João Neves relembrou a conquista da Champions League na temporada passada, ao serviço do PSG e falou do seu desempenho atual.
Seis meses depois de levantar o troféu da Champions League, João Neves refletiu sobre a importância da conquista e recordou várias histórias do seu passado. O médio do PSG falou também da sua veia goleadora esta temporada.
O jogador formado no Benfica começou por focar-se no caminho do PSG na Champions League, esta temporada:
«Nunca pensei que era mais que alguém por ter dois, cinco, dez troféus, quero continuar a ganhar. Sabemos que a nossa qualificação para a fase seguinte está praticamente garantida, mas o nosso objectivo é terminar no top-8. Vamos encarar um jogo de cada vez, como fizemos na época passada. Estávamos a ter uma temporada horrível na Champions League mas terminou da forma que terminou. Não tínhamos nada a perder, este ano é o mesmo, somos os detentores da Champions, mas temos qualidade para voltar a ganhar».
De seguida, relembrou os sentimentos após a conquista da competição:
«Senti o maior alívio que alguma vez senti na vida. A época tinha terminado da melhor forma possível, ninguém nos podia acusar negativamente de nada, e depois era apenas uma questão de aproveitar a ocasião e comemorar com os nossos amigos e família».
João Neves abordou ainda o seu registo impressionante desta temporada, com 9 golos e duas assistências:
«Quero ser capaz de fazer um pouco de tudo. Talvez as pessoas me subestimem por causa do meu tamanho e pelo facto de não ter grande força física, mas o futebol está cada vez mais tático e a inteligência tem talvez o papel mais importante. Se não és fisicamente forte, precisas de ser inteligente».
Por fim, abriu-se sobre a relação com o seu pai e a forma como o moldou para o futebol:
«Sempre vivi com a frase do meu pai ‘o mais difícil não é chegar, é manter’ (…) O meu pai sendo polícia tinha sempre uma maneira de educar mais rígida. Tinha sempre de estar tudo em ordem, e levei isso para a minha vida adulta. Acho que não estaria onde estou agora se não fosse esta educação rígida. Não teria a perseverança e a resiliência que tenho (…) Lembro-me de fazermos corridas durante o confinamento provocado pela COVID, quando estávamos a treinar em casa. O plano era fazer 15 segundos a andar e 15 segundos a correr, e o meu pai — sem me dizer nada — fazia-me correr 17 segundos e descansar 13. Não sabia de nada. Estou muito contente por ter realizado os meus sonhos. É tudo graças ao meu suporte familiar».



