
Borussia Dortmund e Real Madrid vão discutir entre si a Liga dos Campeões, o troféu de clubes mais cobiçado do mundo.
Costuma-se dizer que o melhor fica guardado para o fim, e é o que acontece todos os anos com a final da Liga dos Campeões, que simbolicamente marca o fim da temporada futebolística na Europa.
Estamos a falar de um jogo que desperta paixões além-fronteiras e é visto por milhões de pessoas em todo o mundo. Este sábado não vai ser diferente e é esperado mais um recorde de audiências da partida que vai ditar o novo campeão europeu.
Londres vai ser a capital do futebol do Velho Continente e o majestoso Estádio de Wembley já está preparado para receber os dois finalistas deste ano, Borussia Dortmund e Real Madrid. A bola vai começar a rolar quando o Big Ben marcar as 20h00.
O encontro decisivo da maior competição de clubes do planeta vai colocar frente a frente duas realidades bem distintas, mas num jogo desta dimensão tudo isso é posto de lado, como aconteceu, por exemplo, na final da Liga Europa desta época entre a Atalanta e o Bayer Leverkusen, com o quarto classificado da Série A italiana a dar um autêntico banho de bola ao imbatível campeão alemão.
Contudo, teremos de olhar sempre para a história e para o peso das camisolas, e aí, o Real Madrid agiganta-se perante o seu adversário. O clube merengue dispensa apresentações no que toca a títulos de campeão europeu, e quer colocar no seu palmarés o 15.º troféu.

O novo campeão espanhol conquistou cinco Ligas de Campeões nos últimos dez anos e reforçou ainda mais o seu estatuto de maior clube do mundo da história do futebol, que começou a ganhar forma nos anos 50 do século passado, quando arrecadou, de forma consecutiva, cinco Taças dos Campeões Europeus.
Não é por acaso que há quem diga que esta é a competição onde o Real Madrid se sente como um peixe na água, e a prova é que os jogadores absorvem esse espírito quando estão a disputá-la, superando-se muitas vezes a eles próprios.
Esta equipa pode não ter os nomes galácticos de outros tempos, mas ainda conta com a qualidade e a experiência de Dani Carvajal, Toni Kroos e Luka Modric, aliado aos jovens craques como Jude Bellingham, Rodrygo e Vinícius Júnior. Há ainda a ter em conta o fator treinador.
Carlo Ancelotti regressou ao banco do Real Madrid em 2021, e poderá erguer a sua terceira “orelhuda” como técnico da formação blanca, depois de já a ter levantado em 2014 e 2022.

O Borussia Dortmund chega ao derradeiro jogo pela terceira vez na sua história, com o sonho em repetir o que fez no longínquo ano de 1997, quando conquistou a Liga dos Campeões.
Paulo Sousa, antigo médio internacional português, fazia parte dessa grande equipa que tocou o céu da Europa pela primeira e única vez até ao momento. Mais recentemente, o Borussia Dortmund disputou a sua última final em 2013, mas viria a perdê-la para o seu rival doméstico, o Bayern Munique.
O treinador Edin Terzic nem vai precisar de se preocupar muito em motivar os seus jogadores para o embate com o Real Madrid, pois num desafio com esta magnitude a motivação basta ser interiorizada pelos próprios atletas e sem a ajuda de terceiros.
A formação germânica pode não possuir tantas estrelas cintilantes como os merengues, mas é um conjunto bem organizado e sabe o que fazer em campo, e isso pode ser a chave para uma noite épica.
O Borussia Dortmund quer provocar uma surpresa em Wembley, e mostrar ao gigante espanhol que o quinto lugar obtido na Bundesliga esta época pouco importa quando está em jogo ser-se o rei da Europa em 2024.