«Nunca imaginei estar sem clube nesta altura da minha carreira» – Entrevista BnR a Pedro Machado

    Pedro Machado é um defesa-central português, com passagens de sucesso pelo Casa Pia AC e SCU Torreense, sendo uma peça fundamental para as promoções de respetivos clubes. Apesar de não ter conseguido “salvar” o Vitória FC, em 2022/23, marcou presença entre os melhores da Liga 3. Atualmente encontra-se sem clube e aceitou falar com o Bola na Rede sobre a situação, em exclusivo.

    «Existem muitos jogadores a passar por esta situação. Senti que houve muitos jogadores de qualidade que ficaram desempregados, por este ou por aquele motivo».

    BnR: És natural da Amadora, mas arrancaste a tua carreira no Algarve nas camadas jovens do Quarteirense. Qual é que foi o motivo para não teres começado na Zona Metropolitana de Lisboa?

    Pedro Machado: O motivo está relacionado com a família e aquilo que era o trabalho dos meus pais. Eu nasci na Amadora, mas fui muito cedo para o Algarve. Não se proporcionou aqui na Amadora poder ter começado a minha carreira, até no Estrela, que morava mesmo em frente ao campo do Estrela. Na altura mudámo-nos para o Algarve, já que mudou o trabalho da minha mãe, teve lá uma oportunidade de trabalho e nós mudámo-nos os quatro para o Algarve. Aí, depois a forma até como tudo começou é engraçada. Foi no Quarteirense, mas teve que ser ali um bocado às escondidas…

    BnR: Gostava de saber mais sobre isso…

    Pedro Machado: Então é assim, a minha mãe e o meu pai sempre nos apoiaram muito e sempre nos incutiram o desporto em nós, mas como no passado, da zona onde a gente morava ali na Reboleira, os miúdos não podiam andar a brincar na rua sozinhos, havia sempre aquela coisa… Os meus pais sempre foram pessoas que trabalharam naquele horário dito normal, das nove às dezoito horas e nós estávamos muito com a minha avó e aí já podíamos estar a jogar à bola na rua e tudo isso, mas ali na Reboleira não havia isso. Então, quando nos morávamos no Algarve, havia sempre aquela coisa que tínhamos que estar em casa, eu como o irmão mais velho, a tomar conta do meu irmão mais novo, mas não podíamos ir muito para longe ali de casa porque tinha sempre medo que houvesse aquele perigo como havia aqui em Lisboa, ou que nos acontecesse alguma coisa. Só que eu sempre tive o futebol dentro de mim. Sempre que estava na casa da minha avó, jogava muito à bola, mesmo em casa, sempre a jogar à bola e quando entrei lá na escola comecei a jogar com os colegas lá na escola eles acharam que eu tinha jeito. Começaram-me a perguntar, “então, porquê é que não vais ao Quarteirense?” A maior parte deles jogavam no Quarteirense. Questionei a minha mãe sobre se podia começar a ir aos treinos, mas eram às três da tarde e ela estava a trabalhar, eu não tinha como ir, mas eu disse, “não, eu tenho aqui uma oportunidade e tenho que começar a ir”. Então, peguei no meu irmão, o campo era perto, aquilo era cinco minutos bicicleta, a gente tínhamos duas bicicletas e lá íamos os dois de bicicleta até ao campo. O treino começava às três e a gente já estava lá logo às duas e meia. Com aquela ansiedade, fomos às captações, captações, salvo seja, tinha lá um senhor que era o Senhor Amílcar, que agora tem certa idade, mas é uma pessoa muito querida à minha família, que me  deu uma oportunidade de fazer uns treinos e gostou. Comecei a integrar os treinos, só que depois tinha o problema que eram os meus pais. Eu precisava da assinatura para poder ser federado. Nessa altura treinávamos em pelado e eu ficava sempre todo sujo, tinha que chegar a casa e meter a roupa lá no fundo do cesto, para a minha mãe não desconfiar quando metesse a roupa toda a lavar. Mas quando veio aquela questão do papel que seria para a federação, para eu poder ser federado, aí tive que dizer a verdade, mas tive a ajuda também de alguns professores, porque houve um treino na escola, mais ou menos nessa altura e que também me correu bem. Os professores viram que também tinha algum jeito e então fizeram um bocadinho de pressão na minha mãe para me deixar ir e começar a jogar futebol e pronto, foi aí que tudo começou.

