Dois dias depois de completar 130 anos de história, a Associação Académica de Coimbra teve uma prenda atrasada da parte do seu Organismo Autónomo de Futebol – a Briosa venceu o Nacional por 1-0, confirmando a melhor série da época com a terceira vitória consecutiva.
À semelhança do que já tinha acontecido no último jogo no Cidade de Coimbra, o triunfo dos estudantes começou a ser construído cedo e aos 12… segundos de jogo a Académica já estava a vencer. Solicitou-se a velocidade de Balogun na esquerda do ataque, o nigeriano ultrapassou Nuno Campos e visou Djoussé, que inaugurou o marcador.
O Nacional consentiu o golo madrugador, não conseguiu articular o seu futebol de forma construtiva (muito pouco critério no passe) e foi incapaz de incomodar uma Académica bem organizada no seu meio-campo e que até esteve mais perto de ampliar por Djoussé e Balogun. Daniel, guarda-redes do Nacional, porém, impôs-se e salvaguardou a margem mínima até ao intervalo.
O descanso fez bem aos madeirenses que vieram dos balneários com outra atitude. Passaram a ter maior critério no passe e pareceu existir inconformismo em furar o meio-campo da Académica. Este, porém, orquestrado por Ricardo Dias, foi fazendo ruir as esperanças do Nacional com a a sua organização. Ou seja, mudar a atitude não foi suficiente. E mudar jogadores? Costinha, treinador do Nacional, experimentou-o. Refrescou o ataque, fez entrar Murilo e Vitor para os lugares de Rochez e Diego Barcellos e a equipa pareceu responder afirmativamente, fazendo circular a bola mais perto da área da Académica, porém, faltou objetividade, e, durante os primeiros minutos após esta troca, até foram os estudantes a estar mais perto do golo numa situação de contra-ataque, que Diogo Ribeiro (entrado para o lugar de Djousse) finalizou com um remate às malhas laterais.
Com o passar do tempo, o Nacional foi conseguindo ganhar critério no último terço e teve duas oportunidades seguidas para igualar a partida, através de Murilo – primeiro num remate fora da àrea e, depois, num cabeceamento na sequência do canto. Ricardo Ribeiro impô-se, com classe, a ambas. O Nacional forçava o empate. Costinha apercebia-se disso e forçou a barra ao substituir Camacho, médio ala por Vanilson, homem de area… porém, foi traído pela agressividade de Christian, que viu segundo amarelo depois de falta sobre Ki.
O Nacional acusou o toque e apesar de até ter assustado, com um remate perigoso de Murilo, não mais conseguiu dar a volta a um resultado que peca por escasso mas que confirma o bom momento da Académica, marcado por três vitórias consecutivas, duas delas sobre rivais na luta pela subida e que torna amargo, para Costinha, o regresso ao Estádio Cidade de Coimbra.