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Sporting CP 0-1 SL Benfica: Benfica vence último round

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O jogo começou com fumo verde, grandes tarjas e gritos cronometrados. Os adeptos do Benfica começaram calados. Talvez afectos um pouco ao que todos os benfiquistas sentiam ao se perguntarem: onde está Júlio César? A pergunta não demorou muito e desvaneceu-se com o verde dos fumos das claques do Sporting. As equipas começaram com garra e vontade de mostrar que nenhuma delas ia ficar de pé atrás. O jogo estava no meio-campo com Renato Sanches, Samaris, Adrien e João Mário como protagonistas. O Benfica tentava apostar em trocas de bola à espera da desmarcação, enquanto o Sporting, com paciência, esperava para lançar a equipa em velocidade.

Tanto se ficou no ‘vai-não-vai’ que num ataque do Benfica lá saiu o golo, que naquele momento poderia ter sido para qualquer um dos lados. Depois de um remate de Samaris que ressaltou na defesa leonina, Mitroglou não se fez rogado e rematou para o fundo das redes. Sem hipótese para Rui Patrício. Aí os adeptos encarnados acordaram, mas foi sol de pouca dura. Os cânticos acabaram por ser engolidos pelos adeptos leoninos, que desde o início do jogo não se calaram.

A partir daí trocaram-se os papéis. O Benfica mais defensivo a tentar explorar o erro do Sporting, sobretudo a apostar em Mitroglou sozinho na frente, a tentar segurar a bola e a esperar que a equipa subisse, e os leões mais pressionantes, mas sem de todo conseguirem causar perigo, com muito mérito para Lidelof e Jardel, que conseguiram neutralizar Slimani. O jogo tornou-se fraco e, sobretudo, agressivo, com várias faltas para os dois lados, com Renato Sanches a ser o mais ‘mal comportado’, ainda assim sem ser admoestado.O Sporting chegou mesmo a estar mais de 30 minutos sem rematar à baliza defendida por Ederson. Quando, finalmente, conseguiu ou não teve perigo ou teve azar com a trave, tal como aconteceu com Jefferson aos 41’. Esperava-se uma primeira parte mais ‘taco a taco’, com mais ataques e oportunidades de golo.

Um único golo de Mitroglou resolveu o derby de Alvalade Fonte: #SLBenfica
Um único golo de Mitroglou resolveu o derby de Alvalade
Fonte: SLBenfica

Na segunda parte foi o Sporting quem entrou com mais vontade; o remate de Renato Sanches e Gaitán nos minutos iniciais foram sol de, muito, pouca dura. Sobretudo, o que se fazia notar era a energia, as equipas estavam rápidas e aguerridas e com o discurso do treinador na cabeça. No entanto, só as ‘pilhas’ do Sporting é que pareciam ter ‘sprint’ incluído. A dupla Lindelof e Jardel, apesar de ter estado a fazer uma exibição irrepreensível, estava mais desgastada e isso notou-se nas movimentações de Slimani: muito mais solto, muito mais perigoso! Apesar disso os desarmes de toda a defesa encarnada apareceram sempre na hora certa. O Benfica limitava-se a ser sólido no meio-campo e a tentar sair em velocidade; algo que conseguia, mas sem rematar, em grande parte das vezes.

À medida que o tempo avançou o clima adensou-se. Muitas faltas, e os jogadores no Benfica a prolongarem a sua estadia no chão depois de uma falta e na altura das substituições. Aliás, talvez tenha sido nas substituições que esteve a chave do jogo. As entradas de Raul e de Fejsa alteraram o jogo do Benfica. O mexicano, muito bem, na frente a pressionar Patrício e a defesa leonina e a abrir espaço no último terço do campo. Fejsa veio ajudar o meio-campo.

O jogo ficou nervoso e mais nervoso e Bryan Ruíz absorveu isso, e se não fosse isso não teria falhado dois golos escandalosos de baliza aberta; já sem Ederson, só a ‘via verde’. Jorge Jesus também mexeu, fez entrar Gelson, Téo e Schelotto, mas em nada deu. A bola ia até à área do Benfica, mas a finalização não estava lá. Azar dos leões, sorte dos encarnados. Sorte do Benfica também em relação a Renato Sanches, que não foi expulso depois de várias faltas ao longo do jogo, uma delas, já no fim do jogo, muito agressiva. O jovem internacional português mostrou-se em Alvalade um selvagem, tal como Rui Vitória queria, mas ia acabando ‘enjaulado’ pelo árbitro.

