficácia de ambas as equipas, que privou um bom espetáculo de ser complementado por golos.

 

ANÁLISE TÁTICA – SC FARENSE

No momento defensivo, os algarvios apostaram num 4-5-1 que, por vezes, se convertia num 4-4-2, com um dos médios – o mais próximo da zona da bola – a auxiliar Pedro Henrique na pressão e, por outras vezes, num 4-1-4-1, com Lucca a fazer de elemento de coesão entre as duas linhas de quatro.

Apesar de Jorge Costa apresentar um bloco relativamente compacto, o mesmo não estava posicionado, regra geral, muito baixo. A turma algarvia apostou na solidez e solidariedade defensivas (os dois “sóis” mais importantes para quem quer defender bem) em vez de simplesmente compactar e baixar ao máximo o seu bloco.

A turma de Jorge Costa construía, regra geral, com os dois centrais bem “abertos”, dando largura logo numa primeira fase e permitindo a aproximação de dois médios na zona central ao guarda-redes Defendi, que ficava, assim, com quatro linhas de passe.

Desta forma, os algarvios atraíam os avançados e os médios dos encarnados, forçando, por inerência, todo o bloco das “águias” a subir. Com isto, os alvinegros garantiam a existência de um largo espaço nas costas da linha defensiva, que exploravam com incidência e insistência máximas esse mesmo espaço, por Pedro Henrique, Licá e Madi Queta.

Quando não procurava a profundidade, o SC Farense procurava a verticalidade, com passes no corredor central a “queimar linhas”, sobretudo em busca de Ryan Gauld, o motor, gerador, transformador, dínamo e tudo mais dos algarvios.

ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

Defendi (6)

Idrissi (5)

André Pinto (6)

Mancha (6)

Fábio Nunes (5)

Queta (5)

Lucca (6)

Bura (5)

Gauld (7)

Licá (6)

Pedro Henrique (6)

SUBS UTILIZADOS

Djalma (5)

Fabrício Isidoro (5)

Stojiljkovic (3)

 

ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

De regresso aos jogos nacionais, Jorge Jesus fez regressar o “seu” 4-4-2 com dois pontas-de-lança – Darwin e Seferovic. Ao suíço competia maioritariamente executar movimentos verticais, deslocando-se entre setores, enquanto o uruguaio havia sido incumbido dos movimentos horizontais, movimentando-se entre corredores.

Delegação equitativa de tarefas no que respeitou aos homens do miolo, com Gabriel e Taarabt a assumirem – ambos e na forma tentada – as funções de construção e destruição. Na construção, o “8” e o “49” dos encarnados contavam com o apoio interior de Rafa e Everton, que, assim, facultavam as alas a Gilberto e Nuno Tavares.

Nas suas subidas, era comum os laterais das “águias” encontrarem Darwin a pedir a bola, de forma a ingressar com a mesma na área farense ou depositá-la na mesma, em busca de Seferovic, Gabriel aparecido em movimento vertical ou o ala contrário em movimento diagonal.

No momento defensivo, o 4-4-2 era bem visível, com os dois avançados na primeira pressão e com duas linhas de quatro o mais alinhadas possível. Os forasteiros apresentaram-se com um bloco médio, procurando recuperar a bola em zonas adiantadas do terreno, arriscando uma constipação ao deixar as costas bem descobertas.

ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

Helton Leite (4)

Gilberto (4)

Otamendi (4)

Vertonghen (5)

Nuno Tavares (5)

Rafa (6)

Taarabt (5)

Gabriel (6)

Everton (5)

Seferovic (4)

Darwin (4)

SUBS UTILIZADOS

Waldschmidt (4)

Diogo Gonçalves (5)

Pizzi (5)

Grimaldo (4)

Cervi (3)

Márcio Francisco Paiva
Márcio Francisco Paivahttp://www.bolanarede.pt
O desporto bem praticado fascina-o, o jornalismo bem feito extasia-o. É apaixonado (ou doente, se quiserem, é quase igual – um apaixonado apenas comete mais loucuras) pelo SL Benfica e por tudo o que envolve o clube: modalidades, futebol de formação, futebol sénior. Por ser fascinado por desporto bem praticado, segue com especial atenção a NBA, a Premier League, os majors de Snooker, os Grand Slams de ténis, o campeonato espanhol de futsal e diversas competições europeias e mundiais de futebol e futsal. Quando está aborrecido, vê qualquer desporto. Quando está mesmo, mesmo aborrecido, pratica desporto. Sozinho. E perde.

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