Tomás Amaral é o diretor desportivo da lista de João Noronha Lopes. Dirigente foi entrevistado pelo Bola na Rede e falou de mercado e do Benfica.
Tomás Amaral foi o mais recente entrevistado pelo Bola na Rede. O diretor desportivo da lista de João Noronha Lopes analisou os méritos e deméritos do Benfica no mercado.
«O mérito, e não sei se é mérito das pessoas ou do clube em si e da sua dimensão, está associado à capacidade do Benfica vender jogadores a valores estratosféricos. Há poucos clubes que possam vender jogadores por 100 milhões de euros, hoje em dia. Por outro lado, fala-se muito no mérito de convencer jogador A, B ou C. Acho que muitas vezes basta o nome Benfica para convencer o jogador, portanto, não consigo encarar apenas mérito. Acho até que, com as ferramentas que se tem e com a proteção que existe, porque o Benfica por si só já compra e vende sozinho, se deveria ter feito muito melhor», alegou Tomás Amaral.
«O Benfica não teria de contratar tantos jogadores, mas sim de perceber que tipo de jogador era preciso para determinado enquadramento da equipa. O contratar por contratar existiu no Benfica. Isso é claro na minha opinião. Como tal, diria que o Benfica tem de contratar menos, mas melhor. Falamos não só na individualidade do jogador, mas também no enquadramento e no acompanhamento que existe. A contratação de um jogador não termina no momento em que o jogador assina. Isso é apenas o começo. Um jogador quando entra no Benfica tem de ter acompanhamento, apoio, confiança da estrutura. Não nos vale de nada contratar um jogador em agosto e dizer que é muito bom para em dezembro dizer que não serve e foi um erro. Se tomámos a decisão em agosto, temos de ter confiança na decisão, apoiar o jogador e acreditar que ele vai dar certo no Benfica. Isso não aconteceu e daí tantas trocas ano após ano, autênticas revoluções no plantel. Nenhum clube no mundo sobrevive a tanta mudança», lamentou Tomás Amaral.

