Roberto Martínez falou aos jornalistas durante esta segunda-feira, de maneira a realizar a antevisão à partida entre Portugal e a Hungria.
Roberto Martínez esteve presente na sala de imprensa da Cidade do Futebol para realizar a antevisão do jogo entre Portugal e Hungria, válido pela quarta jornada da qualificação para o Mundial 2026:
«A Hungria precisa de muito pouco para chegar à nossa baliza com qualidade, marcando golos. O contra-ataque da Hungria é dos melhores da Europa e já vimos isso em outros encontros. No outro jogo merecemos a vitória, podíamos ter defendido melhor. O resto do jogo foi muito bom, fizemos golos em bola corrida. Fizemos o que preparámos e mostrámos o que treinámos. Temos que melhor no processo defensivo, essencialmente quando eles estão em contra-ataque».
O treinador falou da tática:
«Podemos esperar flexibilidade. É importante ter vários sistemas, até mesmo para confundir o adversário. Temos que variar ao longo dos 90 minutos. Fiquei muito contente com a flexibilidade que temos, assim como com a resiliência».
O técnico falou de Leão e Inácio:
«O João Félix está recuperado e vai treinar. O Gonçalo e o Rafael vamos pensar nele. O Inácio fez um bom desempenho contra a Irlanda e tem um problema que não é grave, mas tem que recuperar. O Rafael é a mesma situação. Esteve muito bem no jogo, mas tem atuado pouco no Milan. Não faz sentido arriscar».
O técnico foi questionado sobre poder fechar o apuramento já na terça-feira:
«O aspeto emocional é importante em todos os jogos. O grupo está calmo e muito focado. Percebem a força que temos quando jogamos em casa. O jogo contra a Irlanda mostrou essa energia e o jogador fica com muita vontade de voltar lá. Queremos ganhar o jogo e tentar apurar-nos diante dos nossos adeptos».
O treinador falou sobre a partida contra a Irlanda:
«Temos que avaliar o desempenho global. Sem bola fomos espetaculares. A Irlanda não fez remates, falou foi marcar cedo. Tivemos um xG de 3.75. Podemos melhorar sempre em jogo. Mostrámos resiliência. Ninguém fala do golo da vitória, não é um golo de sorte, mas uma jogada onde Portugal mantém a bola. É um golo merecido. Chegou ao minuto 91 e ainda tínhamos mais minutos para atacar».
Roberto Martínez falou da Liga Saudita:
«O golo é a consequência do jogo. Onde os nossos jogadores jogam não é importante para ajudar a seleção, mas sim o compromisso dos atletas. Isso não faz parte de jogar numa liga diferente ou num país diferente. É importante termos vários goleadores, mas não existe relação com o país».
O selecionador foi questionado sobre o momento de Portugal com bola:
«A nossa média de golos é das maiores do mundo, falamos de quase três golos por jogo. Precisamos de valorizar o que fazemos com bola, como o xG. Chegamos muito ao último terço. Não é um problema de marcar golos. Nós marcámos dois golos em bola corrida frente à Hungria, algo que a Alemanha e os Países Baixos não o fizeram. Não é o mesmo marcar de bola parada ou corrida. A equipa cria oportunidades ao alto nível. Durante o Euro 2024, frente à França, é o jogo em que quisemos jogar olhos nos olhos, contra seleções de alto nível. Eu gosto de ver o que vocês escrevem. Contra a Arménia ganhámos 5-0 e era um adversário muito fraco. A Arménia ganhou à Irlanda. Vamos desfrutar do que temos. Ganhar 5-0 e dizer que o adversário é fraco, mas quando ganhamos por menos não jogamos bem, não é o discurso certo».
Roberto Martínez falou das críticas:
«Não me afeta. Acho que o foco é desfrutar mais da seleção, não procurar aquilo que não fazemos bem. Os jogadores merecem mais respeito pelo que estão a fazer. A crítica faz parte, todas as pessoas têm uma opinião. Não há qualquer problema».
O técnico elogiou Vitinha:
«Eu diria que o mister de Luis de la Fuente está certo a defender os seus jogadores e o Pedri. Para mim, o Vitinha é o melhor médio do mundo, tal como o João Neves, com um perfil diferente. Em todas as estatísticas, o Vitinha foi o melhor da Champions. Foi o melhor médio da Champions, a maior liga em termos de clubes. Falamos de jogadores top».
Roberto Martínez falou das voltas paradas defensivas:
«Têm muita capacidade, já conhecem o Szoboszlai. Ele dá muito à Hungria em todas as situações, não apenas na bola parada. Trabalhámos claramente esse aspeto, que é chave».
O espanhol foi questionado sobre o final do seu contrato:
«Acho que o foco é o jogo. Para o selecionador é passo a passo, tentar o apuramento, o resto não é para o selecionador falar».