Rui Correia foi um guardião histórico para o futebol português. Membro importante para o pentacampeonato do FC Porto, realizou a sua formação no Sporting, onde conseguiu dividir balneário com o seu ídolo, Vítor Damas. No entanto, foi no norte do país, ao serviço do Chaves e do Braga, que alcançou o estrelato. Hoje em dia trabalha na área do treino, tendo colaborado com vários clubes nacionais, participando inclusivamente na CAN 2023, como treinador de guarda-redes da Guiné-Bissau. O ex-internacional luso concedeu uma entrevista ao Bola na Rede.
«Penso que a área do guarda-redes evoluiu bastante, para melhor»
Rui Correia, Bola na Rede
BnR: Rui Correia, olá! Normalmente falamos das caraterísticas de jogadores de campo, mas esquecemo-nos que os guarda-redes também têm os seus pontos fortes e fracos. Quais é que eram as suas maiores valências e os seus maiores defeitos?
Rui Correia: Aquilo que achava que era mais forte era na velocidade de reação, na velocidade com que eu agia dentro daquilo que era a baliza. As dificuldades que eu tinha, talvez devido à minha estatura, estava mais relacionado com jogo aéreo, situações de bolas paradas, situações de canto, bolas bombeadas para a área, era onde sentia mais dificuldades.
BnR: O Rui tem 1,79m. Sentiu que a sua altura o condicionou?
Rui Correia: Para aquela época, penso que sim, um pouco. Se fosse hoje, acho que ia ser muito mais difícil eu ter atingido a carreira que consegui ter. Hoje em dia, dá-se muito mais importância ao perfil de um guarda-redes. Um guarda-redes com 1,79m estaria em causa. Nos anos 90 grande parte dos guarda-redes não tinham um perfil alto, mas sim médio/baixo. A carreira que eu fiz, para o atual momento, acho que nunca iria consegui-la fazer, se fosse hoje. Nos anos 80 e 90, acho que era fácil de fazer.
BnR: Considera que os guarda-redes desta era são bastante diferentes que os da sua altura como futebolista?
Rui Correia: Completamente. Hoje o contexto de um guarda-redes é muito diferente daquilo que era há uns anos. Hoje um guardião tem outras exigências, que nos anos 80 e 90 não existiam. Hoje em dia é necessário que o atleta saiba construir, algo que antes não acontecia com muita frequência. Antigamente, o objetivo do guarda-redes era bater a bola, hoje o inicio do jogo é nele, e há que ter muita qualidade nisso. É um fator extremamente importante. Depois há outras situações, com o controlo da profundidade, que é extremamente importante. Antigamente a abordagem à bola era completamente distinta da de agora. Hoje há gestos técnicos que são muito mais eficazes, mas fomos buscar muitas ideias ao Andebol, ao futsal… antigamente não utilizávamos. Penso que a área do guarda-redes evoluiu bastante, para melhor. Acho que hoje um guarda-redes é mais completo, é mais bonito em termos de ações.
BnR: Como foi partilhar o balneário com o seu ídolo, Vítor Damas?
Rui Correia: Em relação ao Vítor, eu comecei a partilhar o balneário com ele quando tinha 17 anos, ainda era júnior e já ia treinar aos seniores. Aquilo que eu vi nele e que via diariamente foi aquilo que eu tentei transportar para a minha ideia de guarda-redes, para aquele momento. Eu às vezes vejo imagens minhas, com 18 ou 19 anos e há muitas ações que eu tenho durante o jogo, que é quase uma cópia do que era o Vítor. Não vou dizer que a qualidade era igual à dele, porque estaria a mentir, era muito inferior, eu tentava copiar um pouco aquilo que eram os gestos técnicos dele. Com tantos anos a vê-lo, apanhei algumas coisas. Com o decorrer dos anos fui-me adaptando e comecei a ser aquilo que eu hoje sou e que sempre fui.
«Na área do guarda-redes a confiança é extremamente importante. Um guardião confiante, mesmo que seja inferior em termos de qualidade, acaba por se transformar e ser melhor»
Rui Correia, Bola na Rede.
BnR: O Rui Correia foi orientado por alguns nomes importantes como Manuel Fernandes, Vítor Manuel, Fernando Santos… qual foi o técnico que marcou a sua carreira?
