«Os poucos restinhos de Joana Soeiro, jogadora e pessoa, quero que sejam dados ao Benfica e aos adeptos» – Entrevista BnR com Joana Soeiro

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    Joana Soeiro é uma das referências do Basquetebol Feminino português. Depois de quatro épocas a conquistar vários títulos pelo Benfica, trocou a Liga Portuguesa pela Liga Endesa e o contexto é muito diferente. Da frustração dos resultados aos objetivos de sonho com a Seleção Nacional, não esquecendo o passado, e talvez futuro, no Benfica. Eis a entrevista exclusiva de Joana Soeiro ao Bola na Rede.

    «Só fico um pouco desiludida – não sei se é a melhor palavra – mas poderei usá-la para o que estou a sentir a nível interno no clube».

    Joana Soeiro, Bola na Rede

    Bola na Rede: Joana Soeiro, bem-vinda! Vamos começar pelo teu novo passo e esta nova vida no CB Bembibre. Como é que está a ser a adaptação a esta nova realidade?

    Joana Soeiro: Bom, não é a primeira vez que estou a jogar “longe” de casa. Podes colocar o longe entre aspas porque uma pessoa não fica assim tão longe. Pego no carro e em três horas e meia estou em casa. Mas a adaptação foi muito aquilo que esperava. O que foi mais difícil para mim, na realidade, foi o registo e o estilo de vida que tenho aqui, comparando com os quatro anos de Lisboa. Bembibre é um “pueblo” muito pequenino, não se passa nada aqui, mesmo. O que se passa aqui apenas é a equipa profissional de Basquetebol, que somos nós. Andava na rua, ia ao supermercado e as pessoas já sabiam quem eu era. Já me falavam na rua. Eu falo português e espanhol e sempre me abordaram um pouco mais do que as minhas colegas americanas. Mas foi uma adaptação bastante fácil por ser um sítio pequeno. Estou a pé, nem a dez minutos do pavilhão e há que guardar as perninhas para o treino (risos). Em termos de logística, é tudo tranquilo. Há menos gente, há menos pessoas… Comparando a direção do clube com o Benfica, por exemplo, é muito diferente. O Benfica é um clube grande de futebol, tem empresa e milhares de pessoas a trabalhar lá todos os dias. Já aqui é mais um clube…

    Bola na Rede: Mais pacato…

    Joana Soeiro: Sim, só tem Basquetebol Feminino e agora tem uma equipa de Hóquei Feminino na primeira divisão também. Mas é só isso, não havia muita gente para conhecer, nem muita coisa para conhecer. Isso facilitou a minha adaptação. É basket, basket, basket… Não há nada para conhecer mais. Em comparação com Lisboa, por exemplo num fim de semana, há muita coisa para fazer e ver. Nesse aspeto a adaptação foi mais… Enfim, não sei…

    Bola na Rede: Ou seja, a vertente pessoal está mais complexa do que a profissional?

    Joana Soeiro: Exato. Mas eu vim para aqui para jogar Basquetebol e não para conhecer monumentos. É tranquilo.

    Bola na Rede: Atualmente, o Bembibre não está bem classificado no campeonato e isso acaba por ser um mudança também para ti. Passas de uma equipa que luta por títulos para uma equipa que luta para não descer. Foi difícil mudar o teu mind-set?

    Joana Soeiro: Não tem sido fácil fazer esse ajuste. Mas, sendo muito sincera, quando assinar pelo Bembibre, eu já sabia a realidade do clube. Não é a mesma coisa fechar aqui, para a Liga Endesa, ou fechar na Primeira Liga. Quando fechar com o Benfica já sabes que vais ganhar jogos e que, por muito que a equipa mude, continua a ser o Benfica e uma equipa difícil de ganhar. E nesta época, depois do início complicado, já estão nos lugares cimeiros do campeonato. Já aqui é totalmente o contrário. Abordei esta realidade com uma mentalidade diferente, sem ter de experienciar isso. Nós nunca assinamos por um clube sem perguntar, investigar, pesquisar…

