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«Quando cheguei ao SL Benfica o clube não estava organizado como está atualmente» – Entrevista BnR com Miguelito

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-Os altos e baixos em históricos portugueses-

«O mister Carlos Brito foi o mais importante, de todas as pessoas que foram importantes»

Bola na Rede: Regressando ao seu percurso. Depois de meia época no Sp Braga, transfere-se para o Marítimo. E nos anos seguintes passa por Marítimo. Belenenses, V. Setúbal… No balneário do Belenenses chega a partilhar o balneário com o “central” Beto, já em final de carreira, o Pelé, neste caso, no inicio, o Lima, que se estreava em Portugal, e que acabou por fazer carreira no Benfica… Aliás, acho que, na altura, o Lima, na altura, até jogava mais à esquerda…

Miguelito: Não, jogava a ponta-de-lança. Na esquerda, jogava eu. Inicialmente, fui contratado para defesa-esquerdo, mas depois o mister [António Conceição] teve dificuldade em encontrar um jogador que atuasse a extremo e lhe desse aquilo que ele pretendia, e então como eu fazia bem essa posição – já a tinha feito na formação e no Nacional –, acabei por ser adaptado ali ao lado esquerdo.

Bola na Rede: Então, era o Miguelito que alimentava o Lima na altura…

Miguelito: Tentava, tentava…

Bola na Rede: Mas era uma grande equipa. Ainda tinha jogadores como o Cândido Costa e o André Almeida…

Miguelito: E o Zé Pedro também. O Nélson e Bruno Vale na baliza, o Sérgio Barge, o Fredy…Era de facto uma boa equipa. Mas as coisas, nesse ano, não correram tão bem de início… Eu fui convidado, porque, realmente, a minha segunda época no Marítimo não estava a correr de acordo com as minhas expectativas e, então, a meio do campeonato, pedi para me deixarem sair. Surgiu a oportunidade de vir para o Belenenses, a convite do mister António Conceição. O objetivo passava por salvar o Belenenses da descida de divisão, mas foi difícil…

Bola na Rede: As coisas não correram assim tão bem…

Miguelito: Não, de facto não correram. O mister António Conceição chegou ao clube em dezembro, se não me engano, e eu cheguei em janeiro. Quando o mister conseguiu arranjar um “onze” base e implementar as suas ideias já estávamos numa fase adiantada da época, em que já era difícil salvarmo-nos. Acredito que com mais cinco joguitos as coisas ainda se recompunham, mas não foi possível e, nesse ano, acabámos mesmo por descer de divisão, apesar de termos muita qualidade no plantel.

Bola na Rede: No Belenenses jogou também com Fredy Adu, que chegou a ser visto como o próximo melhor jogador do mundo – nessa altura, talvez já não. Mas nos treinos, pelo menos, era um jogador que dava nas vistas? Ou os elogios eram, de facto, exagerados?

Miguelito: Eu já tinha jogado com ele, porque o Adu, quando vem para Portugal, para o Benfica, eu ainda lá estou. E via-se, de facto, muita qualidade, mas essa aura que lhe colocaram também não deve ter ajudado muito. Ele chegou de uma realidade completamente diferente, dos Estados Unidos, muito jovem, com apenas 18 anos, e tudo isso fez com que ele não conseguisse projetar a carreira para o nível que se esperava. Mas, de facto, o Fredy Adu tinha muita capacidade.

Bola na Rede: Falou do António Conceição, que foi importante na sua carreira, mas quando se fala de treinadores há um nome que se destaca na carreira do Miguelito, que é mais especial: o de Carlos Brito. Foi o treinador que o lançou na primeira equipa, com quem subiu à 1.ª divisão com o Rio Ave. Trabalhou cinco épocas com ele…

Miguelito: Sim, o mister Carlos Brito foi o mais importante, de todas as pessoas que foram importantes. De facto, foi ele que me deu a oportunidade de ser jogador de futebol profissional. Como disse, há pouco, havia um fosso muito grande entre a formação e os seniores, e se já era difícil pertencer à equipa principal, mais difícil ainda era jogar. O Carlos Brito deu-me essa oportunidade.

Bola na Rede: E quais foram os outros treinadores que mais o marcaram?

Miguelito: Acho que todos foram importantes. Uns porque viram potencial em mim, e puxaram-me para contextos diferentes e melhores, outros porque me deram a oportunidade de jogar com regularidade, noutros clubes, quando as coisas não estavam a correr assim tão bem. Portanto, acredito que todos foram importantes e que consegui aprender com todos eles. Agora, é natural que as pessoas liguem o meu percurso – pelo início da carreira, por épocas mais positivas – ao Carlos Brito. Mas quero dar ênfase a todos os treinadores com quem trabalhei, porque todos foram importantes em determinada altura da minha carreira.

João Amaral Santos
João Amaral Santoshttp://www.bolanarede.pt
O João já nasceu apaixonado por desporto. Depois, veio a escrita – onde encontra o seu lugar feliz. Embora apaixonado por futebol, a natureza tosca dos seus pés cedo o convenceu a jogar ao teclado. Ex-jogador de andebol, é jornalista desde 2002 (de jornal e rádio) e adora (tentar) contar uma boa história envolvendo os verdadeiros protagonistas. Adora viajar, literatura e cinema. E anseia pelo regresso da Académica à 1.ª divisão..                                                                                                                                                 O João não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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