Martim Mayer e futuro de Bruno Lage: «Tenho uma ideia para o projeto de futebol do Benfica que não se pode compactuar com falta de sucesso»

Martim Mayer foi entrevistado pelo Bola na Rede. Candidato à presidência do Benfica deu a sua visão sobre o futuro dos encarnados.

Martim Mayer é candidato à presidência do Benfica. Antes das eleições, que se realizam a 25 de outubro, o empresário foi entrevistado pelo Bola na Rede para falar da sua visão para o futuro dos encarnados e da sua proposta. Candidato à presidência do Benfica falou do futuro de Bruno Lage e do papel do treinador.

«O que eu disse no passado não foi que o Bruno Lage não seria o meu treinador. Foi que, tendo terminado o Benfica a época passada como terminou, se trocaria ou não de treinador. Disse que sim, que trocaria. Trocaria pelas razões óbvias de insucesso desportivo e porque tenho uma ideia para o projeto de futebol do Benfica que não se pode compactuar com falta de sucesso. Por isso, a minha resposta a essa pergunta em concreto. O Bruno Lage é o treinador do Benfica, eu sou o sócio 5.206 do Benfica e respeito muito o treinador do Benfica. Quero que ele faça o melhor possível e que ganhe todos os jogos até às eleições. Entrando um novo executivo a meio da época e ganhando todos os jogos até lá, quero que haja a devida estabilidade para levar essa senda de vitórias até ao final da época e até à final da Champions League. O que eu quero é que o Benfica ganhe todos os jogos, seja eu o presidente ou não. Independentemente do que descrevi para a estrutura do futebol, obviamente que o treinador da equipa A é uma figura de máximo peso na estrutura e que irá trabalhar em conjunto com este diretor geral e, em muitas decisões, a decisão do treinador prevalecerá sobre a do treinador geral. A posição do treinador raramente é estável num clube ao longo de muitos anos e, portanto, cada vez que um treinador sai, existe um vazio no clube que tem muito prejuízo para a sua continuação. Ao termos um diretor geral que divide tomadas de decisão e discute decisões com o treinador principal, mesmo que o treinador saia, esse diretor geral será sempre alguém muito estável e que vem para estar 10 anos ou mais no clube. Quando existe uma mudança de treinador e uma passagem de testemunho, há algo que nunca se perde e continua no clube. Essa continuidade é altamente benéfica para o projeto de médio prazo, por isso é que pensamos nas coisas desta forma. O treinador terá sempre um enorme peso a seu cargo e a responsabilidade de responder nos resultados. Terá toda a autonomia para a tomada de decisões que levarão ao sucesso ou ao insucesso. De outra forma, não poderia ser responsabilizado», destacou Martim Mayer, que relacionou o treinador ao diretor geral para o futebol.

«Atribuiria ao diretor do futebol do Benfica um papel muito estrutural e metodológico e ao treinador uma visão muito mais resultadista, baseada no sucesso ou insucesso desportivo da temporada? Diria que é uma boa ilustração para mostrar o exagero que permite ilustrar a organização. É verdade, mas é um exagero. Tende a ser algo muito mais consensual e próximo, mas nos limites é como descreveu», concluiu o candidato.

Lê toda a entrevista de Martim Mayer.

Diogo Ribeiro
Diogo Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação, está a terminar o mestrado em Jornalismo e tem o coração doutorado pelo futebol. Acredita que nem tudo gira à volta do futebol, mas que o mundo fica muito mais bonito quando a bola começa a girar.

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