O Aegon Championships (ATP World Tour 500), histórico torneio disputado no Queen’s Club, e o Aegon Classic Birmingham (WTA Premier) são dois dos mais importantes torneios disputados em relva na preparação para Wimbledon. Chegados ao seu final é hora de tirar algumas ilações acerca do desempenho dos tenistas e do que esse mesmo desempenho poderá significar para a tão aguardada “quinzena de relva” que se inicia já no próximo dia 3 de julho.
Começando pela vertente feminina, isto é, pelo Aegon Classic Birmingham, bem pode dizer-se que este se tratou de um torneio com um desfecho inspirador. Mas, começando pelo início, a principal nota de destaque vai para a eliminação da segunda favorita (após desistência prévia ao torneio de Angelique Kerber, que se ressentiu de lesão na parte posterior da coxa esquerda), Dominika Cibulkova, logo na primeira ronda frente a Lucie Safarova, acentuando ainda mais a crise de resultados que tem vindo a atravessar. Igualmente pela negativa os destaques vão para Johanna Konta e Barbora Strycova pela eliminação na segunda ronda e para Elina Svitolina, não tanto pela eliminação precoce frente a Camila Giorgi, mas antes pela lesão que a tem afetado no tendão de Aquiles e que, inclusivamente, poderá colocar em risco a sua participação em Wimbledon.
Pela positiva a nota de destaque vai, por inteiro, para a (inspiradora) vencedora do torneio, Petra Kvitova. A tenista checa afirmou há alguns dias que a sua mão esquerda (dominante) nunca voltaria a ficar a 100% após ter sido esfaqueada em sua própria casa, no decurso de um assalto, há cerca de seis meses. Porém, no segundo torneio disputado após o seu regresso aos courts, Kvitova provou que não sabe jogar mal em relva, venceu tenistas como Kristina Mladenovic ou Lucie Safarova (embora esta última por desistência), não cedeu qualquer set a caminho da final e, na mesma, venceu a jovem australiana Ashleigh Barty (que havia batido Garbiñe Muguruza na meia-final) por 4-6, 6-3 e 6-2. Com este triunfo Petra Kvitova, que chegou a ser dada como “acabada” para o ténis, ascende ao 12º lugar do ranking mundial e, tratando-se de uma bicampeã de Wimbledon (2011 e 2014) pode bem começar a ser considerada como uma séria candidata à conquista do torneio londrino.