João Diogo Manteigas considera a formação fundamental para o Benfica: «O objetivo final é chegar ao final do mandato com 50% da formação na equipa A»

João Diogo Manteigas considera a formação como um tópico fundamental para o futuro do Benfica no futebol, deixando um objetivo em aberto.

João Diogo Manteigas assumiu em entrevista exclusiva ao Bola na Rede que a formação é fundamental para o futuro do Benfica e que é necessário manter os ativos mais importantes. O candidato à liderança dos encarnados quer uma presença forte da cantera na equipa principal:

«É fundamental. O nosso modelo é construído através do modelo de formação, é mais sustentável financeiramente. Nós chamamos o modelo da gestão da otimização do valor de mercado das equipas. Isto é composto por três grandes princípios. Há que ter uma maior gestão dos contratos. Quando entrarmos em outubro, temos de analisar o plantel. Tenho que me sentar à mesa com o treinador e o diretor desportivo, onde explicamos o nosso modelo. O treinador, seja ele quem for, é essencial para nos falar do plantel. Queremos saber o que ele acha do plantel, é a pessoa que lá está. Isto implica que nós tenhamos que perceber que jogadores contam para o treinador e os que não contam. Há jogadores que estão motivados, outros desmotivados e isso acontece. Temos que gerir isso e preparar o futuro imediato. Isto também está relacionado com o mercado de janeiro, ainda que tenha alvos em mente, eu trabalho na área. Eu respeitarei sempre a opinião do treinador, tem que ser uma decisão unânime. Também temos que melhorar os contratos dos jogadores essenciais. Dou um exemplo: António Silva é um dos jogadores mais importantes e não renovou, é essencial renovar, tal como aconteceu com o Rúben Dias no Manchester City. A formação é outro ponto. Tem que existir uma aposta de risco e eu tenho que assumir isso. Serei a cara e o máximo responsável por esse efeito. A aposta na formação vai ser a grande marca made in Benfica. Temos valores seguros como o Leandro Santos. O João Rego é um jogador que eu gosto muito e Bruno Lage não tem apostado nele. Sei que estão a tentar renovar com ele e a meter-lhe aquelas cláusulas de 100 milhões de euros, o que levanta um problema na gestão do próprio jogador. O que me dá a entender é que jogador não joga mais porque não renovou. Isto não é uma boa gestão. Se não joga, se não está a renovar, tem que ser colocado a rodar. O jogador não pode estar aparado. Tem que se organizar tudo o que há para ser organizado. Jogadores que estão para despontar, quem conta e quem não conta, encontrar solução para os que não contam. Vai passar a haver uma aposta de risco e uma maior retenção. Terá que haver uma maior rotatividade dos jogadores. Os jogadores têm que dar um salto mais depressa para o profissional. O Benfica este ano está a fazer isso este ano. Guilherme Muller dá-me boas indicações, ótimas mesmo. Ele disse recentemente numa entrevista que há jogadores que têm que ser queimadas mais depressa. Por mim, ótimo. É o que queremos para o Benfica. Queremos que os jogadores sintam a responsabilidade a aumentar e o que é ser profissional o mais depressa possível, para sabermos quem tem capacidade para o serem. O objetivo final é chegar ao final do mandato com 50% da formação na equipa A, um pouco à imagem com aquilo que a Real Sociedad faz, embora aí a tendência seja 60%. O Benfica é conhecido internacionalmente também por ter os melhores jogadores, nunca vamos ter 100% de jogadores unicamente formados. Não posso é permitir que os jogadores saiam de forma facilitada e perder valores essenciais da formação. Um outro princípio tem a ver com uma boa gestão de compras e vendas dos jogadores. O Benfica tem sido muito bom a vender jogadores, é difícil eu contrariar isto. Há casos pontuais, mas também tem a ver com a necessidade financeira. O que o Benfica tem que fazer é contratar melhor. Mais qualidade e menos em quantidade. Temos muitos jogadores no plantel e tem que se reduzir isto. O que interessa é ter mais equilíbrio, dois jogadores por posição. Assim proporcionamos modelos distintos aos treinadores. Terá que haver mais compromisso. Quem está e quem vier tem que aceitar e promover os valores e princípios do Benfica. O Otamendi é um bom valor disso. Ele não era do Benfica e encaixa naquilo que ele dá a entender enquanto capitão da equipa».

Podes ler a entrevista completa de João Diogo Manteigas.

Ricardo João Lopes
Ricardo João Lopeshttp://www.bolanarede.pt
O Ricardo João Lopes realizou a sua formação na área da História, mas é um apaixonado pelo desporto (especialmente pelo futebol) desde criança, procurando estar sempre a par da atualidade.

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