José Mourinho: «Ganham-se três jogos, mas não é o paraíso porque vem aí uma derrota»

    José Mourinho fez uma reflexão sobre o futebol atual e analisou as mudanças que existiram ao longo dos últimos tempos.

    José Mourinho analisou o contexto do futebol atual e falou das mudanças que ocorreram nas equipas durante os seus tempos de treinador principal:

    «Não é possível ser um treinador de futebol de topo sem falar línguas [diferentes]. O futebol tornou-se universal. No balneário, há jogadores de muitas nacionalidades diferentes e, claro, é preciso aprender a língua materna do país em que se está. No fim de contas, para termos mais empatia e comunicarmos melhor com as pessoas com quem trabalhamos, temos de ser muito bons em diferentes línguas», afirmou em entrevista ao site Gameplan.

    José Mourinho falou também dos diferentes objetivos que podem ser cumpridos em diferentes equipas desportivas:

    «Quando vejo colegas a lutar contra a despromoção e a conseguir manter a sua equipa na divisão, para mim, isso é vencer. Ganhar não é necessariamente ser o tipo que ganha a taça. Ganhar não significa trazer para casa uma medalha ou uma taça. Esta é a coisa mais importante no nosso desporto, que é o futebol: É para ganhar – não é para vender filosofia. Não é para vender desculpas. É para ser um vencedor. A equipa é a coisa mais importante. Mesmo que se seja o melhor jogador do mundo. Um jogador com o maior estatuto do clube: a equipa é o mais importante».

    José Mourinho falou também do momento vivido da AS Roma. A equipa italiana segue com três vitórias consecutivas, mas o treinador alertou que tudo pode mudar de uma altura para outra:

    «Como treinador, temos de ser suaves e fortes. Talvez “suave” não seja a palavra certa – temos de estar abertos, muito abertos ao que os jogadores pensam, ao que os jogadores sentem – e não nos limitarmos às nossas próprias ideias, porque trabalhamos com um grupo. O grupo precisa de ter uma voz, precisa de ter uma opinião, precisa de partilhar. E é preciso ser aberto com os jogadores para que tudo funcione como uma equipa. Ganha-se três jogos seguidos, mas não é o paraíso… porque vem aí uma derrota. Se perdermos dois ou três jogos seguidos, também não é o inferno, porque vamos sair desse momento negro e vamos voltar a ganhar. É muito importante manter o equilíbrio e isso é algo que aprendi muito com a experiência. Penso que quanto mais experiência se tem, mais equilibrado se é – e os jogadores olham para nós e vêem uma rocha – bem como alguém em quem podem confiar».

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    Mário Cagica Oliveira
    Mário Cagica Oliveirahttp://www.bolanarede.pt
    O Mário é o fundador do Bola na Rede e comentador de Desporto. Já pensou em ser treinador de futebol por causa de José Mourinho, mas, infelizmente, a coisa não avançou e preferiu dedicar-se a outras área dentro do mundo desportivo.