    Bola na Rede: Pensar nos objetivos do clube…

    Joana Soeiro: Claro, objetivos de equipa, objetivos individuais. Mas os individuais não mudam muito. Mas a realidade é que vim para aqui com essa mentalidade. Trabalhar e sofrer muito para ganhar jogos. Esta liga é das melhores do mundo, a realidade é essa. Assinei com um clube que anda a sofrer para se manter nesta liga, que não é nada fácil. Já vim para aqui com essa mentalidade. De facto, não esperava tantas mudanças e tanta “porrada” (risos). É muito difícil manter uma equipa motivada e a trabalhar bem semanalmente quando chegamos ao fim de semana e… derrota. Chegamos a outro… derrota. Derrota… Derrota. Chega à segunda-feira e temos de pensar “vá, vamos lá“. É muito difícil. No início do ano ainda tivemos ali uns bons quatro, cinco jogos muito interessantes onde perdemos por um ou por três. Isto é mesmo muito muito desgastante e um pouco frustrante. A realidade é que depois trocámos de treinador e veio uma treinadora nova. Mas é sempre difícil, é um maestro que não escolhe os músicos. São tudo jogadoras do anterior treinador. Houve muita coisa a acontecer e era literalmente, mês atrás de mês, havia uma mudança. Tentar fazer com esta realidade não abane muito as jogadoras que cá estão é só sobre vitórias. Mas tanta mudança com derrotas é muito difícil. Nunca estive nesta situação. Gosto de me agarrar ao facto de estar aqui a fazer o que me trouxe para aqui: competir com outras grandes jogadoras. E é muito a isso que me agarro. Há sempre a motivação de jogar contra um Valencia, um Saragoça… E isso é o que me faz seguir em frente e acreditar que vim para aqui por um motivo forte.

    Bola na Rede: Joana, mas sentes que o teu estado espírito é idêntico ao das outras jogadoras do plantel. Ou se, por teres chegado este ano e de outro contexto, estás a sentir tudo isto de forma diferente?

    Joana Soeiro: Essa é uma boa questão. Ao contrário das equipas de topo desta liga, que têm aquelas veteranas que não saem nem por nada, as chamadas “máquinas da Liga Endesa”, a realidade é que Bembibre e as equipas de parte inferior da tabela, vão buscar muitas rookies americanas e espanholas. Temos aqui três espanholas muito novinhas, de 20, 21 anos… E isso faz com que a minha mentalidade e a minha experiência seja um pouco diferente da maioria. Temos três americanas rookies, temos duas eslovenas que nunca jogaram nesta liga… Ou seja, não há nenhuma jogadora a jogar na minha equipa que já tenha jogado nesta liga. Faz muita diferença no fim de semana, quando jogas contra uma equipa que tem mais de metade da equipa com “estaleca”. Sou a jogadora mais velha do plantel. Tenho um papel de liderança e de trazer energia para manter o pessoal minimamente animado para continuar a trabalhar. Mas, lá está, é muito difícil fazer ver o que não se vê ainda: o ganhar mais jogos e competir com equipas muito boas. Torna-se muito difícil quando as jogadoras são novas. É casa, pavilhão, casa, pavilhão, jogar. E elas não estão habituadas a isto.

    «Acho que estou no melhor campeonato da Europa, temos três equipas de Euroliga».

    Joana Soeiro, Bola na Rede

    Bola na Rede: A tal maturidade competitiva que se ganha ao longo do tempo. Tu já ganhaste um pouco, elas ainda não…

    Joana Soeiro: Sim, sim. Eu nunca tinha jogado nesta liga, mas o facto de já jogar há muitos mais anos faz-me perceber que já me passaram pelas mãos várias jogadoras, de várias idades, nacionalidades, etc… Sempre tentei ter um papel de melhorar as coisas. Infelizmente, a época está a ser muito dura e muito difícil. Será muito difícil conseguirmos segurar o clube nesta divisão, mas pronto. É o que há. Ou “es lo que hay“, como eles dizem aqui. Está a ser uma experiência dura, mas venho de uma realidade diferente. No Benfica ganhava muito e eu quis provocar este desconforto na minha carreira. Óbvio que não queria tanto desconforto (risos). Mas quis também provocar estes sentimentos menos bons em mim. Este desconforto, esta dúvida… Sei lá, foi isto que procurei. Só fico um pouco desiludida – não sei se é a melhor palavra – mas poderei usá-la para o que estou a sentir a nível interno aqui. A nível de clube, não é aquilo que esperava. Sei que vinha para um clube modesto em relação aos orçamentos praticados nesta liga, mas, a nível geral, eu queria estar a jogar numa liga deste nível, a ganhar ou a perder.