    Pedro Machado a jogar pela Oliveirense
    Fonte: UD Oliveirense

    BnR: Durante os teus primeiros anos de sénior percorreste várias aventuras ao longo do país neste caso no Louletano, no Sertanense e no Mirandela. Quais foram as principais diferenças que verificaste ao longo desse percurso?

    Pedro Machado: Acho que existiram algumas diferenças em termos de campeonato e da competitividade do mesmo. Eu senti que, por exemplo, quando estive mais no Norte, neste caso no Mirandela, é um jogo mais agressivo. Eu sentia que, também não sei se é derivado naquela altura, havia muitas equipas ali de Segunda Liga, era um jogo mais parecido até com o da Segunda Liga na altura. As equipas muito bem organizadas. Existia qualidade, os jogadores eram intensos. Na Zona Sul sentia que era um bocado mais aquela qualidade pura. O jogo não era, se calhar, com tanta agressividade, mas os jogadores tinham muito mais qualidade individual para decidir então foi aí que senti, se calhar, as grandes diferenças.

    BnR: Em seguida, foste um elemento que participou na Liga Revelação, ao serviço da B SAD. Consideras que foi uma boa experiência? Achas que é um passo fundamental para um jogador jovem?

    Pedro Machado: Sim, para mim foi uma experiência incrível. Foi a primeira oportunidade que eu tive para jogar com os clubes que estavam na Primeira Liga na altura. Foi uma oportunidade que me foi dada pelo mister Silas e eu sinto que é um campeonato que. para os miúdos, é um bom passo antes de entrar naquilo que é o futebol sénior e é uma boa preparação, porque ali não existe pressão. Os clubes têm todos a mentalidade de uma Primeira Liga, mas ainda é um passo intermédio entre a formação e aquilo que é o futebol sénior. Permite aos jovens crescer mais aquele bocadinho que se calhar que pode fazer a diferença.

    BnR: Entre 2018-2019 e 2021-2022 alcançaste uma subida à Segunda Liga, com o Casa Pia, onde até acabaste por fazer vários jogos e depois estabeleceste-te com um jogador muito importante na Oliveirense. Consideras que este foi o teu ponto mais alto na carreira até agora?

    Pedro Machado: Foi uma fase boa da minha carreira. Um dos pontos mais altos foi a subida com o Casa Pia, por ter sido a primeira. Foi um dos pontos mais altos, mas tive mais pontos altos ao longo da minha carreira, mas foi a primeira vez campeão. Foi onde consegui também a minha estreia na Segunda Liga através do Casa Pia e depois na sequência, na Oliveirense onde atuei em bastantes jogos, diria que foi um dos pontos altos.

    BnR: Em seguida rumaste a Roménia, para a Universidade de Craiova num projeto onde não realizaste assim tantos jogos. Consideras que foi um passo em falso? O que é que correu mal?

    Pedro Machado: Não, eu não considero que foi um passo em falso. Foi algo positivo na minha carreira. Eu tento levar sempre as coisas para o lado positivo e retirar aquilo que foi de positivo das coisas, porque tive a oportunidade de me estrear numa Primeira Liga. Foram apenas dois jogos que consegui fazer, mas também saí de consciência tranquila que não foi por mim que não fiz mais jogos. O feedback que tive por parte da equipa técnica e das pessoas que me rodeavam foi sempre positivo, mas pronto, foi sempre alheio àquilo que possa ser feito, à minha qualidade ou à minha performance dentro do campo.  Há coisas que a gente não controla e infelizmente foi o que deu e pronto, tive que seguir o meu caminho.

    Pedro Machado no Torreense
    Fonte: Instagram Pedro Machado

     BnR: Voltando ao teu caminho. Voltaste a ter sucesso no Torreense, onde tornaste a ganhar o terceiro escalão do futebol português, que nesta altura já se chamava de Liga 3 e depois acompanhaste a subida de divisão. Dado o teu sucesso na parte da Liga 3, por que é que não ficaste mais tempo?

