«Quando o vi na Academia sabia que era impossível ele não ser um grande jogador no futuro» – Entrevista BnR com João Carlos Teixeira

    -A chamada do Dragão-

    «Se calhar eu não encaixava tão bem no estilo de jogo do Sérgio Conceição»

    Bola na Rede: Como surgiu a oportunidade de regressar a Portugal e representar o FC Porto?

    João Carlos Teixeira: Na altura, eu tinha a possibilidade de renovar com o Liverpool, mas apareceu o FC Porto. O FC Porto era uma equipa grande, eu não estava a jogar no Liverpool e achei que seria uma oportunidade para mim e uma montra para dar o salto.

    Bola na Rede: Nessa época de estreia és treinado por Nuno Espírito Santo e a equipa termina na segunda posição. O que achas que faltou nesse ano para a equipa ser campeã?

    João Carlos Teixeira: Nós tivemos aquela situação de estarmos a ganhar em casa com o SL Benfica e acabamos por empatar o jogo no último minuto. Depois, no final do campeonato, tivemos dois jogos em casa que tínhamos de ganhar obrigatoriamente porque o SL Benfica tinha perdido pontos. Basicamente perdemos por culpa própria.

    Bola na Rede: Como avalias esse teu primeiro ano a nível pessoal nos dragões?

    João Carlos Teixeira: Acredito que podia ter jogado mais, que poderia ter corrido de forma diferente, mas por uma razão ou outra acabou por não acontecer.

    Bola na Rede: No ano seguinte, com Sérgio Conceição, acabas por perder espaço na equipa. Tinhas e continuas a ter uma boa relação com ele?

    João Carlos Teixeira: Sim, uma relação cordial. Também só tive dois meses com ele, mas é uma relação normal.

    Bola na Rede: Parece evidente que Sérgio Conceição tem alguma relutância em apostar em jogadores mais tecnicistas. Óliver Torres, por exemplo, raramente era aposta, Paulinho que veio do Portimonense também não encaixou, e mesmo Corona e Brahimi, durante essa época, não foram indiscutíveis. Também te sentiste afetado por essa questão?

    João Carlos Teixeira: Acho que é mais o estilo de jogo que ele utiliza. Se calhar eu não encaixava tão bem no estilo de jogo do Sérgio Conceição e claro, cada treinador tem a sua forma de jogar e tem de escolher os jogadores indicados para a tática que usa.

    Bola na Rede: O empréstimo ao SC Braga, especificamente, foi algo natural ou era um desejo de pequeno representares o clube da tua cidade?

    João Carlos Teixeira: Foi um passo natural. Surgiu essa oportunidade, a minha esposa também estava grávida, foi uma opção muito boa para mim e eu também fiquei muito feliz na altura. Passei um tempo muito bom no SC Braga.

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    Nélson Mota
    Nélson Motahttp://www.bolanarede.pt
    O Nélson é estudante de Ciências da Comunicação. Jogou futebol de formação e chegou até a ter uma breve passagem pelos quadros do Futebol Clube do Porto. Foi através das longas palestras do seu pai sobre como posicionar-se dentro de campo que se interessou pela parte técnica e tática do desporto rei. Numa fase da sua vida, sonhou ser treinador de futebol e, apesar de ainda ter esse bichinho presente, a verdade é que não arriscou e preferiu focar-se no seu curso. Partilhando o gosto pelo futebol com o da escrita, tem agora a oportunidade de conciliar ambas as paixões e tentar alcançar o seu sonho de trabalhar profissionalmente como Jornalista Desportivo.