No meio é que está a virtude | SL Benfica

    Qual é a fórmula para tornar o meio campo do SL Benfica mais consistente a nível defensivo e ofensivo?

    A época irregular do SL Benfica está meio que a deixar os adeptos encarnados à beira de um ataque de nervos e a passividade que os jogadores encarnados mostram em grande parte dos jogos chega a ser confrangedora. No último encontro para o campeonato, frente ao Boavista FC, isso ficou bem evidente.

    É difícil explicar a diferença exibicional de uma parte para a outra, quando parecia que o SL Benfica tinha o jogo controlado após o primeiro tempo e nos segundos 45 minutos tenha deitado tudo a perder. Mas o que se está, realmente a passar?

    É certo que em todos os sectores tem existido falhas mas foquemo-nos apenas no meio campo. É no centro do terreno que tem havido mais alterações em relação a quem joga e ao número de médios que Nélson Veríssimo coloca em campo.

    Em algumas situações, o técnico das águias experimentou o 4-3-3 mas ultimamente a aposta tem sido o 4-4-2 e parece que veio para ficar. Mas recuemos ao duelo com o Boavista FC. Nélson Veríssimo surpreendeu tudo e todos ao colocar Adel Taarabt no onze inicial em detrimento dos que têm sido os habituais titulares, Paulo Bernardo e João Mário.

    O médio marroquino entrou muito bem na partida, marcou um grande golo mas aos 72 minutos foi substituído por João Mário.

    meio João Mário Estoril-Praia SAD 1-1 SL Benfica
    João Mário fez uma boa primeira volta no campeonato mas na segunda tem vindo a perder espaço na equipa
    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    Coincidência ou não, dois minutos após a entrada do internacional português, os encarnados sofreram o primeiro golo e, a dez minutos do fim, o segundo, permitindo aos axadrezados carimbarem um empate que muitos benfiquistas agora imaginam que com Taarabt em campo, o SL Benfica não tinha deixado escapar dois pontos no Bessa.

    João Mário e Taarabt são dois médios completamente diferentes em alguns aspectos. O internacional marroquino é um jogador mais explosivo que gosta de levar a bola para a frente e com isso aumenta a probabilidade de criar mais perigo junto da área contrária.

    No entanto, gosta de arriscar no um para um e devido a essa situação o risco de perder a bola é maior. Já João Mário é um jogador mais cerebral e que pausa mais o jogo, mas em relação a Taarabt, é mais difícil tirarem-lhe a bola. Sendo jogadores tão diferentes mas ocupando a mesma área de terreno, será que se justifica a utilização dos dois em simultâneo ou apenas um faz sentido?

    Já vos darei a resposta mas convém salientar que o meio campo encarnado tem sido muito macio para os adversários, pois falta alguma agressividade na procura da bola. João Mário e principalmente, Paulo Bernardo, aventuram-se na frente e deixam por vezes Julian Weigl sozinho à mercê dos ataques contrários, criando um buraco no miolo encarnado que nem Everton e Rafa conseguem tapar.

    Com Weigl a ter lugar cativo no onze na posição de “6” em 4-4-2, a outra vaga nessa zona do terreno gira à volta de quatro nomes: João Mário, Taarabt, Paulo Bernardo e Meité. E pelos sinais positivos que Taarabt mostrou diante do Boavista FC e do AFC Ajax, parece que a sua titularidade é para manter. Contudo, seria interessante ver Nélson Veríssimo apostar num 4-3-3, com Taarabt e João Mário a titulares.

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Rui Alves Maria
    Rui Alves Mariahttp://www.bolanarede.pt
    O Rui é natural de Tavira. Desde 2003 que a sua residência é em Odivelas e com essa deslocação teve a oportunidade de frequentar e concluir um Curso Profissional de Técnicas Jornalísticas. O jornalismo foi sempre a sua paixão desde muito cedo e o seu gosto pela escrita foi acompanhando essa mesma paixão. No entanto, é no jornalismo desportivo que se sente mais à vontade para desenvolver todas as suas capacidades.