Marius Lindvik evita dobradinha nipónica | Saltos de Esqui

Findadas as competições em trampolim normal, era tempo dos saltadores conhecerem a estrutura de 140m e cujo K-Point se situava nos 125m, este sim um  trampolim frequentemente usado na Taça do Mundo de saltos de Esqui.

Era com o vento a soprar com pouco intensidade que principiaria a ronda qualificativa a contar 56 participantes em defesa de 26 nações. Disposto a corrigir a imagem deixada no trampolim normal parecia estar Lindvik, jovem talento viking que colecionava mais 3.000 euros visto voar 135m. Batido por um metro e meio e igualmente desejoso de mostrar uma nova face víamos Granerud, ao passo que a terceira melhor marca era pertença de Peter Prevc que se ficava pelos 131m. Em quarto militava Kraft rubricando 128.5m, com o bicampeão da Taça do Mundo a ser seguido pelo futuro herdeiro de Klimov na equipa russa, Sadreev, que saltando 136.5m ostentava o epíteto de voo mais distante do apronto. Ainda dentro do Top dez encontrávamos: Eisenbichler em sexto, Alto tornava a surpreender em sétimo, o bicampeão olímpico em título Stoch era oitavo com Ryoyu a ser apenas nono, ele que segundo a minha leitura era o principal favorito para faturar novamente. O mano do meio de Peter, Cene Prevc, encerrava o lote dos mais fortes,  seguidos respetivamente por: Fettner e Geiger. De frisar ainda que Kubacki adquiria apenas a 22ª marca, enquanto Peier era o melhor dos helvéticos obtendo a 39ª. Isto num dia em que apenas seis competidores acabaram eliminados e em que os mais fortes e categorizados mostraram a razão de o serem. Destaco apenas a presença na prova de acesso às medalhas  do novato checo, Rydl, que já mais o conseguira em âmbito de Taça do Mundo.

UM HOMEM QUE MAIS PARECIA UMA MÁQUINA!

Com o vento a permanecer, felizmente calmo,  tinha início uma primeira ronda que prometia: emoção, equilíbrio e distâncias grandiosas, mas acima de tudo um enormíssimo espetáculo! Parecendo imune à pressão inerente a poder tornar-se apenas no terceiro saltador da história a realizar uma dobradinha em contexto olímpico, igualando Ammann e Stoch, Kobayashi seguia imparável assinando 142m, com Lindvik a ser o único capaz de o evitar estando a 2.2 pontos do ouro e registando menos metro e meio. O terceiro posto ia sendo ocupado por Zajc que arrecadava 138.5m, seguido por Stoch que fazia menos um metro e por Fettner que rematava igual distância. Já Geiger, sendo sexto a mais de dez pontos das medalhas teria de puxar pelos galões de colete amarelo da temporada regular, isto caso ambicionasse sair dos eventos individuais  com uma ao pescoço. De reforçar que o Top dez contava ainda com: Hoerl, Eisenbichler, Granerud e Cene Prevc, isto numa ronda em que Peter Prevc e Kos ficavam em periclitantes condições de sonhar ainda com uma hipotética subida ao pódio, pois eram 12º e 13º colocados. Saliente-se que não eram caso único, visto que : Kraft, Huber e Kubacki faziam ainda registos mais modestos, encontrando-se na segunda metade do Top 30. Quem não voltaria a saltar no trampolim olímpico neste dia seriam: Tand e Johansson, baixas de relevo para a derradeira ronda.

FINALMENTE, LINDVIK!

Era do portão 20 que arrancaria a ronda de todas as decisões, ainda que o mesmo sofresse várias alterações a pedido dos atletas, que com essa manobra tática procuravam amealhar pontos vitais  na obtenção dos seus objetivos. Quem abria o espetáculo como que procurando remediar o mal já feito era Kraft ao saltar 136.5m,insuficientes, para devolver a glória ao baixinho, com o recordista do mundo de voos de esqui a ficar-se pela 13ª posição, duas atrás de Kos. Já Peter Prevc não era capaz de manter a boa forma patenteada na competição em trampolim normal, ficando-se pela base do Top dez, um posto pior que Hoerl que era nono enquanto Granerud em oitavo continuava a atuar em claro sub-rendimento.

Quanto ao já medalhado de prata neste certame, Fettner, não repetiria a gracinha terminando em sétimo. À sua frente concluía Zajc que não aguentaria a pressão na luta pelas medalhas e voando 130.5m perderia o “comboio”! À semelhança de Eisenbichler em quinto e Stoch quarto, com o polaco a ter de abdicar da coroa. Geiger acabaria por salvar a “pele” ao resgatar o bronze, com recurso a uns bem interessantes 138m garantia que sairia de Pequim, quanto mais não fosse, com um metal ao pescoço,  isto um dia após cumprir 31 anos! Certamente uma boa prenda!

Quanto ao samurai finalmente dava mostras de também ser humano não conseguindo escrever ainda mais história e apontando registo igual ao do bávaro conquistava a prata. Depois de vencer ambas as qualificações, eis que Lindvik o traduzia em medalhas e com 140m selava o primeiro título olímpico. De mencionar ainda que após a surpresa em trampolim normal Kubacki não faria  melhor que um 26º posto, que sabia claramente a fel!

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Diogo Rodrigues
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O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.

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