João Henriques analisou a derrota do AVS SAD diante do FC Porto. O técnico respondeu à questão do Bola na Rede em conferência de imprensa.
João Henriques analisou o a derrota do AVS SAD frente ao FC Porto (0-2), no encontro da 16.ª jornada da Primeira Liga. O Bola na Rede esteve presente no Estádio do Dragão e, no final do encontro, teve a possibilidade de colocar uma questão ao treinador dos dragões.
Lê também a questão colocada a Francesco Farioli, treinador do FC Porto.
Bola na Rede: Na primeira parte, o AVS criou dificuldades ao FC Porto, mantendo uma postura muito organizada em 5-4-1, fechando o corredor central e obrigando o Porto a jogar pelos corredores. Gostaria de lhe perguntar o que é que pediu aos jogadores ao intervalo para a segunda parte.
E tendo em conta a capacidade do AVS em explorar o corredor direito, parte da manobra ofensiva da equipa poderá passar por esse corredor, de forma a explorar melhor os perfis de desequilíbrio de jogadores como Spencer, Akinsola e Tomane, a baixar e a lançar?
João Henriques: Partia muito por aí, não deixar passar a bola dentro da nossa estrutura. Foi algo que nós trabalhamos e que conseguimos quase durante a maioria do jogo, deixasse que a bola fosse jogada para fora pelos corredores laterais. Nesse momento, criávamos ali alguma pressão, saltando os nossos laterais para fechar bola e depois, quando ganhávamos a bola, sim, tentar explorar, até porque nós baixamos propositadamente o bloco para explorar os corredores laterais do FC Porto e o espaço que nos estavam a dar nas costas. Isso era parte da estratégia. Também, da primeira parte para a segunda, não mudamos absolutamente nada. Foi uma bola perdida numa transição que dá aquela situação do primeiro golo. Foi algo que nós também dissemos, que era importante tirar a bola da zona de pressão imediatamente, porque o FC Porto é muito forte na reação à perda e nós queríamos, com um dois toques, tirar a bola da zona de pressão e explorar o lado contrário com a profundidade. Na maioria do tempo, nós conseguimos fazê-lo. Faltou-nos algum discernimento naquele momento de, por vezes, ficarmos no 1 para 1, 2 para 2 e aí sermos desequilibradores e também agressivos para rematar na baliza e tentar fazer golo. Foi só isso que nos faltou para sermos perfeitos. Obviamente, a perfeição passaria por não sofrer golos e nós sofremos.