    Pedro Machado: Isso é algo que eu também não consigo responder. São opções. O que me foi transmitido, não posso falar muito sobre isso, porque também não tenho uma resposta concreta para te dar. Faz parte do futebol. É verdade que quando cheguei ao Torreense na Liga 3, o meu impacto foi imediato, comecei logo a jogar, a equipa também entrou ali numa série de vitórias muito boa. Tínhamos um grupo muito forte com muita qualidade. As coisas acabaram por correr bem eu sempre senti aquele feeling. O Torreense é um clube especial para mim porque sempre senti aquele feeling, que ali as coisas iam correr bem e íamos conseguir o objetivo e o objetivo era subir de divisão. Tenho uma história também engraçada…

    BnR: Podes contar à vontade…

    Pedro Machado: Quando foi para assinar o meu contrato eu fui com a minha mulher. Ela até ficou no carro, eu fui falar com as pessoas e foi o que eu disse logo às pessoas: “para vir para aqui não me chega só subir divisão nós vamos ser campeões”. E pronto. O Torreense ainda estava ali numa fase que é normal nesta Liga 3, estava nos 4 primeiros, mas as equipas muito próximas, mas eu sentia uma energia, que algo de bom estava ali e partilhei isso com as pessoas e disse que iríamos ser campeões. Assinei o meu contrato, cheguei ao carro e falo com a minha mulher. Digo-lhe que partilhei isso na reunião e ela disse que também estava com um sentimento espetacular. Enquanto estava lá em cima começou a tocar aqui no estádio a música We are the Champions, dos Queen. “Isto pode ser coincidência ou não, mas estou aqui toda arrepiada”, partilhou comigo. O que é certo é que depois no final conseguimos não só subir divisão, mas também sermos campeões meter a cereja no topo do bolo. Depois, não puderam simplesmente dar-me nenhuma justificação sobre o que aconteceu…

    BnR: Começaste 2022/23 a titular, mas depois deixaste de figurar na ficha de jogo…

    Pedro Machado: Acredito que o clube no início tenha idealizado de uma certa forma o arranque na Segunda Liga. As coisas também não começaram bem em termos coletivos e acredito que a própria estrutura, pela ambição que tinha, quis mudar algumas coisas. Mais em concreto aquilo que possa ter sido não sei. São opções. Aquilo que eu levo do Torreense, aquilo que eu vejo do Torreense foram realmente as coisas boas e que me marcaram, porque é um clube que vai ser especial para mim tal como foi o Casa Pia. Neste caso, em termos concretos, são opções que no futebol, nós somos profissionais e temos que as respeitar.

    «Foi muito duro, ainda para mais num clube tão especial como é o Vitória. É um clube enorme, com uma massa associativa gigante».

    BnR: O último projeto que tiveste foi no Vitória FC, que neste momento viu uma fase menos positiva na sua história, mas que para ti a nível individual foi um sucesso, já foste eleito várias vezes para as equipas da semana. Como é que foi viver pela primeira vez uma despromoção na tua carreira?

    Pedro Machado: Foi muito duro, ainda para mais num clube tão especial como é o Vitória. É um clube enorme, com uma massa associativa gigante. Em público, no último jogo de manutenção, nós tínhamos 13 ou 14 mil pessoas no estádio. Não é uma coisa normal até nas competições profissionais, mas espalha bem aquilo que é a grandeza do Vitória a massa associativa. É um clube mesmo muito grande e é uma instituição que só quem passa por aquele clube é que consegue sentir aquilo que é o Vitória. Quem joga também contra o Vitória consegue sentir tudo isso, mas foi um momento duro uma espinha que ficou aqui encravada até pela forma como foi, já mesmo no final do jogo. Foi por um golo. Nós estávamos a conseguir o nosso objetivo e no fim não conseguimos.

    Pedro Machado com colegas do Vitória FC
    Fonte: Instagram Pedro Machado

     BnR: Foste convidado para continuar no clube ou foi uma opção tua não seguir por lá?