Rui Correia: Todos eles foram extremamente importantes porque aprendi um pouco com todos eles. Por isso, não vou escolher um. Não vou estar a dar mais importância ao A ou ao B. Penso que houve um treinador eu posso dar um bocadinho mais de importância, que foi o senhor António Oliveira, com quem eu tive o prazer de estar no Braga e na Seleção Nacional durante quatro ou cinco anos. Foi um treinador que acreditou em mim e que me deu muita confiança. Na área do guarda-redes a confiança é extremamente importante. Um guardião confiante, mesmo que seja inferior em termos de qualidade, acaba por se transformar e ser melhor. Guardo de todos eles boas memórias, mas o António Oliveira foi um treinador de quem eu senti muita confiança em mim.
BnR: Chegou ao FC Porto em 1997 e foi um membro importante para o pentacampeonato dos dragões. Alguns adeptos consideraram-no o sucessor de Vítor Baía. Quão difícil foi assumir essa responsabilidade?
Rui Correia: Eu nunca dei grande importância a isso, sabendo que existia essa responsabilidade. Sabia que existia essa possível comparação, que eu acho que era impossível de acontecer. O Vítor Baía é único. Foi um guarda-redes que marcou uma geração e marca várias épocas no FC Porto. Ninguém se pode comparar a ele, naquilo que é o meu entender de um guarda-redes, nenhum que passou pelo FC Porto pode comparar-se ao Vítor Baía, ou sequer pensar que esteve próximo. Todos nós tivemos as nossas qualidades, mas o Vítor Baía foi um guarda-redes diferente. Teve uma confiança ilimitada das pessoas que dirigiam o clube e depois, atendendo à sua qualidade técnica e ao valor que tinha, fez com que a sua massa associativa fizesse com que ele se tornasse ainda mais forte. Acreditavam muito nele e ele sentia isso, tanto é que no momento em que vai para o Barcelona, não se conseguiu impor, porque talvez lhe faltou esse carinho e a confiança que ele tinha onde sempre esteve. Há guarda-redes muito bons num clube, mas depois saem da zona de conforto e as coisas não são tão fáceis. Talvez aconteceu isto com o Vítor, nunca retirando o valor que ele tinha.
BnR: Sente que o FC Porto estava muitos passos à frente dos seus adversários nessa fase?
Rui Correia: Não, o FC Porto era naqueles anos uma equipa extremamente forte, tal como Benfica e Sporting, mas naqueles anos o FC Porto conseguia sempre impor-se e ser superior a essas equipas. Tinha uma equipa recheada de grandes jogadores, tinha uma mística extremamente forte, coisa que talvez hoje existe por causa do Sérgio Conceição, mas houve uma fase em que o FC Porto não tinha essa mística, porque começas a ter jogadores estrangeiros, em maior número que os portugueses. Depois começas a ter poucos jogadores que saem da formação e a mística acaba por começar a desaparecer e às vezes num clube esse ponto é extremamente importante. Ainda bem que o FC Porto está a recuperar essa mística através do seu treinador. Esperemos que tenha muito sucesso.
«Agora que acabei a carreira, às vezes começo a pensar e a fazer uma análise daquilo que foi o meu passado e chego à conclusão que nos grandes jogos nunca falhava e nos pequenos jogos eu falhava»
Rui Correia, Bola na Rede.
BnR: Foi internacional A por duas ocasiões. Sentiu o peso de vestir essa camisola?
Rui Correia: Vou ser muito sincero. Nunca liguei a responsabilidade, nem a peso da camisola. Se calhar porque sou um pouco desligado daquilo que é o futebol. Estou ligado, mas ao mesmo tempo não estou, e não dei muita importância se o jogo é ou não importante. Agora que acabei a carreira, às vezes começo a pensar e a fazer uma análise daquilo que foi o meu passado e chego à conclusão que nos grandes jogos nunca falhava e nos pequenos jogos eu falhava. Nunca liguei à pressão. Nunca liguei se estavam 100 mil pessoas ou 500. Não sei se isto é bom ou mau, mas era o meu jeito de ser, seja a jogar no no FC Porto, ou no Feirense. Era igual.
