Ivan Baptista analisou o empate entre o Sporting e o Benfica. Treinador respondeu à questão do Bola na Rede em conferência de imprensa.
Ivan Baptista fez a análise do empate entre o Sporting e o Benfica por 1-1 na oitava jornada da Primeira Liga Feminina. O Bola na Rede esteve no Estádio de Alvalade e, no final do encontro, teve a possibilidade de colocar uma questão ao treinador das águias.
Lê também a questão feita, e respetiva resposta, de Micael Sequeira, treinador verde e branco.
Bola na Rede: O Benfica tem uma superioridade evidente na primeira parte, quer na pressão, roubando bolas, quer com bola, entrando por vários lados, mas na segunda parte o jogo é mais repartido. Quais as diferenças que encontrou e que análise faz das duas partes?
Ivan Baptista: Uma primeira parte diferente da segunda. Na segunda parte fomos claramente superiores durante 35 minutos, até ao jogo ficar dividido nos últimos minutos da segunda parte. Fizemos um golo, podíamos ter feito mais. Aliás, fizemos dois golos, mas acaba por ser uma precipitação da árbitra. São erros que só quem está lá dentro é que comete. Faz parte, também cometo os meus. É algo factual, foi um golo limpo que não valeu para nós é que tem impacto no resultado. Ainda assim, uma primeira parte superior no que foi a análise tático-estratégica. Estivemos superiores e melhor, conseguimos controlar a construção e tipologia do jogo do Sporting, que se resumia muito a profundidade e dinâmicas no corredor. Conseguimos facilmente identificar e depois ajustar e controlámos o jogo ofensivo do Sporting. No jogo ofensivo, muito iguais a nós mesmas e ao que temos feito no campeonato e tem dado frutos, com várias nuances e posicionamentos. Chegámos várias vezes ao último terço, pecámos um bocadinho na finalização. Podíamos e devíamos ter ido para o intervalo com um resultado diferente, o 1-0 peca por escasso. Uma segunda parte diferente, bem na análise que faz. O Sporting ajustou na segunda parte, com a Érica [Cancelinha] mais fixa na linha de três centrais e a projetar mais para um 3-5-2, a fixar mais duas avançadas, o que ficou mais claro com a entrada da Britanny [Raphino]. A partir do momento em que temos essa ameaça nas costas, com as duas jogadoras a igualar as nossas centrais, tivemos de tomar outras cautelas. Ainda assim, sinto que conseguimos pressionar bem e limitar bem a construção do Sporting, que acaba por ter as maiores oportunidades em lances de transição. O jogo está partido, são lances em que recuperamos bola, falhamos o primeiro ou segundo passe e o Sporting, com a velocidade na frente e nas alas, consegue criar perigo. O golo acaba por surgir num lance desses. Em organização defensiva estivemos muito bem, diferentes na primeira parte e na segunda porque o adversário estava posicionado de forma diferente. Mas há outros momentos, momentos de transição, em que o Sporting conseguiu criar mais perigo. Ainda assim, apesar da segunda parte mais dividida porque o Sporting tinha de ir atrás do resultado, um domínio evidente. Tivemos mais posse de bola, remates, remates a baliza, cantos. Uma superioridade evidente que nos deixa frustrados por sair daqui com um empate. Ainda assim, orgulhosos porque saímos na liderança com cinco pontos e a deixar o rival sem depender só dele para ser campeão. Tem de ser o foco a partir de agora.

