Após as vendas de Militão e Felipe, e do provável término de carreira de Iker Casillas, a defesa do FC Porto parte para 2019/2020 órfã de três dos seus esteios. Assim sendo, da defesa que mais jogos realizou na temporada transata, restam apenas Alex Telles e Pepe. No entanto, destes, só Pepe parece ter lugar garantido no plantel uma vez que o assédio a Alex Telles é enorme, sendo o principal pretendente o Atlético de Madrid.
Tendo em conta a previsível sangria que o plantel do FC Porto vai sofrer no próximo mercado, segurar Alex Telles deve ser uma das grandes prioridades da SAD para este defeso.
Formado na Juventude, modesto clube de Caxias do Sul no Brasil, foi no Grémio FBPA que Alex despontou. Após um ano num dos maiores clubes de Porto Alegre e depois de ter sido considerado o melhor Lateral-esquerdo do Brasileirão, deu o salto para a Europa, transferindo-se para os turcos do Galatasaray S.K com apenas 20 anos. Após duas épocas regulares no clube turco, cumpriu uma temporada por empréstimo no gigante italiano Inter de Milão, onde as coisas não lhe correram de feição. No verão de 2016 transferiu-se, a troco de 6,5M€, para o FC Porto e já soma 3 épocas de dragão ao peito.

Fonte: FC Porto
Não se pode, de todo, dizer que esta última temporada foi a mais exuberante. De qualquer forma voltou a fazer uma época muito regular e foi capaz de manter um nível alto ao longo de todo o ano. Acresce que voltou a ter uma enorme preponderância na equipa, tanto no que concerne às bolas paradas como pela profundidade de que dá ao lado esquerdo do ataque. Sem substituto à altura, Alex voltou a ter que cumprir quase a totalidade dos jogos da equipa e, como tal, mais se deve valorizar a capacidade do lateral em manter um nível elevado de rendimento mesmo não tendo direito a descanso. Seja o brasileiro capaz de melhorar e corrigir algumas debilidades no momento defensivo e pode tornar-se num lateral de referência a nível mundial. Resta perceber se esta foi, ou não, a sua última época a vestir de azul e branco.
Assim sendo, seria fundamental convencer o lateral brasileiro a ficar pela cidade Invicta pelo menos mais um ano. Apesar do mercado e da alta cotação que tem no velho continente, só lhe faria bem mais uma época em Portugal. É uma das pedras basilares da equipa que (ainda) sobra. Pela qualidade, importância e peso no balneário seria da mais elementar justiça colocar Alex no patamar dos mais bem pagos do plantel e do nosso futebol e assumir a promessa de que a sua saída será facilitada no verão de 2020. Para já, a Alex deve ser conferido o rótulo de intransferível.
Foto de Capa: FC Porto
artigo revisto por: Ana Ferreira