
Decorreram nos últimos três dias os testes oficiais de Fórmula 1 no Bahrain, duas semanas antes do início de mais um campeonato, que desta vez começa na Austrália. Terminado o último dia, quem está mais forte e quem é que ainda está longe do que pretende?
A primeira conclusão que se tira é que não é muito fácil tirar grandes conclusões. Ao contrário dos anos anteriores, as condições que os pilotos encontraram no Bahrain foram diferentes do habitual, com frio e até chuva em alguns momentos, com um último dia um pouco mais quente. Apesar de tudo, parece ser praticamente consensual a equipa que parte em vantagem.
Depois de conquistar o título de construtores em 2024, a McLaren parece continuar a ser a equipa a bater em 2025, pela amostra dos testes. Foram discretos em alguns momentos, mas dava a ideia de que o carro era bastante forte, sobretudo em ritmo de corrida, e isso ficou mais evidente sobretudo no segundo dia, com uma simulação de corrida de Lando Norris que bateu a concorrência por uma margem que não foi assim tão pequena.
De resto, as restantes três equipas que também lutavam por vitórias no ano passado parecem manter-se entre as quatro mais fortes este ano. Destaque para a Mercedes, que até pode estar relativamente igualada com a Ferrari, que não fez maus testes, mas os germânicos parecem ter encontrado alguma coisa para fazer evoluir o carro. Destaque também para Kimi Antonelli, que se estreou em testes de Fórmula 1 e com uma prestação positiva.
A Red Bull é de certa forma uma incógnita, parecendo menos consistente do que os três carros já referidos, embora Max Verstappen seja sempre capaz de puxar mais qualquer coisa. Mas os sinais ao longo dos três dias não foram assim tão consistentes, com um carro que tem algumas dificuldades na viragem.
Atrás dessas quatro equipas, há outras seis que estarão bastante equilibradas na luta pelos últimos lugares pontuáveis. Destaque positivo para a Williams e para a Alpine, que parecem ter os melhores monolugares entre essas duas escuderias, talvez com vantagem para os britânicos, que se revelaram especialmente rápidos numa só volta.
As restantes quatro não deram sinais assim tão animadores. A Aston Martin passou demasiado tempo na garagem e teve um percalço no último dia com uma indisposição de Lance Stroll, obrigando a equipa a alterar os planos e a perder ainda mais tempo em pista. A Racing Bulls não teve tantos problemas, mas também não pareceu especialmente rápida. A Haas focou-se praticamente em ritmo de corrida, mas a última simulação que fez nem foi nada de especial. E a Sauber parece continuar a ter um carro complicado de conduzir.
Terminados os testes, só faltam duas semanas para o campeonato de Fórmula 1 voltar a começar. Os testes deixaram mais dúvidas do que certezas e haverá certamente competitividade ao longo do pelotão, pelo menos em algumas equipas.