Diogo Valério é um jovem guarda-redes português formado no Vitória FC e no SL Benfica. Já jogou também pelo Boa-Hora FC e agora representa Os Belenenses. Ao nível da Seleção, já participou desde o Europeu Sub-19 até ao Mundial Sub-21.
Bola na Rede (BnR): Comecemos então pelo início da tua carreira no Andebol. Começaste a jogar no Vitória de Setúbal, certo?
Diogo Valério (DV): Sim, comecei no Vitória na época 2008/2009. O meu padrasto na altura era treinador da equipa Sénior e ele levou o meu irmão. O meu irmão esteve lá uma época e eu tinha o Andebol ou o Futebol e experimentei o Andebol, no qual fiquei.
BnR: Quando surgiu a mudança para o Benfica?
DV: Mudei para o Benfica em Iniciados de segundo ano, numa altura em que o escalão passou a ter três anos.
BnR: Quais foram as principais diferenças na mudança?
DV: Não senti grandes diferenças. Claro que é diferente, na altura o Benfica tinha os melhores jogadores, até fomos à final do Campeonato de Iniciados. Os treinos eram mais competitivos, as condições também eram um pouco melhores, mas no geral não houve uma grande diferença.
BnR: Como surgiu esta oportunidade de te mudares para o Benfica?
DV: Eles falaram comigo em Iniciados, só que eu na altura fiz um acordo com a minha mãe que só ia para o Benfica quando terminasse o 9º ano. E quando terminei fui para o Benfica.
BnR: Enquanto estiveste no Benfica ainda fizeste alguns treinos com a equipa Sénior, ou seja, com o Hugo Figueira, uma das grandes figuras das balizas nacionais. Como foi partilhares a baliza com uma referência como o Hugo?
DV: É fantástico. O Hugo é uma pessoa cinco estrelas, um brincalhão, deixa-nos muito à vontade. Dentro de campo mostra a pessoa e o jogador que é. Ajudou-me sempre que precisei, deu-me na cabeça quando precisei. Claro que vê-lo na televisão e depois estar a treinar com ele foi um sonho realizado.
BnR: O ano passado foste emprestado ao Boa-Hora. Foi lá que te estreaste no Andebol 1?
DV: Eu estreei-me no Benfica no Andebol 1 num jogo com o Avanca, joguei três minutos.
BnR: Qual foi a sensação?
DV: Foi um objetivo pessoal que tinha. Sabia que no Boa-Hora ia poder jogar e ia ter competitividade à mesma e podia jogar mais. Foi um objetivo que consegui cumprir.
BnR: Sempre foi um objetivo ou só começaste a pensar nisso quando as coisas se tornaram mais sérias?
DV: Quando comecei a jogar não era um objetivo, mas talvez tenha começado a pensar nisso nos Juvenis. No meu último ano de Juniores comecei a ver que o Campeonato estava um pouco menos competitivo e decidi que precisava do oposto, de jogar, de sentir que as coisas eram mais difíceis e pedi ao Benfica para ser emprestado. O Benfica aceitou e fui emprestado ao Boa-Hora e acho que foi uma boa opção.
BnR: Como foi a experiência no Boa-Hora?
DV: Foi boa, foi uma boa experiência, éramos um bom grupo, um grupo jovem, mas tínhamos alguns jogadores mais experientes e acho que é importante ter esses jogadores numa equipa que eles dão-nos sempre uma ajuda. Fizemos uma boa época, podíamos ter apurado para o Grupo A, mas era complicado com as nossas circunstâncias. Senti que evoluí, da Segunda para a Primeira Divisão, embora seja uma grande diferença, habituamo-nos.