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Análise às equipas #3: Haas, quando a porta fechou… e a estabilidade entrou

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A temporada de 2025 marcou um ponto de viragem silencioso, mas profundo, na história recente da Haas F1 Team. Depois de anos marcados pelo ruído, pela imprevisibilidade e por uma liderança errática, a equipa norte-americana encontrou finalmente aquilo que sempre lhe faltou: direção.

A saída de Günther Steiner fechou uma porta, e, pela primeira vez em muito tempo, o que entrou não foi o caos.

Sob a liderança de Ayao Komatsu, a Haas não se transformou na melhor dos outros. Nem era esse o objetivo. Em vez disso, tornou-se algo bem mais valioso. Uma equipa funcional, coerente e capaz de evoluir dentro dos seus próprios limites.

Esta temporada não foi uma época de afirmação absoluta, mas foi a confirmação de que a Haas deixou de andar à deriva.

O VF-25: estabilidade antes de ambição

Durante demasiado tempo, os monolugares da Haas pareceram projetos incompletos. Rápidos num fim de semana, irreconhecíveis no seguinte. Em 2025, isso mudou.
O VF-25 não foi um carro brilhante, mas foi um carro compreensível, e isso fez diferença.

O foco numa base aerodinâmica mais previsível e numa gestão de pneus menos inconstante permitiu à equipa competir de forma consistente no pelotão intermédio. Já não houve picos isolados seguidos de colapsos inexplicáveis. Houve rendimento médio estável, estratégia executável e menos deslizes.

A Haas continuou dependente da unidade Ferrari, mas soube trabalhar melhor à volta das suas limitações. Pela primeira vez em vários anos, o carro pareceu servir os pilotos, e não o contrário.

Oliver Bearman: o futuro está em boas mãos

Ao contrário do que tantas vezes aconteceu no passado, a Haas não lançou Oliver Bearman para o fogo. E isso nota-se.

O jovem britânico entrou na Fórmula 1 num contexto controlado, com expectativas realistas e espaço para errar. A sua época foi marcada por evolução progressiva: velocidade evidente em qualificação, alguma irregularidade natural em corrida, mas uma curva de aprendizagem saudável.

Oliver Bearman não foi chamado a salvar a equipa nem a justificar o projeto sozinho. Teve tempo, apoio e um colega de equipa experiente ao lado. Em vez de ser pressionado a produzir resultados imediatos, foi preparado para o futuro, algo raro na história recente da Haas.

No final da época, Oliver Bearman levou a melhor sobre Esteban Ocon, conquistou o melhor resultado da Haas em 2025, um quarto lugar, e reforçou a ideia de que deve ser considerado para um futuro lugar na Ferrari.

Esteban Ocon: aquém do que se esperava

A época de Esteban Ocon na Haas esteve longe de ser um fracasso, mas ficou igualmente distante do impacto que se esperava de um piloto com o seu currículo. Contratado para ser a referência clara da equipa, o francês acabou por ter uma temporada discreta, sem momentos verdadeiramente marcantes.

No confronto direto com Oliver Bearman, saiu derrotado em todos os indicadores relevantes. Foi menos consistente em qualificação, menos eficaz em corrida e terminou o campeonato atrás de um rookie com muito menos experiência ao mais alto nível. Para um piloto chamado a liderar um projeto em reconstrução, esse dado não pode ser ignorado.

Esteban Ocon trouxe profissionalismo e alguma estabilidade, mas raramente conseguiu impor-se como fator diferencial. Em vários fins de semana, foi Oliver Bearman quem mostrou mais velocidade, mais capacidade de adaptação e maior margem de progressão.

2025 não comprometeu o estatuto de Esteban Ocon como piloto competente de Fórmula 1, mas esperava mais. Muito mais.

Uma porta que desta vez não precisa de ser fechada

A Haas de 2025 não deu o salto para ser “a melhor dos outros”. Ainda não.
Mas deu algo talvez mais importante: deixou de ser a equipa que se prejudica a si mesma.

Houve crescimento técnico, estabilidade interna e uma clara mudança cultural. A porta do passado fechou-se com a saída de Günther Steiner e com ela ficou para trás a dependência do choque, do discurso e da improvisação.

Esta temporada mostrou que a Haas pode ser uma equipa séria de Fórmula 1. Não uma ameaça imediata à elite, mas uma estrutura capaz de construir algo sustentável.
Se esse crescimento continuará em 2026, é outra história. Mas em 2025, a Haas fez algo que durante anos pareceu impossível: construiu uma estrutura capaz.

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