Há uns anos atrás, no primeiro Congresso Internacional do “Futuro do Futebol”, o presidente leonino foi um dos primeiros a falar do VAR em Portugal. Na altura chamaram-lhe maluco por querer tirar a magia e a paixão do futebol. A verdade é que num “curto” espaço de tempo foi implementado em Portugal (ainda com muitas melhorias a efectuar).
Passados uns tempos foi a discussão com a Doyen e os fundos… também lhe chamaram “maluquinho”, mas, e apesar de ter perdido no Tribunal Arbitral do Desporto, a verdade é que quer a FIFA quer a UEFA se colocaram ao lado do Sporting nesta situação.
Depois, vieram os “vouchers e camisolas” de oferta, que não sendo uma “corrupção” tremenda tem tido o impacto que tem na sociedade portuguesa, onde se percebe que era somente a ponta do Icebergue. Lá foi outra vez o “parvinho” do BdC a falar disto…
A verdade é que, em Portugal, o futebol tem mudado e muito graças a este “parvalhão” do presidente do Sporting Clube de Portugal. Tenho pena que o Congresso “Future of Football” não tenha tido mais participação de outros clubes portugueses e que quer a Federação quer a Liga Portuguesa de Futebol não tenham uma maior intervenção nos painéis (e não se limitarem) aos discursos quer de abertura quer de encerramento.

Fonte: Sporting Clube de Portugal
No último Congresso, que aconteceu no Pavilhão João Rocha, Bruno de Carvalho voltou ao ataque: se queremos transparência porque não seguir o exemplo da Major League Soccer (MLS) nos Estados Unidos da América e passar nos estádios a imagem que foi decisiva para a decisão do árbitro?
A verdade é que Lukas Brud, CEO da International Football Association Board, responsáveis pelo VAR no Futebol, disse que o exemplo americano é de sucesso e que o “modelo europeu” parece renitente em imitar este sucesso em que eles não proíbem a passagem dessas imagens. Cada país poderá fazer o que bem entender. Logo no momento, BdC lançou o desafio repetidamente quer ao Presidente do Conselho de Arbitragem quer ao Presidente da Federação Portuguesa de Futebol… Fernando Gomes da FPF deu um “não redondo” e pouco depois abandonou o Congresso. Pode ter sido só uma questão de agenda, mas que ficou uma sensação de desconforto em abordar o tema… ficou!
Ainda sobre a questão do VAR nos EUA, tem sido um sucesso por vários factores: todos foram treinados (Imprensa, Jogadores/Staff, Público). Ainda hoje, antes de qualquer jogo, passa quer nos écrãs, quer na TV, o que é o Vídeo-Árbitro.
E há que humanizar os árbitros, deixá-los falar sobre a sua experiência e sobre os lances onde estão envolvidos: se todos os intervenientes no jogo falam, porque não a arbitragem fazer o mesmo?
O Futebol tem uma paixão que mais nenhum negócio tem e se queremos um desporto que “pertença aos fãs” que seja confiável, reputado e autêntico, temos de devolver o desporto aos fãs, sem lhe tirar a paixão.
Foto de Capa: Sporting Clube de Portugal
Artigo revisto por: Beatriz Silva