    Pedro Machado: Eu durante o mercado de verão recebi várias abordagens. O Vitória informalmente gostaria que eu continuasse, porque toda a gente reconheceu a qualidade que tinha e que tive uma boa performance no Vitória, apesar do desfecho do desfecho final, mas lá está. O clube depois também teve que se reformular bastante. Ninguém estava à espera deste desfecho, não passava pela cabeça de ninguém a despromoção do Vitória. Estavam a acontecer outras coisas e eu resolvi juntar o útil ao agradável.

     BnR: Recebeste nos últimos meses algumas abordagens?

    Pedro Machado: Sim, recebi algumas. Graças a Deus recebi. Desde muito cedo do mercado de verão estive muito encaminhado para um clube da Segunda Liga que iria receber um investimento e as coisas estavam praticamente alinhavadas e era por ali que eu acreditava que iria seguir a minha carreira. Infelizmente o tempo foi passando e as coisas não acabaram por se concretizar como eu queria e também como como eu desejava e de certeza como o clube também desejava, esse investimento não avançou e acabou o negócio por cair. Isto foi já numa parte muito tardia do mercado de verão o que já tornou tudo muito mais complicado e ao longo deste percurso, levou-me também a recusar muitas outras propostas que foram surgindo por acreditar naquele projeto, pela forma como estava a ser a ser construindo, mas infelizmente não avançou e também é um pouco por causa disso que estou na situação que estou.

    BnR: É normal os jogadores receberem essas abordagens, mas à última hora o processo cair?

    Pedro Machado: A mim, é a primeira vez que me está a acontecer, nunca me tinha acontecido e é a primeira vez que me está a acontecer, daí eu ter depositado tanta confiança ali e acreditar que seria seria ali que ia jogar, nem quis ouvir tudo o resto. Não posso dizer que seja uma coisa normal de acontecer no futebol porque aquilo que eu acredito, é quando um clube demonstra interesse, é uma questão de chegar a acordo e avançar.

    BnR: Então sentes que alguém falhou contigo neste caso específico?

    Pedro Machado: Não sinto que alguém falhou comigo. acho que simplesmente as coisas não se proporcionaram. Acho que não tem a ver com uma pessoa direta. Acho que simplesmente as coisas também não se proporcionaram da forma como as pessoas também idealizaram e também por isso as coisas acabaram por por não ter um final feliz.

    BnR: Como é que explicaste toda essa situação à tua família? Suponho que não deve ter sido fácil de aceitar….

    Pedro Machado: Nesta vida do futebol é difícil também ter aquela estabilidade. A minha esposa também deixou de trabalhar um bocado por causa disso, desde que eu fui para a Roménia ela teve que dedicar um bocado da vida dela para viver a minha e então não foi fácil mas pronto. Cá nos vamos endireitando. Sempre tivemos o apoio tanto da minha família como por parte da família dela, vivemos um dia de cada vez e sabemos que e acreditamos que agora em janeiro tudo irá voltar ao normal e as coisas voltam a normalidade.

    BnR: Tens alguma ocupação, além do futebol?

    Pedro Machado: Sim, eu tenho alguns negócios meus, tenho um ginásio de performance atletas, que é também onde eu tenho mantido a minha forma e potencializado a minha forma. Tenho aproveitado muito para treinar, porque também tenho consciência que quando voltar tenho que estar ao mesmo nível ou melhor do que os outros e aproveito também para ali fazer duas sessões de treino por dia. Foi algo que me levou a investir neste projeto, muito por causa disso. Para mim não chega só aquele trabalho que a gente faz dentro do campo, dentro do treino. Existe muito trabalho de bastidores que a gente tem que fazer. Mesmo em casa, a nível de treino físico, treino mental, alimentação tudo isso. Eu tenho tentado manter sempre a minha rotina, sempre a treinar e as coisas vão acabar por se concretizar.

    BnR: Neste momento és um jogador livre. Para as pessoas que não acompanham tanto o futebol, ficar sem contrato é uma situação muito recorrente em Portugal?

