Tem sido cada vez mais reportada notícias sobre o descontentamento de Rafa Silva no Besiktas. Desde problemas de foro psicológico até desentendimentos com o treinador, o extremo português tem se tornado numa persona non grata dentro do clube turco.
Com esses rumores a ganharem força, também o futuro do jogador tem sido cada vez mais abordado, sendo cada vez mais provável que esse futuro possa passar por um regresso ao SL Benfica, clube onde Rafa jogou durante oito anos.
A questão que se coloca é se esse regresso faz sentido. É da minha opinião que este regresso só faria sentido para uma das partes… o Besiktas.
O clube turco tem, “em mãos”, um problema grande com a situação Rafa. O jogador de 32 anos recebeu 8 milhões de euros de prémio de assinatura e aufere cerca de 6 milhões por ano, o que torna o jogador natural do Ribatejo numa situação bastante cara para os cofres do clube.


A equipa de Istambul, que ocupa o 5.º lugar no campeonato da Turquia quer, certamente, libertar-se do “problema” que afeta não só financeira como futebolisticamente o clube. Por isso, um regresso de Rafa ao Benfica seria a solução perfeita para o Besiktas, que aparentemente estaria disposto a libertar o português a troco de 15 milhões de euros.
No entanto, para o Benfica e para Rafa, penso que o regresso seria de longe a pior opção. O ciclo de Rafa no clube da Luz foi encerrado em 2024 por vontade do próprio, que recusou renovar contrato. Nem dois anos passados e parece que o português já se terá arrependido dessa opção.
O Benfica avançou e continuo a sua organização e planeamento, tendo contratado jovens como Schjelderup e Prestianni para as alas. Para a posição de segundo avançado, a equipa de Mourinho parece ter encontrado soluções dentro do próprio clube, com jovens da formação e com o reforço Sudakov.


Rafa, até poderia oferecer coisas interessantes ao Benfica, dando mais opções a Mourinho, que certamente iram trazer qualidade garantida. O problema é se Rafa estaria disposto a sofrer uma grande quebra salarial, visto os 6 milhões pagos pelo Besiktas serem impraticáveis para o Benfica. Além disso, Rafa também iria ter de se ajustar a um papel menos “protagonista” dentro no 11 encarnado.
No Benfica, não é comum os regressos funcionarem. Sejam treinadores ou jogadores, é raro o caso em que o ditado “não voltes ao lugar onde foste feliz” não se torne factual.

