A CRÓNICA: FORAM PRECISOS MAIS DE 120 MINUTOS PARA QUEBRAR UM JEJUM COM 17 ANOS
Num dia de grande decisão em Espanha, o Real Betis Balompié e o Valencia CF defrontaram-se no Estádio La Cartuja, com vista à conquista da Taça do Rei, título esse que os valencianos conquistaram pela última vez em 2019, enquanto os sevilhanos procuravam quebrar um jejum que durava há 17 anos.
Posto isto, o Betis entrou com a corda toda no encontro, abrindo o marcador ainda dentro do primeiro quarto de hora da partida, por intermédio de Borja Iglesias. Ainda assim, e mesmo com os andaluzes por cima da partida, o Valencia conseguiu reagir e chegar ao empate, por Hugo Duro, à passagem do minuto 30. Apesar do domínio dos verdiblancos na partida, o resultado iria mesmo empatado para o intervalo.
Já no segundo tempo, o equilíbrio foi nota dominante, com ambas as equipas a disporem de oportunidades para se adiantarem no marcador, mas com o andar do relógio, o jogo foi-se tornando mais físico e tático, com muita luta pela posse de bola e pouca verticalidade e objetividade das equipas a nível ofensivo. Contudo, o Betis voltou a melhorar e a estar por cima, principalmente nos últimos dez minutos, mas o guardião Mamardashvili mostrou-se a grande nível. O nó no marcador não foi desfeito, e a decisão teve que ser levada a prolongamento.
No tempo extra as equipas mostraram-se algo calculistas, numa altura em que a fadiga também se começou a notar, e as oportunidades de golo escassearam. Só no desempate através de grandes penalidades se decidiu o vencedor do troféu, no qual o Betis levou a melhor e conquistou, assim, um ‘caneco’ que fugia há quase duas décadas.
Para além da conquista da taça, os sevilhanos garantiram também, com esta vitória, uma vaga na edição da Liga Europa na próxima temporada.
A FIGURA
🐼🎋😊
DAME BAMBÚ.#BetisAlé pic.twitter.com/5qnswLWZYx
— Real Betis Balompié 🌴💚 (@RealBetis) April 23, 2022
Borja Iglesias – O avançado espanhol foi, na minha opinião, o melhor em campo até à sua saída, tendo sido determinante no jogo da sua equipa, para além do tento apontado.
O FORA DE JOGO
106′ ⏱⚽️ ¡Comienza la segunda mitad de la prórroga! 🔛
Cambio en el #RealBetis 🔄 Se marcha @AlexMoreno y entra @JMirandaG19
💚🤍 #RealBetisValencia 1-1 ⚪⚫#BetisAlé pic.twitter.com/OiQUVXYDAR
— Real Betis Balompié 🌴💚 (@RealBetis) April 23, 2022
Álex Moreno – O lateral esquerdo do Betis esteve muito aquém nesta partida, tanto a nível defensivo como ofensivo, aspeto em que tem sido determinante para a equipa andaluz nesta temporada.
ANÁLISE TÁTICA – REAL BETIS BALOMPIÉ
Manuel Pellegrini colocou os seus comandados em campo alinhados no seu habitual sistema tático de 4-2-3-1. O Betis mostrou ser forte no jogo interior, com os seus médios em constante movimento e a conseguir boas linhas de passe, procurando também levar a bola com alguma pressa ao último terço do terreno defendido pelo Valencia. Fekir foi uma constante dor de cabeça para a defensiva adversária, bem como as incursões de Juanmi.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Bravo (6)
Bellerín (6)
Pezzella (6)
Bartra (6)
Moreno (6)
Rodríguez (7)
Carvalho (7)
Canales (6)
Fékir (7)
Juanmi (6)
Iglesias (8)
SUBS UTILIZADOS
Joaquín (6)
Guardado (7)
José (6)
Miranda (6)
Ruibal (6)
Tello (6)
ANÁLISE TÁTICA – VALENCIA CF
Já os pupilos de José Bordalás, apresentaram-se num dispositivo tático base em 3-4-2-1, com o internacional português Gonçalo Guedes a ser a referência no ataque. O Valencia mostrou-se bem organizado defensivamente, como é típico nas equipas comandadas por Bordalás, dando primazia ao contra-ataque nos momentos de transição ofensiva, de maneira a ferir a organização do Betis, estratégia essa que teve algum sucesso.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Mamardashvili (5)
Paulista (5)
Diakhaby (6)
Alderete (7)
Foulquier (5)
Soler (7)
Guillamón (6)
Kourouma (6)
Gayà (7)
Duro (7)
Guedes (6)
SUBS UTILIZADOS
Correia (6)
Gil (6)
Racic (6)
Musah (6)