Artur Jorge concedeu uma entrevista exclusiva ao jornal O JOGO e falou sobre vários temas. O técnico português fez história pelo Botafogo.
Artur Jorge conquistou a Taça Libertadores pelo Botafogo e foi questionado sobre se já lhe caiu a ficha:
«risos] Já, já. Estou extremamente honrado por fazer parte da história do Botafogo. É um título inédito, que surge de uma final épica. Como os botafoguenses gostam de dizer, só sabem ganhar a sofrer. Nós sofremos, de facto, puseram-se à prova durante todo o desafio, mas estivemos muito capazes de dar a resposta e de conseguir chegar onde queríamos. É uma final e um título que me deixa, a mim, muito, muito honrado, orgulhoso, satisfeito e feliz por ter conseguido, mais ainda ao serviço do Botafogo, que era uma equipa que nunca o tinha feito. Tinha uma missão e uma sede enormíssima de um grande título e poder ter ajudado, fazer com que a história mais dourada do Botafogo seja escrita também com nomes portugueses, é um orgulho enorme».
Artur Jorge diz que nem dormiu nada:
«[Risos] Não, não dormi nada. Estivemos 24 horas acordados, praticamente. Honestamente, porque tivemos a oportunidade de festejar com uma massa adepta enorme. A massa adepta do Botafogo é muito, muito apaixonada, é muito intensa, é de muita história. São adeptos sempre muito presentes e nós tivemos, desde logo na Argentina, uma calorosa festa com todos os apoiantes. Foram mais de 50 mil adeptos que se deslocaram à Argentina para ver a final».
E a expulsão logo aos 30 segundos que deixou o Botafogo de Artur Jorge a jogar com 10 jogadores:
«”Como é que isto pode estar a acontecer?!” [risos]. Depois de tanto trabalho e de tanto sonharmos em chegar a esta final, sentir que podíamos ficar condicionados para disputar o jogo da forma como queríamos… Foi importante e necessário ter alguma serenidade naquele momento para tomar as melhores decisões (…) Dessa forma, com alguns ajustes que foram obrigatoriamente necessários fazer, tivemos um grande desempenho para continuar a ter a ambição de ganhar o troféu: defender bem e atacar também bem, ainda que com menos um jogador».