BnR: Saiu do FC Porto para o Salgueiros. Como é que foi essa passagem, com os objetivos a serem outros?
Rui Correia: Eu quando saio do FC Porto, eu regresso a Braga e assino um contrato por quatro anos. Como vinha de duas épocas quase sem competir, sendo segunda e terceira opção no FC Porto, eu não queria voltar a ser suplente. Quando volto a Braga ia com o objetivo de o Quim sair. Existia a possibilidade do Quim sair e eu voltava a Braga. Porém, o Quim acabou por ficar, não sei bem o que se passou e eu então quis sair e havia o interesse do Salgueiros. Eu optei para ir para lá, se fosse hoje nunca tinha feito essa opção. Foi uma das opções mais erradas que tomei durante a minha vida profissional. Fui para um contexto completamente diferente daquilo que estava habituado. Foi uma época de aprendizagem, ao fim ao cabo. Há sempre um erro que a gente comete e foi esse que eu fiz durante a minha vida. Estava extremamente bem em Braga e mais cedo ou mais tarde eu iria jogar, mas às vezes a ambição em demasia faz com que cometamos alguns erros.
BnR: O Salgueiros acabou por descer de divisão nessa época. É um emblema que faz falta na Primeira Liga?
Rui Correia: Não foi só a parte de descer que foi má, foi uma época terrível. Havia uma grande falta de condições de trabalho, ordenados em atraso, 11 meses ou 10 meses. Eu em 11 meses recebi um ou dois, não tenho bem a precisão já. Toda a envolvência que houve essa época não foi positiva. Troca de treinadores, as condições más que nós tínhamos para trabalhar. Balneários algo deficientes, fracos. A descida foi o pior marco, uma equipa que desce é sempre negativa e temos depois que levar com todas as críticas e foi o que veio a acontecer. Mesmo que a gente possa ter algumas atenuantes, as mesmas deixam de fazer sentido, porque os associados não pensam nisso. Foi isso que aconteceu.
BnR: Mais perto do final da sua carreira, esteve no Feirense e na Ovarense (além do Estoril). Sentiu que era importante estar perto de casa?
Rui Correia: Senti que sim, mas também foi por uma questão relacionada com o Salgueiros. O processo evoluiu. Nós acabámos por meter o Salgueiros em tribunal, eu tinha três anos de contrato e naquela altura os processos demoravam a resolverem-se. Quando eu meto o processo, quis acabar a época com dignidade, por isso meti a ação após o final da época. Depois houve um compasso de espera que fez com que eu não pudesse jogar a nível profissional. Tinha alguns convites, como o Nacional, o Marítimo, o Rio Ave e à Académica, mas eu não podia jogar a nível profissional enquanto a ação estivesse a decorrer e não houvesse sentença. Tenho a ideia que era assim. Então apareceu o Feirense com um projeto de subida à Segunda Liga e como era perto de casa, acabei por aceitar a proposta do Rodrigo Nunes, o presidente. Acabou por ser uma experiência muito positiva, vi outra realidade, conheci outro tipo de jogadores, de campeonato. Conheci outras formas de estar no futebol e isso faz com que o ser humano se torne melhor e aprenda a viver em todas as situações e não apenas nas boas. Isso fez com que eu crescesse a esse nível.
BnR: Enquanto futebolista nunca foi representar um emblema no estrangeiro. Foi por opção minha?
Rui Correia: Tive a possibilidade de ir para França e Espanha, quando estive no Desportivo de Chaves. Tinha duas propostas, do Bordéus e do Rayo Vallecano, mas não se concretizou, porque existiu o interesse do Braga e eu acabei por optar por aceitar o convite dos minhotos. Acho que foi uma das melhores opções que eu tive, porque foi um clube fantástico, mesmo com algumas dificuldades numa fase inicial, nos dois primeiros anos, até à vinda do Cajuda. Éramos extremamente instável, mas depois começámos gradualmente a ser uma equipa mais estável e foram quatro ou cinco anos extremamente positivos e que eu adorei lá estar.
BnR: Quem é que acha que foi o melhor guarda-redes da sua geração, ao nível mundial?