    Bola na Rede: Achas que estás no melhor campeonato da Europa?

    Joana Soeiro: Sim, acho. Temos três equipas de Euroliga neste campeonato a fazerem prestações incríveis. Podemos olhar para outras ligas com equipas que jogam Euroliga e todas as equipas espanholas estão a ser super-competitivas lá fora. Se perguntassem à Joana Soeiro de há 15 anos se gostaria de estaria aqui, sim… E seria um sonho muito difícil. Esta é a melhor liga europeia, é a minha opinião. Já antes de jogar aqui achava isso. É uma liga muito competitiva com jogadoras com um nível acima da média. Há competitividade do primeiro ao último classificado. Há surpresas em todos os jogos.

    Bola na Rede: Joana, mas individualmente também pode ser uma rampa de lançamento para ti. Terá sido também isso que te motivou a mudar?

    Joana Soeiro: Mais do que a minha carreira e futuros contratos, eu quis colocar à prova a minha carreira. Sei no que sou boa e no que não sou tão boa e preciso de trabalhar, mas em que palcos? Será que levar tudo o que sei fazer para uma das melhores equipas, será que consigo ser aposta? Será que é suficiente? A realidade é que se a época terminasse hoje, eu saía com muito boas sensações. Felizmente tive jogos muito interessantes contra equipas muito boas e isso tranquiliza-me um pouco com a aposta que fiz na carreira, ainda que a época, a nível coletivo, não esteja a correr bem. O meu papel é muito de organização e distribuição e se a equipa não ganha, isso é um indicador chato para um base. Posso ter uma média de 14, 15 ou 16 pontos por jogo, mas se a equipa não ganha… Foi uma aposta que fiz… Muito ponderada, reforço. A minha saída do Benfica foi difícil de aceitar, mas também pensei que já não tenho 20 anos e se eu quiser dar este passo tenho de o dar agora. Por isso é que o fiz. Estou a aproveitar? Estou. Sou uma aposta e tenho uma boa média de minutos por jogo. Se não tivesse a produzir, tenho a certeza de que não teria os minutos que tenho. E é isso.

    Bola na Rede: Queria puxar aqui um bocadinho a fita atrás. Já tocaste no tema da tua formação e do período em Indianápolis. Sentes que essa experiência foi fundamental para conseguires esta adaptação de forma mais rápida? Ou seja, se a tua formação fosse toda feita em Portugal, achas que seria mais difícil para ti?

    Joana Soeiro: Sim, acho que vou ter de responder que sim. O estar longe de casa não é fácil e temos de nos adaptar. Não valorizamos isso até sairmos. Uma coisa é estar a cinco horas de casa, mas estar em Portugal porque vou estar rodeada com a minha cultura, com as minhas refeições, etc… Outra coisa é o choque cultural. Já joguei com jogadoras de diferentes países e aqui temos muitas atletas diferentes e com diferentes culturas. E se não estamos habituados a isto, isso pode ser um entrave. Um obstáculo que possa causar algum stress. Tem muito que ver com as pessoas e o lidar com outras culturas e com pessoas que falam outros idiomas. Tenho pessoas aqui que falam pouco espanhol e inglês quase nada. A nossa treinadora não fala inglês… E de todas as estrangeiras, eu sou a única que entende espanhol. E somos sete ou oito. É muito complicado e é tudo uma preparação.

    «Os poucos restinhos de Joana Soeiro, jogadora e pessoa, quero que sejam dados ao Benfica e aos adeptos do Benfica».

