Fernando Tavares criticou a arbitragem e o envolvimento da promoção do dérbi. O duelo entre o Sporting e Benfica terminou 1-1, no Estádio José Alvalade.
Fernando Tavares criticou a arbitragem e tudo o que envolveu a promoção do dérbi entre o Sporting e Benfica. A partida terminou 1-1 e foi jogada no Estádio Jose Alvalade, a contar para a oitava jornada da Primeira Liga Feminino.
«Ontem realizou-se o derby lisboeta no feminino. O jogo que devia ser um dos pontos altos da Liga BPI, traduziu-se num espectáculo curto. Treinadores a demonstrarem pouca ambição, algumas das principais protagonistas fora do 11 das duas equipas, pouco público, pouca promoção do jogo, poucas ativações de RP, arbitragem fraca e entrevistas antes e pós jogo com as mesmas questões e as mesmas respostas. Os agentes do futebol feminino têm que fazer uma reflexão profunda sobre o jogo e aquilo que o rodeia. Ao Estado cabe o papel de investir no crescimento da modalidade. Isto se verdadeiramente acreditar que o futebol feminino é um factor de sustentabilidade desportiva e social. Veja-se o caso de Espanha. Necessário ter estratégia, inovar e investir», começou por escrever o antigo vice-presidente das águias, no seu LinkedIn.
«Ao Benfica caberia reforçar o seu papel de motor de crescimento do jogo. Mas para isso é necessário investimento, gestão de risco e coragem para assumir que para já a sua principal competição devia ser a Liga dos Campeões. Temo que o futebol feminino entre num ciclo vicioso onde será mais difícil reforçar o seu espaço de afirmação. Ganharão os protagonistas dos tetos salariais e aqueles que consideram que o futebol é só para homens ou que o feminino é apenas algo simpático para ter e não uma obrigação desportiva e social. Investir não significa necessariamente ausência de gestão orçamental. Investir significa igualmente pensar no retorno e na receita. Retorno não apenas numa perspectiva económica. O futebol feminino precisa de colégio e de liderança», concluiu Fernando Tavares.

