“Se faria as coisas diferentes, acho que todos faríamos se tivéssemos mais informação”
Bola na Rede: Regressar a Portugal, está nos teus planos?
Filipe Oliveira: Claro, a minha carreira foi feita de idas e vindas. O futebol português é nitidamente um dos melhores exemplos a nível europeu. Acho que para a dimensão do nosso país temos muita qualidade interna, nos mais variadíssimos cargos, não estou a dizer nenhuma novidade, pela quantidade de treinadores lá fora, preparadores, fisioterapeutas, scouting, em todos os pontos dentro de um clube tu consegues ter pessoas portuguesas além-fronteiras. Contudo, Portugal é sempre a base, é sempre o porto de abrigo, a partir do momento que eu me identifique, e que tenha oportunidade, porque antes de mais é preciso ter a oportunidade, e me identifique com o projeto apresentado, lógico que sim. Contudo, neste momento estou aqui, tenho contrato até final de junho, tenho uma missão e um trabalho para desenvolver, dentro de todos os condicionalismos que este projeto tem, que todos têm, mas só posso falar deste porque é o que conheço melhor. Tentar deixar o melhor projeto possível para deixar ou continuar com uma base sólida, com uma base que possa ser a rampa de lançamento mais até no departamento scouting que no departamento de observação.
Bola na Rede: Umas perguntas rápidas agora, melhor jogador com quem jogaste?
Filipe Oliveira: Não direi que é o melhor, mas quem admirei mais e tornou-se um ídolo, Zola. Para mim tornou-se um exemplo, já tive a oportunidade de dizer isso e agradecer por tudo aquilo que fez por mim em Inglaterra. Foi o que mais me marcou.
Filipe Oliveira.
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— Forgotten Premier League Footballers (@ForgottenPL) January 9, 2021
Bola na Rede: Jogo com melhores memórias?
Filipe Oliveira: Nunca pensei nisso, é curioso, nem sei se alguma vez me fizeram essa pergunta. Não tenho nenhum em particular, tenho vários. Ao longo da minha carreira, felizmente, houve vários jogos que me marcaram, primeira vez que joguei como profissional, a primeira vez que joguei na Liga Europa, na Champions, a primeira oportunidade de poder nem que fosse um só jogo ser campeão inglês, todo o percurso com o Braga, ganhar a Intertoto, e depois ser vice-campeões nacionais, poder ser campeão na Hungria. Dentro de todo este historial, são vários, assim um específico, acho que para mim é me difícil dizer.
Bola na Rede: Jogo ou momento que mais te marcou pela negativa na carreira?
Filipe Oliveira: Os seis meses que tive parado porque foi um erro de gestão de carreira. Tenho mais que um, eu acho que a minha carreira, e agora volto a dizer, vivo bem com isso porque todas as decisões que tomei no momento, considerei-as as melhores decisões, com os recursos e informação que tinha, mas fazendo uma análise de tudo, não cometi só um erro. Se faria as coisas diferentes, acho que todos faríamos se tivéssemos mais informação. Mas por exemplo, o facto de ter ido para Itália, tenho a plena consciência que alterou completamente a minha carreira, o facto de ter regressado a Portugal no período que saí de Inglaterra afetou imenso a minha carreira, o facto de ter entrado com todo o respeito num mercado como o futebol húngaro afetou a minha carreira no sentido de valor de mercado, uma coisa é estares em Itália, Portugal e depois na Hungria.