Rui Correia: Vítor Damas. Era da minha geração, jogou comigo (risos).
BnR: Uma boa resposta (risos). Passando para a sua carreira fora dos relvados. Dedicou parte da sua carreira à formação de guarda-redes. Sente muita diferença de treino entre juniores/formação para os seniores?
Rui Correia: Eu em Braga estava coordenar e estava na equipa principal. Em termos de formação, a minha primeira experiência como coordenador foi o Minho, algo que não gosto de fazer, não é uma zona de conforto, nem me sinto muito em nisso, porque considero ser extremamente difícil, não significa que eu não seja capaz de o fazer, mas evito. A primeira experiência foi boa, apanhei um bom trabalho feito pelo Jorge Vital e foi fácil dar andamento e depois toda a envolvência que tem o clube e a escola dos guarda-redes em Braga era muito fácil de segui-la. Depois voltei para a formação no FC Porto. No Sporting eu vou para a equipa B, numa fase inicial, quando estava na China, e depois como essa equipa acabou e começou o projeto dos Sub-23, eu fui para aí. Mas na formação do Sporting eu não tive quase tempo nenhum, mas no FC Porto sim, comecei nos Sub-17 e a partir daí comecei a ter um maior conhecimento do que era a formação. Eu nunca tive a perceção do que era trabalhar com miúdos, tanto é que a minha ideia de treino e aquilo que executo nos jovens é praticamente o mesmo que aquilo que faço no futebol profissional, mudo somente um pouco as repetições e a intensidade, mas a intensidade se calhar acaba por ser a mesma. De resto, eu não mudo grande coisa. Claro que se estivermos a falar em Sub-10, o contexto de treino tem que ser completamente distinto. Foi uma experiência boa e continua a ser. No futuro se tiver que voltar a acontecer faço-a com grande à vontade, mas sinto-me muito mais confortável na área profissional, do que na área da formação. Na área profissional eu não tenho que andar a falar com os pais e há momentos que é extremamente desagradável dizer a um pai coisas que um pai não gosta de ouvir. Eu sei aquilo que eu não gosto, no meu caso.
«há treinadores de guarda-redes que querem começar como treinadores de guarda-redes para passarem a adjuntos e a principais. Não concordo, mas respeito essas pessoas. Porém, não me parece que venham a ter muito sucesso com esse tipo de comportamentos»
Rui Correia, Bola na Rede.
BnR: Nunca planeou uma carreira como treinador principal?
Rui Correia: Descartei logo, completamente. Eu costumo dizer, cada macaco no seu galho. Eu gosto muito da área que é o guarda-redes e reconheço que há treinadores de guarda-redes que se calhar têm uma ambição um pouco desmedida, querem começar como treinadores de guarda-redes para passarem a adjuntos e a principais. Não concordo, mas respeito essas pessoas, mas não me parece que venham a ter muito sucesso com esse tipo de comportamentos.
BnR: Em 2019 um jornal ao nível nacional referiu que foi demitido do Sporting por telefone por Nélson Pereira. Isto é verdade?
Rui Correia: O Nélson era vice ou presidente?
BnR: Não, era treinador de guarda-redes…
Rui Correia: Eu nunca disse que fui despedido por ele.
BnR: Eu também não disse que foi o Rui, mas sim um jornal nacional…
Rui Correia: Ah, desconheço por completo que tenha sido demitido quando eu acabo o contrato… Agora a única coisa que o Nélson me transmitiu, que eu não sei com que autonomia ou poder para dizer isso, fui dizer que eu ganhava demasiado para estar nos Sub-23. Aquilo que eu entendo é que se calhar o Nélson era diretor financeiro, não faço ideia. Se calhar era isso. Quando aconteceu tudo isto eu terminava o contrato no Sporting. Havia a possibilidade de eu poder continuar ou não, mas antes disso acontecer o Nélson ligou-me a dizer “tens um contrato extremamente elevado para estar nos Sub-23”. Foi isso.
BnR: Gostaria de ter continuado?
Rui Correia: Claro que sim, sentia-me bem no Sporting, é um grande clube, é um clube que eu conheço bem, foi lá que eu cresci, a seguir à Sanjoanense foi lá que eu me fiz homem e atleta e logicamente que tenho um carinho especial pelo Sporting.
