Sérgio Conceição: «Não temos tido muita sorte com as situações dos jogos, somos a penúltima equipa com menos tempo de jogo»

    Sérgio Conceição realizou a antevisão do FC Porto x Famalicão. Dragões perderam últimos dois jogos na Primeira Liga.

    Sérgio Conceição marcou presença na sala de imprensa para antecipar o FC Porto x Famalicão. Dragões estão numa má fase na época e perderam os últimos dois jogos da Primeira Liga.

    «Espero um Famalicão à imagem desta época, competente, a fazer um campeonato dentro do que perspetivou. Os últimos dois jogos, que analisámos em pormenor devido ao novo treinador, foi os que nos debruçámos. O Famalicão tem um papel bem apetrechado, é uma boa equipa da nossa liga e temos de dar o máximo para conquistar os três pontos», analisou Sérgio Conceição.

    «O Zé Pedro faz parte da equipa, tem alternado entre jogar connosco e manter o ritmo na B. Tem evoluído de forma muito positiva, um trabalho da parte dele muito interessante. Faz parte do leque de centrais da nossa equipa e, não jogando, é importante para a equipa B. Estamos contentes com os centrais, amanhã posso fazer uma adaptação, vamos ver. Não gosto muito desse termo, mas pode jogar um ou outro jogador ali. O Pepe apresentou-se como um dos primeiros a trabalhar, sem diferença no comportamento. Quando se perde e acontece algo do género, o estado de espírito não é o melhor, mas faz parte. O que não é novidade é dar mais palco a reações e não à causa, mas é o habitual. Não posso falar mais, senão levo mais um processo», reiterou Sérgio Conceição.

    «O principal perigo é tudo o que advém da nossa equipa, do ambiente que podemos criar dependendo da prestação e as incidências do jogo. Não temos tido muita sorte com as situações dos jogos. Não sou muito de estatísticas, mas fui ver uns dados e sofremos 23 faltas contra o Vitória SC. Poucos cartões. Somos a penúltima equipa com menos tempo de jogo, queremos ganhar os jogos com 60 ou 70% de posse de bola e a querer um ritmo alto. Apanhámos equipas muito competentes a nível de organização, mas não é um jogo. São vários jogos. Aliando a isso, alguma falta de mérito para dar a volta por cima tem acontecido também. Durante a época o trabalho mental é o mais importante, as equipas técnicas são bem compostas na capacidade de meter os jogadores bem fisicamente, mas há essa vertente mais emocional do jogo. Não é só a concentração e o foco, nas questões técnico-táticas a capacidade emocional é muito importante. É tão importante como a estratégia que definimos. Talvez seja o ano mais difícil por tudo o que o clube vive neste momento. Alguns pontos perdidos são demérito nosso, mesmo assim. Os jogadores estão atentos, há alturas em que deviam fechar os olhos e os ouvidos e é difícil para os jogadores manter o foco e manter a calma. O nervo é bom, mas entrar em irritação com o que não podemos controlar só nos prejudica.», salientou Sérgio Conceição.

    «Há situações a ajustar e que temos de analisar. Muitas vezes é pegar no que não correu tão bem, ir para o campo e trabalhar. Semanalmente há situações negativas que impedem a equipa de apresentar mais soluções, como lesões ou castigos, mas nós estamos aqui para arranjar soluções para a equipa só entrar focada no jogo de amanhã. Há que olhar para o futuro e para o futuro próximo», vincou Sérgio Conceição.

    «Vão passar muitos anos e não vai haver outro Pepe com 41 anos tão competente, tão competitivo e com tanta qualidade. Não estou a dar moral de barato. Vejo exemplos do Pepe, do Cristiano Ronaldo, de um jogo vivido com muita emoção e paixão. Têm carreiras longas, com três Ligas dos Campeões e está ligado ao jogo, pode cometer um excesso e depois é isso que faz a primeira página. Devemos dar graças a Deus por viver com ele. Gostava de durar mais 140 anos para apanhar figuras destas e estou a viver esta história com o Pepe, como vivi com o Cristiano Ronaldo. Dão um brilho ao que não tem brilho nenhum e o brilhantismo não é metido cá para fora, carreiras fantásticas com competições ganhas e longevidade fora do normal», frisou Sérgio Conceição.

    «Alguns jornalistas sabem que tivemos aqui sessões bi-diárias nos dois dias pós-Vitória SC. Já tive uns passarinhos que me disseram isso. Acho que é importante, gosto de enfrentar o problema que é um desafio. As coisas têm de ser faladas, por vezes sendo desagradáveis. Não gosto muito de andar aos beijinhos, nem os jogadores a mim. Consoante o momento vamos ajustando, pagam-me para isso, para tirar a equipa de uma situação menos positiva, incluindo o estado emocional», finalizou Sérgio Conceição.

    O FC Porto x Famalicão realiza-se neste sábado, dia 13 de abril, e tem apito inicial marcado para as 18:00.

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