Celtic FC 0-2 Rangers FC: Equipa de Gerrard domina e consolida liderança

    A CRÓNICA: UM OLD FIRM DIFERENTE…E COM UM RANGERS FC SUPERIOR

    Num sempre entusiasmante Old Firm, cuja rivalidade transcende o futebol, o Rangers FC foi muito mais equipa e acabou mesmo por triunfar por duas bolas a zero no Celtic Park, com um bis inesperado do central Connor Goldson. Um Old Firm diferente, face à ausência de público nas bancadas, naquela que é uma das maiores rivalidades do mundo.

    Os primeiros 15 minutos foram de sentido único. O Rangers FC entrou melhor. Mais compacto a defender e mais dinâmico a atacar. Chegou ao golo ainda antes do minuto 10’: na sequência de um livre direto cobrado por Tavernier, Goldson cabeceou para o fundo das redes. Ryan Kent ainda ameaçou o segundo e seguiu-se uma resposta da equipa da casa (por intermédio de Elyounoussi e Olivier Ntcham), mas sem grande perigo. A partir daí, o ritmo baixou e o conjunto de Gerrard conseguiu controlar a curta vantagem até ao intervalo.

    No segundo tempo, esperava-se que a formação da casa fosse capaz de contrariar o rumo dos acontecimentos, mas tal não se sucedeu. Nos primeiros minutos do segundo tempo, numa grande jogada coletiva do Rangers pelo flanco direito, Goldson apareceu no coração da área e, ao segundo remate, atirou para o bis no encontro. Seguiram-se várias substituições de Neil Lennon (só Griffiths assustou!), mas a tendência do jogo em nada se alterou, ao ponto de Kent e Tavernier terem estado muito perto de alcançar o terceiro para os gers.

    Com este resultado, uma das invencibilidades das equipas de Glasgow acabou mesmo por ser quebrada e, assim, a formação de Gerrard continua líder com quatro pontos de vantagem (ainda que com mais um jogo disputado). Estará o Rangers a trilhar um caminho para impedir o decacampeonato do rival?

    A FIGURA

    📸 Connor Goldson with the header. pic.twitter.com/oybYeKlyom

    — Rangers Football Club (@RangersFC) October 17, 2020

    Connor Goldson – O primeiro bis ao serviço do Rangers! E logo contra o grande rival do clube. No lance do primeiro golo, através de um livre, o central soube como desmarcar-se dos oponentes para desviar a bola e bater Vasilis Barkas. Já no segundo, um grande lance coletivo pelo franco direito foi suficiente para que o defesa inglês, no coração da área, ampliasse a vantagem…de forma justa!

    O FORA DE JOGO

    🏆Mohamed Elyounoussi: Premiership Player of the Month for October!👏

    — Celtic Football Club (@CelticFC) November 20, 2019

    Mohamed Elyounoussi – Todos os pontos fortes do avançado móvel do Celtic foram bem anulados pelo setor defensivo visitante e isso foi bem percetível na falta de presença na área e na consequente falta de correspondência aos cruzamentos provenientes das alas. Na única ocasião em que o internacional norueguês conseguiu sobressair num erro defensivo contrário…optou por executar um “chapéu” muito pouco ortodoxo. Seria o 1-1 no encontro! Não foi de admirar a sua substituição logo após o lance do 0-2!

    ANÁLISE TÁTICA – CELTIC FC

    Face a algumas ausências, Neil Lennon viu-se obrigado a fazer algumas mudanças no seu habitual 3-5-2, inclusive no eixo da defesa, onde optou por estrear o jovem Stephen Welsh no lugar de Abd Elhamed, que foi diagnosticado com COVID-19. Na frente de ataque, Patryk Klimala foi o escolhido para render o ponta de lança matador Odsonne Édouard.

    O Celtic até vinha de quatro jogos sem sofrer golos, mas foi cometendo algumas falhas defensivas e não evitou os dois golos do rival (que poderiam ter sido mais…). Mesmo com uma construção a três bem organizada, do outro lado estava um adversário mais compacto, que, aos poucos, foi estancando as investidas da equipa da casa, principalmente nos corredores laterais. Raras vezes os celts conseguiram ter a habitual forte presença na área e, por isso, o perigo junto da baliza de Allan McGregor foi praticamente nenhum – apenas o recém-entrado Griffiths assustou no segundo tempo.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Vasilios Barkas (5)

    Stephen Welsh (6)

    Kristoffer Ajer (7)

    Shane Duffy (5)

    Diego Laxalt (5)

    Jeremie Frimpong (6)

    Scott Brown (6)

    Olivier Ntcham (5)

    Callum McGregor (6)

    Patryk Klimala (5)

    Moha Elyounoussi (4)

    SUBS UTILIZADOS

    Albian Ajeti (6)

    Tom Rogic (5)

    Leigh Griffiths (6)

    David Turnbull (-)

    Greg Taylor (-)

    ANÁLISE TÁTICA – RANGERS FC

    Steven Gerrard decidiu apostar praticamente no mesmo “onze” que eliminou o Galatasaray SK na Liga Europa, trocando apenas Ianis Hagi por Brandon Barker na ala direita do ataque no seu 4-3-3, com um forte envolvimento do extremo (a par de Kent) a puxar o jogo para dentro. Aliás, isso foi visível em todos os momentos de pressão ofensiva, de contra-ataque e até mesmo nas saídas organizadas a partir de trás.

    Os light blues não perderam a identidade no regresso dos balneários e a postura em campo fala por si. Mesmo a ganhar, não baixou, pressionou, atacou e…brilhou. O envolvimento coletivo foi uma das grandes armas da formação visitante, que só não fez mais golos porque Barkas (e até mesmo Ajer) assim o impediram. Grande exibição do Rangers no reduto do rival!

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Allan McGregor (7)

    Borna Barisic (7)

    Connor Goldson (9)

    Filip Helander (7)

    James Tavernier (8)

    Glen Kamara (7)

    Scott Arfield (7)

    Steven Davis (6)

    Brandon Barker (6)

    Ryan Kent (7)

    Alfredo Morelos (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Ryan Jack (6)

    Cédric Itten (-)

    Joe Aribo (-)

    Artigo revisto por Mariana Plácido

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    Miguel Simões
    Miguel Simõeshttp://www.bolanarede.pt
    Já com uma licenciatura em Comunicação Social na bagagem, o Miguel é aluno do mestrado em Jornalismo e Comunicação, na Universidade de Coimbra. Apaixonado por futebol desde tenra idade, procura conciliar o melhor dos dois mundos: a escrita e o desporto.                                                                                                                                                 O Miguel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.