Apesar disso, a época que o clube da cidade-berço tem-se destacado pela intermitência. O actual sexto lugar que o clube ocupa na tabela classificativa (em igualdade pontual com o Rio Ave FC) não espelha os sobressaltos que a equipa orientada por Pedro Martins tem tido. A prova disso é o saldo que o clube tem actualmente em jogos oficiais nesta época: oito vitórias, quatro empates e dez derrotas. E alguns maus resultados também já geraram alguma contestação por parte da fervorosa massa associativa vimaranense.
Agora vejamos uma coisa: será que era expectável uma época inconstante por parte do Vitória SC? Francamente, logo no início da época achava que muito dificilmente, o Vitória SC realizasse uma época tão boa como a anterior, visto que, com a participação na Liga Europa, um calendário mais congestionado e a perda de vários jogadores influentes (alguns deles nos últimos dias de mercado) fizeram com que Pedro Martins tivesse de gerir e de construir uma equipa praticamente nova.
Com as saídas de Bruno Gaspar, Josué, Zungu, Hernâni e Marega, o técnico da equipa vitoriana tem tido alguma dificuldade em estabilizar um onze fixo devido às dificuldades que alguns jogadores têm tido em afirmar-se. No centro da defesa, o brasileiro Jubal e o português Marcos Valente têm alternado entre si na parceria com o capitão Pedro Henrique.

Fonte: Vitória SC
No miolo também têm sido várias as alterações entre João Aurélio, Celis, Wakaso, Rafael Miranda e Francisco Ramos. E no ataque também falta a afirmação de um goleador, tendo em conta o desempenho inconstante de Rafael Martins (5 golos em 18 jogos) e a desilusão que tem sido Óscar Estupiñán. E na baliza, também tem havido muita alternância, sendo que o jovem João Miguel Silva tem estado longe do nível que o fez entrar no mapa do futebol português.
Entre os jogadores mais influentes, na defesa, têm estado o capitão de equipa Pedrão e o costa-marfinense Konan, um jovem em ascensão no nosso campeonato e, mais na frente, a manobra ofensiva está entregue ao tridente constituído por Héldon, Hurtado e Rapnhinha.
Agora uma questão: será que esta irregularidade é motivo para medidas drásticas? Sinceramente, nada disso. Esta situação é relativamente frequente no futebol português e Pedro Martins é um técnico que já deu provas da qualidade e competência. Como tal, estou convicto que mais tarde ou mais cedo, a equipa irá estabilizar e o Vitória irá ficar mais próximo dos bons resultados da época anterior tornando a sua casa num verdadeiro… Castelo?
Fonte: Vitória SC
artigo revisto por: Ana Ferreira