    Bola na Rede: Joana, falando agora do Benfica e sabendo da tua forte ligação ao clube. É o teu momento mais relevante na carreira em termos de títulos e conquistas. Muito diretamente, como é que surgiu o convite para jogares no clube encarnado e como é que foi toda a adaptação:

    Joana Soeiro: Quando saí dos EUA, estive no União Sportiva dos Açores durante um ano porque eu queria experimentar o nível europeu e jogar a EuroCup. Pareceu-me super aliciante estar mais próximo e jogar na Europa. Só o tinha feito pelas seleções. Na altura, lembro-me de que o Benfica já está na Liga, mas não tinham grande investimento ainda. Não era um projeto ganhador e que lutava pelos títulos. Mas a época avançou. E não minto, sou bem benfiquista e pensei: “O Benfica agora está na Liga…“. Lembro-me do primeiro jogo que fiz contra o Benfica na Luz e eu assim: “Hum… não me importava nadinha de passar por aqui e sentir o representar deste clube por quem tenho tanto carinho“. A proposta acabou por surgir no final da época com o Sportiva e eu não fazia grande força para continuar. Não me agradou muito, ainda que seja um ilha incrível com pessoas incríveis. Uma ilha linda, mas ainda são algumas horas para Lisboa. Pensei que queria outra coisa e nem tinha ideias de ir para uma equipa portuguesa, mas surgiu a abordagem. E eu não levei muito tempo para aceitar porque, na minha cabeça, eu pensava que era uma experiência que queria ter.

    Bola na Rede: A abordagem foi diretamente para ti, correto?

    Joana Soeiro: Sim, foi diretamente para mim, no final da época. Já tinha decido experimentar outra coisa e acabei por me sentar com eles. Fui à Luz, falei com o clube, perguntei quais eram os objetivos e eu estava numa fase em que queria começar a ganhar títulos. Se vou ficar em Portugal, quero fazer tudo no Benfica. Fazia todo o sentido e tudo se alinhava. Assim foi, assinei por um ano. Depois meteu-se a pandemia e foi uma chatice. Mas, a partir daí, foi sempre a subir.

    Bola na Rede: Foram quatro épocas…

    Joana Soeiro: A faturar (risos).

    Bola na Rede. Três campeonatos, duas Taças de Portugal, três Supertaças… Como é que se criou esta dinâmica vencedora?

    Joana Soeiro: O que nos fez dar este passo e fazer passar a mensagem para toda a liga de que o Benfica era outro Benfica, foi a ideia de que era muito difícil ganharem-nos em qualquer lado. Esta mentalidade foi abraçada por tanta gente. Não só jogadoras, também os adeptos que tivemos de conquistar. Nunca nos falhavam e, do nada, o Basquetebol Feminino do Benfica era uma modalidade querida para os adeptos. Não era só o facto de termos boas jogadoras. É o apoio do clube, é o investimento que víamos que estava a acontecer. Ano após ano, época após época. Claro que ganhando, há mais investimento. Mas também ganhamos porque há mais investimento. A mentalidade foi agarrada por toda a gente e é muito difícil, quando tens qualidade individual e esta mentalidade, que alguém ganhe a uma equipa assim. Óbvio que aconteceu, não há épocas perfeitas. Eram cinco dentro de campo, mas sentíamos sempre que havia uma força de fora. Ali só nos focávamos em jogar e o clube certifica-se de que não te tens de preocupar com mais nada para estares nas melhores condições. Tudo isso ajuda a conquistar uma hegemonia, vá.

    Bola na Rede: Joana, já respondeste tantas vezes a isto e vais ter de responder aqui. O Benfica está no teu horizonte?

    Joana Soeiro: Está. Só se não me quiserem. No que depender de mim, gostaria de voltar. Os poucos restinhos de Joana Soeiro, jogadora e pessoa, quero que sejam dados ao Benfica e aos adeptos do Benfica. Quando estive lá deram-me tanta coisa e quero retribuir. Por isso, sem dúvida.

    «Acreditamos que esta pode ser a qualificação [para EuropeU] em que vamos conseguir aquilo que já queremos há tempo tempo».

    Joana Soeiro, Bola na Rede

    Bola na Rede: A nível de seleção, Joana, estar no Campeonato da Europa é o teu grande objetivo. Estão mentalizadas e acreditam que vai ser um cenário bem real para Portugal?

