Rúben Amorim realizou esta quinta-feira a antevisão do desafio entre o Sporting e o Estrela da Amadora, relativo à Primeira Liga.
Rúben Amorim marcou presença na sala de imprensa da Academia de Alcochete, de modo a realizar a antevisão do Sporting x Estrela da Amadora, relativo à décima jornada da Primeira Liga.
«Queremos ter o melhor arranque e queremos sempre fazer melhor. Não houve muito tempo para recuperar. O Pote vai voltar à convocatória, o Quaresma continua fora. O Estrela da Amadora mudou e precisamos de ganhar este jogo. Queremos jogar bem no nosso estádio e manter a nossa posição no campeonato», referiu o técnico.
O treinador rejeitou falar sobre a sua possível ida para o Manchester United:
«Sei que vocês fizeram uma viagem para vir aqui falar sobre isso [Manchester]. No fim do jogo falarei sobre todas essas questões. Agora quero focar-me e que a equipa também. No fim do jogo vou falar sobre isso. Falar agora é desestabilizar o plantel e amanhã responderei a essas perguntas».
Rúben Amorim quer a equipa concentrada no bicampeonato:
«O Sporting ser bicampeão é a ideia e isso não mudou. Quero focar no Estrela da Amadora e o foco é esse. [Fazia algo de diferente?] Sei que vocês respostas, no fim do jogo vai ser tudo mais claro. Neste momento, o foco está no Estrela. Não controlei nada da situação portanto não poderia ter feito nada de diferente».
Rúben Amorim assumiu que a sua relação com Frederico Varandas é muito positiva, revelando que os jogadores ficaram ansiosos:
«Relação com o presidente é muito boa. Não há guerra nenhuma, nem paz podre. Não faz parte do nosso feitio. Isso vai ficar esclarecido no fim do jogo. A preparação é normal. Eu sei que os meus jogadores sentem ansiedade, não houve revolta nenhuma. Revoltas havia quando cheguei cá. Digo que os jogadores não estavam normais ao lerem as notícias, foi por aí. Mas não houve, claramente, revolta nenhuma. Eu trato dos meus problemas e eles conhecem-me tão bem. Já provei que os defendo até ao último minuto. A preparação foi mais normal do que no último jogo. Vimos os vídeos que tivemos de ver e estamos prontos. São coisas que nós não controlamos, simplesmente são assim as coisas».
O treinador falou sobre os sentimentos dos adeptos:
«Principalmente, também estou a partir o meu coração. Sou eu que decido. Sei que é difícil para toda a gente, no fim do jogo falamos disso. Presidente está a defender os direitos do clube, não me meto nesse aspeto. Os adeptos podem gostar ou não, mas estará lá tudo definido. Não há paz podre e somos adultos. Foco é no Estrela, precisamos muito de ganhar o jogo. E no fim vamos falar desse assunto».
O técnico elogiou o Estrela da Amadora, orientado interinamente por José Faria:
«Acima de tudo, o Estrela da Amadora parece um bocadinho mais agressiva. Mudaram para um 3-4-3 e muito bem orientados na pressão. Estão todos juntos na luta pela permanência. Revela muita confiança, vi também as declarações a dizer que queriam ser a primeira equipa a vencer em Alvalade. Queremos ganhar e dar um bom espetáculo em Alvalade».
Rúben Amorim elogiou João Pereira:
«Não tenho falado mais com ele. Se me perguntar a mim se está preparado para outros voos? Digo claramente sim, não só por ele, mas pela equipa técnica. Não preciso de quase trabalho nenhum com jogadores. Ele está claramente preparado para outros voos. Foi jogador de grandes clubes, tem muita maturidade, tem muita personalidade, não estou a dizer nada. Apenas que está preparado».
Rúben Amorim assumiu estar algo cansado:
«A situação é muito difícil. Quando não sei o que dizer, torna tudo mais difícil. Quando sou mais direto, é mais fácil. A incerteza é uma dificuldade e tenho dificuldades de comunicação como qualquer treinador. Toda a situação deixa-me nervoso e com dificuldade para focar nos jogos. A novela está a acabar. É óbvio que me deixa mais nervoso por poder não ser tão claro, isso cria-me bastante dificuldade».
Rúben Amorim falou do staff e do ambiente que o Sporting tem:
«Temos aqui muito boas condições. Há seis anos estávamos no Casa Pia e pagávamos para trabalhar. Não é por questões financeiras. Foi uma das razões de eu ter ficado cá são as pessoas com quem trabalho. Há fases em que estamos bem na vida e depois falta-nos qualquer coisa ou querer provar qualquer coisa em coisas que nos desestabiliza. Não sabemos se vai funcionar ou não, se estamos a dar um passo diferente e a estragar o que temos. Vocês na vossa vida e os treinadores passam pelo mesmo».
Rúben Amorim assumiu que não viu o jogo do Manchester United:
«Ontem estive a ver no Estrela. Passei também pelo City, apesar de ter algumas alterações e não poder fazer alteração. Se alguma coisa acontecer, o maior medo é esse. Alguma coisa acontecer e poder ser alguma coisa acontecer. Se calhar é o maior medo».
Rúben Amorim voltou a confirmar que depois do jogo de sexta-feira falará tudo:
«Há negociação entre duas equipas, não é fácil. Vamos clarificar após o jogo. A decisão estará tomada».