João Pereira realizou a antevisão do desafio entre o Sporting e o Club Brugge, relativo à sexta jornada da Champions League.
João Pereira marcou presença na sala de imprensa, de maneira a realizar a antevisão do embate entre o Sporting e o Club Brugge, marcado para terça-feira e relativo à Champions League.
«Conheço perfeitamente os jogadores que vieram connosco e tenho plena confiança na capacidade deles. Trabalham bem e principalmente o Simões já está integrado, mesmo antes de ser treinador. O Arreiol, o Mauro, o Brito… Total confiança e este jogo é uma oportunidade para reverter o momento em que nos encontramos. Vamos encontrar uma equipa que não perde há dez jogos. Segundo o que o Filipe [assessor] me passou, o Sporting não tem tido bons resultados na Bélgica e é um mote para nós, sermos a primeira equipa a ganhar».
O técnico falou sobre um possível voto de confiança:
«Voto de confiança que o presidente e o Hugo Viana me podiam ter dado era ter-me colocado neste lugar. Aconteça o que acontecer, estou cá para dar a cara. Sou o rosto da equipa e estou cá para dar a cara sem qualquer tipo de problema».
João Pereira confessou que já estava à espera de tal pressão:
«Já estava mentalizado para isso. Quando se assume um cargo destes, é normal as coisas acontecerem. A minha mulher sofre muito mais do que eu em termos de nervosismo, não dormiu. Eu sofro porque infelizmente não temos conseguido ganhar e fico triste. Amanhã vamos estar confiantes, tal como estivemos com o Moreirense. Podemos não ter jogado o nosso melhor futebol, mas não fizemos nada que nos levasse à derrota. Sporting foi superior e podia ter saído de lá com a vitória. Partimos um jogo um bocadinho mais do que aquilo que podíamos ter feito. Vamos estar confiantes amanhã para quase garantir os playoffs».
O treinador falou sobre o lote de médios que tem disponível:
«Meio-campo? Neste momento, conto com os jogadores que estão no plantel principal. Podem jogar os miúdos, pode haver uma adaptação. Se o Trincão tivesse de jogar naquela posição, saberia o que teria de fazer. O Viktor seria mais complicado, mas sabe o que se faz ali. Têm de estar todos preparados para isso».
João Pereira abordou a sua carreira:
«Eu vou até ao fim. A vida para mim nunca foi fácil. Se não aguentasse a pressão, não estava aqui. Quando comecei diziam que é franzino, é pequenino, não joga de pé esquerdo, não joga de cabeça, só dá porrada, é refilão, nunca vai singrar no futebol. Felizmente tive a carreira que tive e acho que foi uma carreira simpática para o que esperavam de mim. Quando comecei como treinador, lembro-me que os primeiros anos foram complicados. Ficámos nos sub-23 quase em último, passados três anos, fizemos uma excelente época e a um ponto de chegar à equipa principal. Depois já era bom para ser treinador da equipa B. Se calhar, falava-se que era a pessoa certa para o lugar de Ruben Amorim. Chegámos aqui, os resultados não foram os esperados e o João Pereira já não presta. É normal. Eu é que não posso ter dúvidas e estou confiante de que o futuro vai ser muito melhor».
O técnico voltou a falar sobre a pressão que sente:
«Tenho pressão todos os dias, a direção quando escolhem um treinador, é para ganhar. Eles e o clube vivem de vitórias. Vir de três derrotas há apreensão. Mas estamos todos juntos e com a mesma vontade e ninguém abandona ninguém».
João Pereira rejeitou ser um problema para o Sporting e negou qualquer tipo de tensão no balneário:
«Nunca serei um problema para o Sporting. Tensão no balneário? Primeiro, não existiu nada no balneário no Sporting. Existiu tristeza e deceção pelo momento e pela derrota. Não houve nada, o meu era mesmo ao lado. Se eu estava ao lado, se eu não ouvi. Não ouvi gritos nem deceção nenhuma. Abala com toda a gente, somos seres humanos, mas os jogadores estão confiantes e eles sabem que podem dar a volta. Confiantes, focados e jogar como um bloco, a atacar e a defender. Para termos oportunidades e sair daqui com uma vitória».