Chaínho falou em exclusivo com o Bola na Rede. Conversa com o antigo médio decorreu no Portugal Football Summit.
Chaínho falou em exclusivo com o Bola na Rede. O antigo médio, que passou com destaque pelo FC Porto entre 1998 e 2001, recordou a carreira com um sorriso no rosto.
«Acho que foi uma carreira muito boa, de que me orgulho muito. Pelos jogos, pelas amizades, pelo sonho. Tive sempre o sonho de ser profissional de futebol e lutei para isso. Acabei a carreira com a ficha limpa, sem problemas disciplinares, sem problemas de doping e esses problemas todos. Sinto-me orgulhoso da minha carreira, de sacrifício e com muitas pessoas ao meu lado. O mais importante são as amizades que conquistei. Digo sempre que foi nota 9. 10 é a perfeição e não acredito na perfeição», começou Chaínho.
«Acho que não faltou nada, não me arrependo. No caminho há coisas que gostaria de fazer diferente e aprendi coisas, mas não interessa. Foi o rumo traçado para mim, trabalhei. Não sei se podia ser melhor ou não, mas também podia ser pior. Podia ser uma carreira menos prestosa. Faz parte do processo da vida e do processo natural das coisas», sentenciou o antigo jogador.
Chaínho falou ainda da importância que as amizades assumiram na sua carreira e destacou alguns dos pontos altos da sua vida enquanto jogador.
«As pessoas importantes são aquelas que passaram por nós. É difícil individualizar. Fica a aprendizagem que apanhas. Durante 14 ou 15 anos, são as pessoas com quem convives, com quem tu vives e que potencias durante muitos anos. Todas são as mais importantes. Para mim, será sempre a minha família. Há um amigo ou outro que impulsiona mais umas coisas, mas a família é sempre o mais importante», salientou Chaínho, que destacou os pontos mais altos da sua carreira.
«Ter sido campeão nacional. Ter feito parte das seleções. Ganhei um pouco de tudo, o Dragão de Ouro, atleta do ano no CD Nacional, atleta de outros clubes. Quando as pessoas me dizem que defendi a sua honra é o mais importante», vincou o antigo jogador do FC Porto.
Do FC Porto às ilhas, Chaínho destacou alguns dos pontos mais importantes do seu percurso como jogador de futebol.
«Foi o princípio de uma etapa. Não o fim, mas o princípio. Podia ser curto ou longo, como a minha. Eu orgulho-me muito daquilo que consegui», frisou Chaínho sobre a passagem de azul e branco. Sobre a vida na Madeira, onde representou CD Nacional e Marítimo, o antigo médio destacou o respeito pelos dois emblemas.
«Tranquilo. São duas grandes equipas, duas grandes instituições. Às vezes perguntam-me de qual das duas gostei mais. Nas duas fui à Europa, nas duas conheci amigos para a vida, consegui ter prazer em jogar. Na ilha passei por uma fase difícil da vida, o falecimento da minha mãe, e deu-me oxigénio para muita coisa. Nunca me posso esquecer disso», frisou Chaínho.
O antigo jogador destacou ainda as passagens pelo estrangeiro, onde representou quatro emblemas diferentes.
«Gostei muito do Panathinaikos, do Zaragoza, do Alki [Larnaca]. Foi tudo incrível. Conheci muitas pessoas. A atmosfera do La Romareda, do Panathinaikos, do Alki, que era uma equipa mais pequeninha. Ainda fui para o Irão. Tudo impecável. Ficam os amigos. Hoje encontro uma pessoa que foi comigo para o Irão. O mundo é engraçado», concluiu o internacional jovem português.
Lê as declarações de Chaínho sobre a atualidade e a luta pela Primeira Liga.

