Análise do Grupo E | Euro 2020

    SUÉCIA

    A SELEÇÃO

    Quando se fala do conjunto sueco é praticamente impossível não associar imediatamente a Zlatan Ibrahimovic, embora desde 2016 este só tenha somado mais sete internacionalizações e sem qualquer golo apontado. No entanto, o ponta de lança de 39 anos está a contas com uma lesão e é a grande ausência da lista definitiva dos convocados.

    Apesar de tudo, as mais recentes prestações da seleção azul e amarela deixam boas perspetivas daquilo que pode acontecer nesta edição, destacando-se nomeadamente os apuramentos para os “oitavos” do Euro 2016 e, mais recentemente, para os “quartos” do Mundial 2018.

    O capitão Andreas Granqvist não reúne totais condições para dar o seu contributo, mas o selecionador não hesitou em integrá-lo na comitiva sueca, principalmente tendo em conta a importância que tem dentro do balneário. E quem sabe se a Suécia não será um forte exemplo de que as palavras dos mais experientes podem ter realmente um impacto gritante no seio do plantel…

    A ESTRELA

    Emil Forsberg – Logo a seguir ao ponta de lança Marcus Berg, é Emil Forsberg quem aparece como jogador da convocatória com mais internacionalizações, contabilizando já 56 jogos e oito golos. O extremo de 29 anos transferiu-se do Malmö FF para o RB Leipzig em 2014 e, desde então, não só se tornou uma peça-chave do conjunto alemão, como ainda passou a ser uma das principais figuras da sua seleção, para a qual tem sido constantemente convocado e regularmente utilizado de início.

    O avançado já mostrou que, além dos passes teleguiados, não tem receio de rematar de fora da área (de onde muitas vezes faz golo) e com a frieza necessária para ferir o adversário. Os livres, muitas vezes, são por conta dele e os adversários terão isso em atenção!

    A REVELAÇÃO

    Dejan Kulusevski – Escolher entre o extremo da Juventus FC e o ponta de lança Alexander Isak (Real Sociedad de Fútbol) para a categoria de revelação não foi uma tarefa nada fácil, dado que ambos, com os seus 21 anos, têm protagonizado “brilharetes” nos respetivos clubes.

    Ainda assim, o destaque recai sobre Dejan Kulusevski que é visto como um extremo desequilibrador, com boa condução de bola e detentor de uma grande capacidade para desmarcar os colegas, podendo vir a revelar-se como uma arma secreta nas ocasiões em que entrar em campo na condição de suplente utilizado. Chamado pela primeira vez em 2019, o jovem avançado conta com onze jogos na seleção, cinco deles a partir do banco de suplentes, tendo já marcado um golo.

    O SELECIONADOR

    Janne Andersson – Selecionador sueco desde 2016, Janne Andersson ganhou metade dos 56 encontros que realizou, ou seja, 28 triunfos. Além disso, contrariamente a anos anteriores, o treinador de 58 anos conseguiu levar a Suécia a ultrapassar as fases de grupos das provas internacionais em que esteve inserido, com percursos muito positivos e de bom futebol.

    Até chegar à liderança da comitiva sueca, Anderson passou apenas por emblemas do seu país, tais como o Halmstads BK e o IFK Norrköping, tendo conquistado o campeonato de 2015 neste último, algo que fez certamente despertar a curiosidade dos dirigentes máximos da Suécia. Estará à altura de repetir os feitos dos últimos anos?

    ATÉ ONDE PODEM IR?

    A Suécia terá uma palavra a dizer na luta pelas duas primeiras posições, de modo a evitar as contas afetas aos terceiros classificados que podem ou não seguir em frente. Teoricamente (embora no futebol tudo seja possível), o duelo com a Polónia poderá ser decisivo para sonhar com a segunda posição, isto partindo do cenário mais provável de ver a Espanha arrecadar a liderança do grupo. Ainda assim, vale a pena frisar que a Suécia esteve no mesmo grupo de qualificação dos espanhóis e foi uma das duas equipas a travá-los na sua série vitoriosa. Caso se apure para os oitavos, restará fazer o melhor possível e tentar surpreender.

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    Miguel Simões
    Miguel Simõeshttp://www.bolanarede.pt
    Já com uma licenciatura em Comunicação Social na bagagem, o Miguel é aluno do mestrado em Jornalismo e Comunicação, na Universidade de Coimbra. Apaixonado por futebol desde tenra idade, procura conciliar o melhor dos dois mundos: a escrita e o desporto.                                                                                                                                                 O Miguel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.