REPÚBLICA DA IRLANDA
Revelou-se alguma falta de ambição no escalonamento inicial de de O’Neill, que deixou ficar elementos importantes (McGeady e Walters) no banco e que podiam ser úteis para explorar alguma permeabilidade defensiva belga. Não o conseguiu fazer, em nenhum momento do jogo, embora conseguisse travar o ímpeto adversário durante a primeira parte graças a um enorme voluntarismo de Hoolahanm que transformava o 4x4x1x1 num 4x5x1 sempre que a bola estava em posse alheia.
Aliás, a bola foi sempre uma espécie de íman para os jogadores irlandeses que colocavam sempre dois ou três jogadores sobre o seu portador. Isso teve efeitos benéficos durante o primeiro tempo, embora com uma ou outra falha táctica.
No segundo tempo, foi pior. Um erro deitou tudo a perder, logo aos 46 minutos. A equipa balanceou-se sem muita cautela para o ataque, deixou espaço nas costas, e os belgas não desperdiçaram. 1-0. É certo que a jogada é precedida de uma pretensa grande penalidade não assinalada a favor dos irlandeses, mas isso não pode desculpar a desorganização defensiva, que o pilar que sustentaria a esperança dos “Boys in Green” na conquista de um ponto.
A partir do golo sofrido, a história foi simples. Maior caudal ofensivo irlandês, mais espaço nas costas para os belgas explorarem. Foram encaixados mais dois golos, podiam ter sido mais.
Agora, sobra a réstia de esperança irlandesa numa Itália que se alheie do resultado (porque dele não precisa, assegurado que está o primeiro lugar) e do orgulho na última jornada, de forma a carimbar o apuramento para os oitavos.
Notas aos jogadores:
Randolph – 4
Coleman – 5
O’Shea – 4
Clark – 4
Ward – 3
Hendrick – 3
Whelan – 4
McCarthy – 3
Brady – 5
Hoolahan – 5
Long – 4
McClean – 4
McGeady – 4
Keane – 3