Com tanto para dizer, mas sem vontade de escrever… é este o sentimento de um portista abatido, no entanto, jamais vencido. É verdade, o impensável aconteceu e o FC Porto teve das derrotas europeias mais humilhantes da sua história ao perder por uns expressos 0-4 frente ao Club Brugge KV.
Não me lembro de uma derrota tão constrangedora no Dragão como aquela frente ao CD Tondela, na época de 2014/2015. Contudo, é por isto que o futebol nos tanta apaixona e atrai, porque não é uma ciência exata e as surpresas, embora raras vezes, acontecem.
Porém, nao é que seja uma derrota totalmente inesperada, uma vez que, na minha opinião, tem sido o resumo, até agora, da época. Ou seja, estamos perante um FC Porto que está a ser uma sombra daquilo que foi na temporada passada e que tem passado para fora uma imagem assustadora daquilo que pode vir a suceder no decurso desta época desportiva.
Mas, parafraseando José Mourinho, mais vale perder uma vez por “0-4 (adaptando a sua frase) do que 4 x por 0-1”. Todavia, na Europa, não foi só o peso da derrota, mas o facto de ser a segunda seguida e vir a complicar e muito as aspirações e as contas finais.
Um jogo, pode-se dizer, completamente ao lado e em que tudo correu mal, desde uma defesa sem norte a um meio-campo sem presença, desde uma equipa com um plano bem estudado a uma formação sem ideias.
Também se podia argumentar que percalços sempre acontecem, mas a derrota de Vila do Conde ainda paira bem no ar de qualquer adepto e a vitória sofrida em Vizela também ainda não caiu no esquecimento… são muitos fatores que fazem tremer o pior…
📸Os 11 que nos representam💙
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— FC Porto (@FCPorto) September 17, 2022
O alvo mais fácil seria questionar as opções técnicas de Sérgio Conceição, as suas falhas enquanto técnico do FC Porto, que as têm, porém, não se pode responsabilizá-lo totalmente, quando o que se viu foram jogadores sem alma e sem paixão, uma direção que parece decidida a sabotar o seu trabalho e a pedir-lhe constantemente “milagres”, quando não fazem nada para os ter.
Que esta derrota seja alvo de uma reflexão por parte de toda a estrutura e que se tente remediar os males de um verão e lute pelo muito que há para conquistar
Por fim, uma palavra de apreço para Sérgio Conceição e a sua família, que passaram por algo que não deviam ter passado.
Quanto aos responsáveis, que tenham as consequências adequadas e ao serem portistas, o que tudo indica que sim, o clube que não seja igual a tantos outros e tenha mão pesada e não os deixe a voltar a frequentar o estádio do FC Porto, porque pessoas que não sabem viver em sociedade, são pessoas que não são bem-vindas ao Dragão.