No final de contas foi um jogo que fez lembrar o Benfica-Porto. Os encarnados marcam e metem-se na ‘retranca’, só que desta vez a sorte sorriu-lhes e a leitura táctica do jogo foi perfeita. Foi um verdadeiro derby, dentro e fora de campo, com as duas equipas a darem um espectáculo de nervos fantástico; em termos futebolísticos os adeptos estão no direito de pedir mais. Claro que ninguém vai pedir, até porque o Benfica, que não jogou tanto ao ataque, conseguiu os 3 pontos e saltou para a frente do campeonato. A verdade é que ninguém saiu das bancadas antes de o árbitro apitar, e isso só pode significar que foi um bom jogo.

Sala de Imprensa:

Rui Vitória entra acompanhado de Rui Costa e Luis Felipe Vieira. Agradece o apoio dos adeptos, que, diz, representam uma grande quantidade de benfiquistas espalhados pelo mundo fora. Em relação à ausência de Júlio César, o treinador encarnado admite que o guardião brasileiro vai estar ausente durante algum tempo. E diz que se fazem novas oportunidades e que Ederson a mereceu. O treinador encarnado não assume também o favoritismo, dizendo que entrou em Alvalade tão favorito como sai, deixando, logo de seguida, elogios aos adeptos e à sua equipa técnica, com quem fez questão de partilhar a vitória.

Vitória fez ainda questão de realçar a boa reacção do Sporting na segunda parte; natural, diz ele, por serem uma excelente equipa – não esquecendo também a equipa de arbitragem, que mereceu elogios pela exibição de Artur Soares Dias e da sua equipa.

Em resposta a uma última pergunta, Rui Vitória rejeitou responder às críticas leoninas dos últimos tempos, dizendo que trabalha para ser melhor, para a equipa ser melhor e, no fim, o Benfica ser melhor e maior, realçando que a carreira de um treinador é feita de altos e baixos: “podemos passar dez meses de angústias para ter um ou ou dias de glória”. Realçou também o papel do presidente encarnado, Luís Felipe Vieira, na calma e estabilidade que este trouxe ao clube.

Conferência de Jesus: “Os adeptos mereciam que tivéssemos vencido hoje. Foram fantásticos antes, durante e depois do jogo”, começa Jorge Jesus. O treinador leonino diz que o Sporting foi a melhor equipa nos 95 minutos, apesar de a 1.ª parte ter sido muito disputada. Pelo contrário, Jesus diz que a segunda parte foi totalmente dominada pelo Sporting, com o Benfica a jogar como uma equipa pequena, a fazer anti jogo e a não conseguir sair em ataque. O ‘mister’ dos leões admite falta de eficácia e diz que este seria, dos quatro jogos frente ao Benfica, o mais fácil para o Sporting vencer, mas isso não aconteceu e Jesus diz que isso faz parte do futebol.

O treinador dos leões diz que tudo está em aberto e que continua a acreditar tal como no primeiro dia em que chegou a Alvalade. “O Sporting Clube de Portugal foi a melhor equipa”. Revelou-se um pouco frustrado e sempre a vincar que o Benfica jogou como equipa pequena, que não sabe como saiu daqui com três pontos e que não merecia sequer um ponto.

O técnico dos leões assumiu que irá continuar a lutar pela liderança e que era esta a pressão a que queriam estar sujeitos, porque significa que estão na luta. Em relação a Artur Soares Dias, não houve críticas. Disse que as decisões do árbitro não impediram a vitória do Sporting.

A Figura:

Rui Vitória – Soube ler bem o jogo, fez as alterações necessárias na hora certa.

O Fora-de-Jogo:

Bryan Ruiz – Falhou dois golos cantados e isso, num jogo destes, é imperdoável.

Tomás Gomes
Tomás Gomes
O Tomás é sócio do Benfica desde os dois meses. Amante do desporto rei, o seu passatempo favorito é passar os domingos a beber imperial e a comer tremoços com o rabo enterrado no sofá enquanto vê Premier League.                                                                                                                                                 O Tomás escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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