    Joana Soeiro: Sim, desde que comecei os trabalhos de seleção, temos vindo a melhorar, de qualificação para qualificação. Já mostrámos que somos capazes de competir com as melhoras seleções europeias e mundiais. A equipa está a agarrar-se muito a isso. O início desta qualificação, na qual não tivemos nenhuma derrota, foi como uma rampa de lançamento. Ganhávamos em casa, íamos lá fora e perdíamos por muito pouco. É difícil trabalhar nas janelas porque temos pouco tempo para trabalhar aí, mas, de qualificação para qualificação, temos mostrado resultados. Sempre a melhorar e neste ano aquilo que fizemos em novembro deu-nos ali um boost de confiança e de acreditar que esta pode ser a qualificação em que vamos conseguir aquilo que já queremos há tempo tempo.

    Bola na Rede: Achas que Portugal está perto de se tornar numa potência europeia?

    Joana Soeiro: Já estamos num patamar de respeito a nível europeu. Antes não estávamos. Quem diz isso sobre nós, diz sobre os rapazes também. Portugal vai ser sempre um país de futebol, venha quem vier. A realidade é que, com o passar dos anos, vejo uma melhoria. A nível de rankings e é muito isto a que nos queremos agarrar. Continua a trabalhar para que um dia nos qualifiquemos para um Europeu. E depois é chegar lá e fazer uma brincadeira. O português é muito chato… Quando mete uma coisa na cabeça, cuidado (risos).

    Bola na Rede: Joana, para fechar, em relação à Seleção Nacional de 3×3. Os resultados têm sido muito bons e, por isso, pergunto-te: achas que é uma questão de tempo até chegarmos às medalhas?

    Joana Soeiro: Acho que sim. É como disse em relação ao Benfica: investimento liga-se aos resultados. É muito difícil no Campeonato da Europa passar aquela fase de grupos inicial porque são dois, três jogos disputados num dia e isso é muito desgastante. Mas a preparação que temos tido faz-nos chegar ao Campeonato da Europa com mais experiência. Cometemos erros no passado que nos fizeram crescer e hoje estamos preparados. O 3×3 é muito intenso e onde tudo acontecesse muito rápido. O que aconteceu connosco neste ano, no Europeu, em que fizemos um campeonato tão interessante deveu-se muito a tudo o que disse. Depois houve muita entrega de todo o grupo de trabalho. O investimento por parte da Federação para que a equipa participasse em várias etapas do Women’s Series foi fundamental. A realidade é que todas as seleções fazem isto. Ou seja, tu chegas ao fim da época para jogar o Europeu e já jogaste com as espanholas, francesas… umas quatro vezes. E é óbvio que, sem preparação, não sabes como jogam. Agora, chegámos a uma altura em que, quando temos de preparar os jogos, já nem precisamos de tanto scouting porque já jogámos tanto contra elas e já sabemos o que elas fazem bem e mal. Isso facilita muito a nossa preparação para cada jogo. Logo, a probabilidade de sairmos com uma vitória é muito maior. Foi um grande verão de 3×3. Fiquei muito contente. Tivemos o sabor agridoce de termos ficado em quarto, mas agarramo-nos ao bom. Estamos a crescer e estamos lá quase.

    Bola na Rede: Joana, última questão. E esta é que é mesmo a última. Um objetivo pessoal e outro coletivo?

    Joana Soeiro: Há um objetivo que é comum à Joana Soeiro e a Portugal. Quero muito muito muito poder representar o país num Campeonato da Europa. É um objetivo meu desde sempre. Custa tanto chegar ao verão, trabalhar muito e estar lá quase, e voltar a iniciar outra qualificação do zero. Já sofremos tanto para o conseguir que tem de ser um objetivo.

    Bola na Rede: Vai acontecer, Joana, obrigado por este tempo.

    Joana Soeiro: Obrigado eu, foi um gosto!

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    Mário Cagica Oliveira
    Mário Cagica Oliveirahttp://www.bolanarede.pt
    O Mário é o fundador do Bola na Rede e comentador de Desporto. Já pensou em ser treinador de futebol por causa de José Mourinho, mas, infelizmente, a coisa não avançou e preferiu dedicar-se a outras área dentro do mundo desportivo.