Vasco Botelho da Costa analisou a derrota do Moreirense frente ao Benfica. O técnico respondeu à pergunta do Bola na Rede em conferência de imprensa.
O Moreirense foi derrotado pelo Benfica na 14.ª jornada da Primeira Liga. O Bola na Rede esteve presente no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas e, em conferência de imprensa, teve a possibilidade de colocar uma questão a Vasco Botelho da Costa, treinador dos cónegos.
Lê também a pergunta a José Mourinho, treinador das águias.
Bola na Rede: Na primeira parte, o Moreirense foi conseguindo sair pelo lado direito, seja pelo Diogo Travassos ou pelo Dinis Pinto. Mas, na segunda parte, vimos um Benfica mais pressionante e com uma marcação mais individual nesses jogadores, fosse pelo Samuel Dahl ou pelo Georgiy Sudakov. Gostaria de lhe perguntar se este aspeto explica em parte esta derrota?
Vasco Botelho da Costa: Eu acho que a questão é mesmo essa, que é: o Benfica soube reagir exatamente àquilo que estava a acontecer. Nós estávamos a conseguir sair em combinações, principalmente por fora, porque é impossível uma equipa tapar os espaços todos. A verdade é que, se o lateral quiser encurtar de uma forma muito agressiva no nosso extremo, no Travassos ou no Landerson, provavelmente vai abrir espaço na profundidade e nós deveríamos ter usado mais esse passe, digamos assim, solicitar o jogador mais na profundidade para criar dúvida no lateral. Assim, se ele saltasse de uma forma agressiva, como começou a saltar na segunda parte, e a bola entrasse nas costas, na jogada a seguir ele já ficava na dúvida. E, portanto, aquilo que nós nos tornámos foi demasiado previsíveis, porque o Benfica começou a perceber que nós só estávamos a querer sair curto e, muitas vezes, os indicadores para sair curto nem sequer estavam lá, estavam indicadores para sairmos longo, muitas vezes pelo nove. Se olharmos para o jogo, quase todas as nossas bolas de construção tinham a entrada no nosso ponta de lança. Ainda para mais, considero eu, tivemos dois pontas de lança com muito boa capacidade de dar essa linha de passe, de segurar essa bola e de jogar a partir daí. Na primeira parte conseguimos algumas vezes e, mesmo assim, acho que podíamos ter insistido mais nessa situação. Mas lá está, é também o mérito do adversário. Aquilo que eu considero que é a parte em que nós podíamos ter feito melhor, mas também estamos a jogar contra jogadores experientes, que chegam rápido à pressão, que são fortes fisicamente, e depois, meia oportunidade, conseguem transformar em golo. E o resultado explica-se muito por aí.

