Uma vida dedicada à AD Sanjoanense – Entrevista a Hélder Santiago

    Helder Santiago é jogador de Basquetebol. Depois de colocar um fim a 22 anos ao serviço da AD Sanjoanense, o atleta de 28 anos aceitou o convite de ser entrevistado pelo Bola na Rede. Fala brevemente da sua carreira, aborda a sua longa ligação à equipa de São João da Madeira, e, ainda, dá a sua opinião sobre temas importantes do Basquetebol português.

    Carreira como Jogador

    Bola na Rede: Há quanto anos é que está ligado ao Basquetebol?

    Helder Santiago: Eu pratico Basquetebol desde os meus 7 anos de idade, portanto já jogo há 22 anos.

    BnR: Como surgiu a paixão pelo Basquetebol?

    H.S.: Inicialmente, o Basquetebol foi, para mim, mais um motivo para poder passar mais tempo a brincar com os amigos. A paixão por este desporto surgiu, de verdade, mais tarde quando comecei a competir propriamente, o que me levou a ter outra atitude mais séria nos treinos e jogos.

    BnR: Qual era o seu ídolo quando começou a dar os primeiros passos no Basquetebol? E porquê?

    H.S.: Para ser sincero, nunca tive propriamente um jogador que idolatrasse mesmo. No entanto, lembro-me que, antes dos meus jogos, costumava inspirar-me com vídeos dos incríveis passes do Jason Williams e das jogadas magníficas do Tracy Mcgrady.

    BnR: Qual é a sua posição dentro de campo? Durante um jogo, tem de desempenhar alguma função específica nessa posição?

    H.S.: Eu jogo a Base desde que comecei a praticar Basquetebol, pois sempre gostei de ser o organizador e pensador do jogo da minha equipa dentro de campo. Talvez por ter uma personalidade um pouco fria, geralmente gosto de assumir esse papel importante e de poder agir consoante a maré do jogo.

    BnR: O seu primeiro e único clube até ao momento foi a A.D. Sanjoanense. Lembra-se do primeiro dia em que veio treinar a este clube? E quem foi a pessoa responsável pela sua ingressão na Sanjoanense?

    H.S.: Sim, recordo-me vagamente. Na altura, tinham ido à minha escola incentivar-nos a ir experimentar o Basquetebol, então eu e um amigo decidimos aceitar. Lembro-me de ter combinado com ele, para esperarmos à porta do pavilhão um pelo outro, para entrarmos juntos e não termos vergonha quando entrássemos. Do treino em si, já não me recordo assim tanto.

    Entre camadas de formação e equipa sénior, o jogador jogou durante 22 anos com o símbolo da A.D. Sanjoanense ao peito

    BnR: O seu primeiro jogo de competição foi disputado quando e onde? Recorda-se como ficou o resultado final?

    H.S.: Essa é uma pergunta muito complicada de ser respondida, pois não me recordo mesmo.

    BnR: Sei que na época 2004/2005, nos Sub-16 foi chamado para integrar os trabalhos do Centro de Alto Rendimento «Paulo Pinto», da Federação Portuguesa de Basquetebol. Como surgiu essa chamada? E considera que foi uma experiência positiva para a sua evolução como jogador?

    H.S.: Sim, é verdade. Esse convite surgiu no Verão, antes de começar a época, em que o meu treinador da época transata ligou-me a dizer que ia abraçar esse projeto exatamente em S. João da Madeira, e que gostaria de contar comigo. Confesso que, no início, me mostrei um pouco receoso com a ideia, pois envolveria alterar muitos comportamentos da minha vida pessoal como morar fora de casa, mudar de escola, ter um horário mais rígido, entre outros, que, com aquela idade, me deixava um pouco de pé atrás. No entanto, decidi embarcar nessa nova aventura e, mais tarde, vim a perceber que foi um dos grandes passos da minha vida, que me fez crescer quer a nível basquetebolístico, quer a nível pessoal. Considero ter sido uma experiência única e extremamente enriquecedora.

    O base foi chamado para o Centro de Alto Rendimento «Paulo Pinto», na época 2004/2005. Nesta foto, surge com a camisola número 13

    BnR: Desde que joga pela equipa sénior da Sanjoanense, existe algum jogo memorável para si? Se sim, qual foi?

    H.S.: Tenho vários, mas entre todos posso destacar um jogo infeliz no ano 2014, em que perdemos contra o Vasco da Gama, no jogo da Final de subida para a Proliga, com um triplo do meio-campo no último segundo. Foi dificílimo digerir este jogo e ganhar forças para começar tudo de novo no ano seguinte, com ainda mais garra e determinação, e lutar pelo mesmo objetivo.

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    Guilherme Costa
    Guilherme Costahttp://www.bolanarede.pt
    O Guilherme é licenciado em Gestão. É um amante de qualquer modalidade desportiva, embora seja o futebol que o faz vibrar mais intensamente. Gosta bastante de rir e de fazer rir as pessoas que o rodeiam, daí acompanhar com bastante regularidade tudo o que envolve o humor.                                                                                                                                                 O Guilherme escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.