António Miguel Cardoso falou abertamente sobre a situação do Vitória SC. O presidente do clube de Guimarães explicou ainda a saída de Jota Silva e admitiu que Tomás Handel pode vir a deixar o clube.
O presidente do Vitória SC, António Miguel Cardoso, falou sobre a venda de Jota Silva. O dirigente do clube vimaranense explicou os contornos da saída do internacional português para o Nottingham Forest:
«Se nós, no ano passado, fazendo recorde de pontos, fazendo a época que fizemos, tivéssemos chegado à fase regular da Liga Conferência, teria sido tudo diferente. Porque, bem ou não, é a marca que fica sobre jogadores e clube. Um jogador que faça jogos europeus vale mais, a não presença tem efeitos. Se me perguntar se gostaria de ter vendido o Jota por mais, com certeza. Se acho que valia mais, sim. Tivemos propostas superiores que não foram do interesse do jogador e temos que entender. Foi o negócio possível. São 7 M€ mais 5 M€, 3 deles que vão realizar-se facilmente. Perante o investimento feito, perante a não qualificação, perante o que o Jota representou, foi um negócio possível. É um bom negócio, tivemos uma mais-valia interessante. Claro que preferia ter vendido o Jota por 20 M€, não vou dizer que não», afirmou ao jornal Record.
António Miguel Cardoso deixou também no ar a possibilidade de transferir Tomás Handel:
«É um atleta e uma pessoa muito acima da média. O percurso natural dele será jogar na Seleção, jogar nos maiores clubes internacionais, nas grandes competições. Não posso dizer que não se perspetiva a saída em breve, porque não estaria a ser verdadeiro, até porque já recebemos propostas que não aceitámos. Se chegar um clube que interessa ao Tomás e que interessa ao Vitória, as coisas serão feitas. Mas há outros ativos que também têm suscitado muito interesse».
O presidente do Vitória SC falou ainda da situação financeira do emblema vitoriano:
«A nível de custos, gastos com pessoal, a subida em relação ao ano passado é residual e muito inferior aos gastos de há dois ou três anos. Não estamos a cometer loucuras. Este ano não tivemos as vendas do ano passado, aí está a grande diferença. No ano passado fizemos 23 milhões de euros em vendas, este ano foram oito ou nove M€. Se tivéssemos optado por vender os tais jogadores, com certeza teríamos contas positivas e o alarme não seria o mesmo, mas na parte desportiva estávamos de outra forma. Nós temos um clube de futebol, a parte desportiva é a mais importante. Se estiver bem, a parte económica melhora. Está interligado. Nós este ano vamos com certeza ter um recorde de receitas ordinárias no clube. A SAD nunca teve as receitas ordinárias que terá no próximo ano fiscal. Será um recorde. Portanto, vem agregado. Se o clube retrair as coisas não acontecem. Podíamos ter vendido ativos para ter contas positivas, mas corremos riscos. Ficámos com os ativos que queríamos e conseguimos seis M€ da Liga Conferência. Fizemos uma estratégia e está a correr bem. Será visível nas próximas contas».