    Pedro Machado: Existem muitos jogadores a passar por esta situação. Eu comecei a ver mais à minha volta se realmente existia assim tanta gente também na minha situação e o que é certo é que neste mercado, principalmente o mercado de verão, senti que houve muitos jogadores de qualidade que ficaram desempregados, por este ou por aquele motivo. Cada um há de ter o seu, mas sinto que neste mercado houve muitos jogadores que ficaram na mesma situação que eu e que se calhar agora em janeiro voltam e que de certeza querem todos voltar rapidamente ao ativo. Provavelmente muitos deles vão voltar, mas não acredito que seja uma situação normal. Até porque é reconhecida internacionalmente a qualidade do jogador português e muitos de nós tanto aqui em Portugal, mesmo até uma Primeira, uma Segunda, uma Liga 3, um Campeonato de Portugal… Qualquer pessoa que acompanhe em particular estes campeonatos, fora as distritais, reconhece que há jogadores de qualidade e muitos deles quando dão o salto para o escalão acima ou mesmo para fora do país, deixam sempre a sua marca. Portanto acho que é inegável para qualquer pessoa que o jogador português tem qualidade.

    BnR: No teu caso específico, estás aberto a ouvir propostas no estrangeiro? Ou preferes ficar por Portugal? Estás disposto a rumar a qualquer divisão?

    Pedro Machado: Eu estou aberto tanto a ir para fora como a ficar em Portugal. Não tenho qualquer limitação nesse sentido. Para mim, o mais importante e aquilo que sempre me cativou é o projeto desportivo. Depois, pensar no lado pessoal, de forma a que a minha carreira possa continuar sempre crescendo, tentar aliar isso tudo. Tenho ali os ingredientes todos para começar a jogar novamente.

    BnR: Estás com 27 anos, ou seja, no plano futebolístico estás a chegar ao auge da carreira fisicamente. Imaginavas-te estar nesta situação a esta altura da carreira?

    Pedro Machado: Não, nunca imaginei. Até pelos meus últimos anos, não me via nesta situação, até porque sinto que os meus últimos anos e ao longo da minha carreira tem vindo sempre a crescer. Nos últimos anos tenho conquistado algumas coisas importantes, portanto nunca me passaria pela cabeça estar nesta situação que estou a viver hoje em dia. Acredito que seja algo passageiro e que rapidamente também irei voltar novamente.

    Pedro Machado a jogar pelo Torreense
    Fonte: Instagram Pedro Machado

    BnR: No mundo do futebol, imaginas-te somente como jogador, ou estás aberto a outras aventuras, no futuro?

    Pedro Machado: Honestamente não penso muito nisso e naquilo que é o pós carreira. Como partilhei contigo, tenho aquele meu investimento naquele projeto. Tenho mais um ou outro, mas não penso muito naquilo que possa ser o pós-carreira e o que é que eu poderei fazer no futebol quando decidir terminar a carreira. Gostava de ficar ligado ao futebol, porque o futebol desde pequenino faz parte de mim, acho que nunca sairá de mim, mas ainda não sei ao certo o que será porque eu ainda sinto que tenho muitos anos pela frente e cada vez mais vemos os jogadores de elite terem carreiras cada vez mais longas. Era como estavas a dizer, eu ainda só tenho 27 anos. Na posição que eu jogo, acredito, e da forma também como me preparo, que tenho muitos anos pela frente ainda para jogar e contribuir dentro do campo. Depois logo se vê.

    BnR: Atuas como defesa-central dentro de campo. Gostaria de saber com que colega te identificas e o que mais gostas.

    Pedro Machado: Aquele que gostava era sem dúvida o Sérgio Ramos, apesar de eu achar que o meu estilo de jogo não é tanto como o dele, mas gostava de o ver jogar e foi uma carreira que eu fui sempre acompanhando ao longo do tempo. Se calhar, aqueles que eu diria que são mais parecidos comigo, claro que neste momento temos que meter aqui uma escala, mas diria se calhar o Ruben Dias, já várias pessoas falaram de semelhanças temos no nosso estilo de jogo e e mesmo até o próprio Van Dijk. Acredito que são jogadores que têm mais parecenças com o meu estilo de jogo.

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