BnR: Recentemente fez parte da equipa técnica da Guiné-Bissau na CAN 2023. Como foi participar?
Rui Correia: Foi uma experiência fantástica. Foi uma realidade que eu nem sequer esperava que fosse assim. Grandes equipas, grandes jogadores, uma competição de um nível que eu nunca imaginei e foi uma experiência eu gostaria de voltar a repetir em 2025, em Marrocos.
«Só quem a vive é que consegue perceber a dimensão do que é uma CAN. É extremamente fantástico».
Rui Correia, Bola na Rede.
BnR: O que achou da prestação da Guiné-Bissau?
Rui Correia: Achei normal, atendendo ao grupo que nós calhámos, com os dois finalistas, Nigéria e Costa do Marfim, além da Guiné Equatorial. Tivemos resultados realmente negativos, 1-0, 2-0 e 4-2, se não me engano, mas que não correspondem à realidade, mas que se calhar não corresponde ao que se passou no jogo. Se calhar não fomos piores que as outras equipas. Cometemos erros. No meu entender, tendo em conta a realidade do que é a Guiné Bissau, o ponto mais importante é estar presente numa prova daquela dimensão. Depois é tentar passar a fase de grupos, chegar aos oitavos. Mas isso é uma questão muito complexa. Houve seleções mais fortes que não o conseguiram. Casos da Argélia, Tunísia…
BnR: E em relação aos países lusófonos?
Rui Correia: Penso que fizeram uma competição aquém daquilo que estavam à espera. Angola se calhar nunca esperava chegar onde chegou. Mesmo Cabo Verde. Eram seleções com muita qualidade, mas se calhar tiveram sorte de calhar num grupo mais acessível. Isso é extremamente importante. Nós ficámos com duas potências máximas de África.
BnR: O Rui está na Sanjoanense. Trabalhar ao serviço de uma seleção é muito diferente de star num clube?
Rui Correia: Claro que sim. Num clube trabalhas diariamente e tens de te preocupar diariamente e desenvolver um trabalho que é feito semanalmente. Há que ter esse cuidado. Numa seleção é um período curto. Tens que analisar o trabalho que vem sido desenvolvido, o que os jogadores fazem nos seus clubes e nós fazemos o transfer para aquilo que vamos fazer nos treinos da seleção. O mais importante é manter a forma da qual eles vêm dos clubes e manter o trabalho que se tem vindo a fazer. Não andar a fazer grandes alterações na metodologia do treino.
BnR: Quem foi o melhor guarda-redes que treinou?
Rui Correia: Isso é difícil de responder (risos). Ia ser injusto para todos os outros. Todos os guarda-redes que tive o prazer de trabalhar, todos já eram guardiões de grande qualidade e eu tive o prazer de trabalhar e aprender com eles. Para mim foram todos importantes. Ajudaram-me todos a ser o treinador que eu ainda sou.
«Diogo Costa é, sem dúvida nenhuma, o melhor guarda-redes da atualidade»
Rui Correia, Bola na Rede.
BnR: Quem acha que é o melhor guarda-redes da atualidade?
Rui Correia: Diogo Costa, sem dúvida nenhuma. Há uma coisa que eu sou fiel: ao meu país e aos nossos. Os portugueses são os melhores em quase tudo.
BnR: Já teve em várias equipas no futebol de formação. Quem são os grandes guarda-redes do futuro do futebol em Portugal?
Rui Correia: Tenho algumas dúvidas. Há dois guarda-redes que os clubes depositam grande confiança e eu deposito grandes dúvidas (risos). É verdade! Eu não vou dizer o nome deles, porque acho que não é correto, mas há um guarda-redes que se deposita muita confiança, num grande clube do norte e eu acredito que ele não vai ser assim tão bom como aquilo que as pessoas o estão a querer dizer. Como também há outro guarda-redes numa equipa do sul, que está emprestado e que depositam grande confiança nele e parece-me que não será um guarda-redes de top. Vai ser muito bom, claro que sim, mas para o respetivo clube acho que não vai conseguir chegar lá.
BnR: Muito obrigado pelo seu tempo!
Rui Correia: Obrigado eu pelo convite!