Tomás Amaral é o diretor desportivo da lista de João Noronha Lopes. Dirigente foi entrevistado pelo Bola na Rede e falou de mercado e do Benfica.
Tomás Amaral foi o mais recente entrevistado pelo Bola na Rede. O diretor desportivo da lista de João Noronha Lopes falou nas mudanças que pretende implementar e destacou a importância da comunicação.
«A diferença que queremos implementar, e é uma das críticas que temos feito ao longo do tempo, é que o diretor desportivo terá também ele de ser um elo de ligação entre scouting, equipa técnica e direção ou diretor geral. No passado, esta ligação existiu muito pouco e, ao aumentar a comunicação, aumentará também a probabilidade de acerto das contratações porque o scouting terá muito maior conhecimento daquilo que é realmente o objetivo do clube na construção do plantel, no perfil do jogador e no enquadramento deste jogador no plantel», afirmou Tomás Amaral.
«A questão da comunicação é muito importante. Muitos dos erros que aconteceram no Benfica nos últimos quatro anos em termos de mercado não têm que ver somente com a qualidade individual do jogador, mas acima de tudo com o enquadramento dos jogadores contratados. Serve ou não para o modelo o jogador? Há jogadores contratados que têm valor individual, mas não serviam para o modelo do Benfica. O facto do Benfica alterar constantemente de treinador e não ter uma ideia fixa daquilo que quer para o seu jogo leva a que existam constantemente alterações a cada verão. Quando passamos de Nélson Veríssimo para Roger Schmidt, de Roger Schmidt para Bruno Lage e de Bruno Lage para José Mourinho, as ideias não são iguais. Como não são iguais, existe sempre a necessidade de chegar ao verão e alterar tudo em função do treinador que se tem. Acima de tudo, é preciso tomar uma decisão sobre a ideia de jogo que vamos ter, como é que o Benfica tem de jogar. É claro a todos os adeptos como é que o Benfica tem de jogar. Só depois é que temos de pensar em alterações. Se não soubermos para onde é que queremos ir, nunca vamos saber o caminho para lá chegar», destacou ainda Tomás Amaral

