«Acho uma injustiça que o Paulinho e o Horta não sejam sequer convocados» – Entrevista BnR com Barroso

    – Ganhar para crescer –

    BnR: O que o Braga está a preparar para a próxima temporada entusiasma-o?

    JB: Claro, o Sporting de Braga tem uma excelente equipa. Não sabemos como vai começar a época, fala-se de jogadores que podem ser vendidos e outros vieram. Vai ser uma época diferente, mas os nomes e as camisolas não jogam, senão eu ainda jogava. Podes ter um plantel muito bom, mas se não deres corda aos sapatos… Hoje em dia, toda a gente quer ganhar ao Sporting de Braga. Se toda a equipa estiver imbuída num espírito forte, dificilmente as equipas ganham ao Sporting de Braga. Se tiver esse espírito, pode ser campeão. Já o ano passado tinham um excelente plantel. Não tenho dúvidas que o Sporting de Braga pode conseguir o título de campeão nacional. Agora, não é falar, é demonstrar. Eu estou a torcer por eles.

    BnR: Surpreende-o que o Braga consiga atrair jogadores como Gaitán?

    JB: É sinal do crescimento do Sporting de Braga. O presidente está a investir. É preciso também que os jogadores demonstrem no campo essa qualidade.

    BnR: Acha que António Salvador teve um papel importante na evolução do clube?

    JB: Eu estou à vontade, porque fui o primeiro capitão da era António Salvador. Os orçamentos têm sido bons. Bom orçamento, boa equipa. O clube tem vindo a crescer, porque, de facto, tem outras condições que não tinha há uns anos. Basta ver a 1ª fase da academia… Para o clube crescer mais ainda tem que ganhar títulos.

    BnR: Revê-se naquilo que o clube é hoje?

    JB: Sem dúvida. Gostaria que tivessem estas condições no meu tempo. Ainda bem para o Sporting de Braga e os seus atletas. Espero que não percam essa oportunidade. “O comboio só passa uma vez”. Muitas vezes, os jovens distraem-se com outras coisas, esquecem-se que são futebolistas e perdem uma grande oportunidade.

    BnR: Tem expectativas para ver o trabalho de Carlos Carvalhal?

    JB: Sim. As expectativas são muitas. Não sei é se vou ver jogos. Não sei se vai dar para entrar público. Se calhar vou ter que meter uma cunha para ir ver os jogos [risos]. Eu gostava de estar no estádio. Principalmente para quem é treinador, vês coisas que não vês na televisão.

    BnR: A que é que se dedica neste momento?

    JB: Neste momento, estou no desemprego. Tenho quarto nível UEFA Pro, o que, hoje em dia, pelos vistos, nem é preciso [risos]. Sou um treinador no mercado. Sem influências não consegues chegar a lado nenhum. Se calhar vou para marceneiro outra vez.

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    Francisco Grácio Martins
    Francisco Grácio Martinshttp://www.bolanarede.pt
    Em criança, recreava-se com a bola nos pés. Hoje, escreve sobre quem realmente faz magia com ela. Detém um incessante gosto por ouvir os protagonistas e uma grande curiosidade pelas histórias que contam. É licenciado em Jornalismo e Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e frequenta o Mestrado em Jornalismo da Escola Superior de Comunicação Social.