Como já referi anteriormente, são dois jogadores com características diferentes mas que se podem complementar um ao outro. E com o jogo ofensivo que o SL Benfica apresenta nesse esquema táctico, com dois extremos (Rafa e Everton) e um avançado (Darwin Núñez), o marroquino serviria de apoio aos jogadores da frente, um falso “10” a jogar nas costas de Darwin Núñez.
Um pouco mais recuado, o médio português seria o elo de ligação nas transições ofensivas da equipa e era ele a gerir os ritmos de jogo. Do ponto de vista de equilíbrio, penso que esta seria a táctica que poderia dar mais consistência à equipa, quer a nível defensivo, quer a nível ofensivo.
Com o 4-4-2 cada vez mais enraizado, Nélson Veríssimo continua a insistir em apenas dois médios mas até poderia jogar com três, mesmo que para isso tivesse que sacrificar um dos extremos.
Algumas pessoas não se recordarão mas na primeira época de Jorge Jesus ao leme dos encarnados, 2009-2010, o SL Benfica apresentava-se num 4-4-2 em que alinhava apenas com um extremo que jogava pela esquerda, o argentino Di María.
⚽ GOLO
Taarabt 21′
Liga Portugal bwin (#23) | Boavista 0-1 Benfica#LigaPortugalbwin #BFCSLB pic.twitter.com/N5q6gdf2T1— VSPORTS (@vsports_pt) February 18, 2022
O meio campo dessa altura era formado por Javi García, médio defensivo, Ramires, que fazia de “8” e muitas vezes de falso extremo direito, e Pablo Aimar, o tal “10” a jogar nas costas dos dois avançados, Saviola e Óscar Cardozo.
Ramires foi mesmo uma das chaves do sucesso do clube da Luz naquela temporada, pois era considerado o pulmão da equipa. Defendia, atacava, estava em todo o lado e isso foi importante na consistência da formação encarnada. Não foi por acaso que esteve apenas uma temporada de águia ao peito antes de rumar ao Chelsea FC para ser campeão europeu.
E é precisamente um jogador desse calibre que falta ao atual conjunto. Que preencha todo o meio campo e que ao mesmo tempo consiga criar perigo junto da área contrária. Talvez o jogador do atual plantel que mais se aproxima das características do brasileiro é precisamente Taarabt.
Nesse sentido, penso que a melhor táctica para este SL Benfica seria o 4-3-3, com a inclusão do marroquino e João Mário no onze inicial.
E se eu fosse treinador do SL Benfica, esta seria a minha escolha para começar uma partida: Vlachodimos; Gilberto, Otamendi, Vertonghen e Grimaldo; Weigl, João Mário e Taarabt; Rafa, Everton e Darwin Núñez. Se ia resultar, não sei, mas já ficaria muito feliz se Nélson Veríssimo lesse este artigo e fizesse a minha vontade no próximo jogo.
Artigo redigido por Rui Maria
Artigo revisto por Joana Mendes