POLÓNIA
Jogo diferente, a mesma estratégia. Adam Nawalka pôs as fichas nos mesmos 11 jogadores do encontro com a Suíça. Não teve o mesmo resultado.
A Polónia entrou à espreita do erro, matreira, espreitando um qualquer lance em que pudesse injectar uma porção dos quilos de veneno que emanam da rapidez das suas alas e do eixo do seu ataque.
Não teve de esperar muito por essa oportunidade. Numa bola dividida, Grosicki antecipou-se a Cédric, deixou o lateral direito português por terra, foi à linha, procurou o coração da área e lá estava Lewandowski a inaugurar o marcador, aos dois minutos, naquele que foi o segundo golo mais rápido de sempre em campeonatos da Europa.
A estratégia manteve-se e a Polónia continuou a jogar em contenção, mas sem deixar de explorar as alas nem de usar a agressividade (com o consentimento de alguma permissividade nacional) para obter os seus intentos. Foi assim que Lewandowski voltou a assustar, depois de se antecipar a Pepe, e foi assim que Grosicki, em combinação com Milik, provocou calafrios entre os adeptos portugueses.
Estavam declaradas as intenções da Polónia, e nem com o golo sofrido alterou a sua postura, mantendo-se glaciar no posicionamento ao mesmo tempo que ia espreitando a permeabilidade das laterais defensivas lusas. Grosicki foi quem mais perigo criou, dando água pela barba a Cédric, com o lance de maior perigo a surgir na sequência de um cruzamento seu, ao qual Milik respondeu de cabeça, obrigando a defesa apertada de Patrício.
Mas Grosicki não durou o jogo todo, e a equipa perdeu um pouco da sua matreirice à medida que o seu homem mais “venenoso” ia quebrando fisicamente… Até sair para dar lugar a Kaputska.
A Polónia, a partir daqui, conformou-se com o empate, com um destino que já lhe tinha sido favorável antes e onde se julgava especialista… Mas não foi.
Classificação dos jogadores:
Fabianski – 6
Piszczek – 6
Glik – 6
Pazdan – 6
Jedrzejczyk – 4
Blaszczykowski – 6
Krychowiak – 6
Maczynski – 5
Grosicki – 7
Milik – 7
Lewandowski – 7
Jodlowiec – 4
Kapustka – 5