A Federação Internacional de Automobilismo anunciou o novo regulamento técnico para a Fórmula 1, que entra em vigor a partir de 2026. Este novo regulamento vai trazer mudanças significativas para a modalidade.
Uma das alterações anunciadas prende-se com os monolugares, uma vez que vão ser mais pequenos e mais leves e, por isso, mais potentes. Vão ter menos 30 quilogramas (kg), a distância entre os eixos vai ser de 3,40 metros, ao invés de 3,60 metros, e a largura vai descer de 2,0 metros para 1,9 metros. Para além disso, vão continuar a cumprir com as promessas da FIA de atingir a neutralidade carbónica, em 2030, visto existir a obrigatoriedade do uso de combustíveis 100% sustentáveis, feitos a partir de bio derivados, como plantas ou resíduos urbanos.
Outra das maiores mudanças está relacionada com o sistema DRS (Drag Reduction System) – introduzido em 2011 e permite mais ultrapassagens – que vai deixar de ser utilizado a partir de 2026.
Também a aerodinâmica foi incluída nestas mudanças, dado que foi totalmente redesenhada, com o downforce reduzido em 30% e o arrasto em 55%. As asas dianteiras e traseiras são móveis e permitem “travar” o ar sujo. Com o intuito de ter carros mais eficazes, os pilotos vão ter duas novas configurações: “Z-Mode” e “X-Mode”. A primeira aumenta o downforce em curva, permitindo curvas mais rápidas, e a segunda pretende dar maior velocidade em linha reta. O “X-Mode” parece vir a colmatar a falta do sistema DRS e pode vir a ser o seu substituto.
A potência dos monolugares também vai sofrer alterações, com o fim do MGU-H (peça utilizada para recuperar energia) e o surgimento de um novo MGU-K que vai permitir gerar o triplo de potência. A potência da parte endotérmica deixa de ser de 550-560 kW e passa a ser de 400 kW, enquanto que o elemento bateria passa de 120 kW para 350 kW, aumentando quase 300% na energia elétrica. Para além disso, a quantidade de energia que pode ser recuperada durante a travagem é duplicada, tendo uma energia recuperável total de 8,5 MJ (megajoules) por rotação.
A segurança também vai ser reforçada. Quer para evitar os impactos que afetem áreas próximas da célula de sobrevivência, onde fica o piloto. Quer na proteção lateral, dando o dobro de segurança para a célula de combustível. Tudo isto, sem aumentar o peso do carro.
Com tantas novidades incluídas neste novo regulamento, as equipas reagiram ceticamente ao que foi anunciado pela FIA, temendo que a Fórmula 1 se torne tão ou mais lenta quanto a Fórmula 2. A Federação Internacional de Automobilismo já assegurou que está disposta a fazer alterações ao regulamento, com base em conversações futuras com as equipas.