Entre as épocas de 2002 a 2004, o Futebol Clube do Porto viveu anos de glória sob o comando de José Mourinho e pelas mãos do “Special One” passou uma geração de Ouro de craques nacionais como, Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira, Nuno Valente, Costinha, Maniche e Deco (mais tarde naturalizado português). Foram estes mesmos nomes que fizeram parte do onze da excelente campanha da seleção portuguesa até à final no Euro 2004.
Perante este lote de jogadores nacionais com qualidades ímpares e inigualáveis, os grandes europeus, trataram rapidamente de “despir” o plantel campeão europeu. Primeiro levaram José Mourinho e mais tarde levariam a maior parte das estrelas de maior gabarito. Resultado disso, o FC Porto viria a perder o título nacional em 2004/2005 para o seu maior rival SL Benfica.
Estava na altura do chef Pinto da Costa pôr mãos à obra!
Numa altura em que o talento em Portugal parecia aparentemente extinto, ou pelo menos não comparável à geração de 2004, Pinto da Costa viu-se obrigado a fazer uma espécie de “safari” pelo continente sul-americano e procurar “matéria-prima” de qualidade para o seu Porto.
A sua primeira paragem foi a Argentina. Do país sul-americano, o chef trouxe no saco uma fornada recheada de talento e qualidade para a época de 2005/2006 com o objetivo de recuperar o título nacional perdido no ano anterior. Chegam então ao dragão dois argentinos: Lisandro Lopez, que assume desde cedo o estatuto de homem golo, contabilizando um total de 63 golos em 140 partidas e ainda, Lucho Gonzalez, o El Comandante que ainda hoje é um dos maiores ídolos do clube. Estes dois formaram uma dupla quase telepática e mortífera para os seus adversários e isso foi suficiente para os dragões recuperarem o título nacional nessa época.