Portugal 0-0 Áustria: Se as estatísticas ganhassem jogos

    PORTUGAL

    Fonte: UEFA
    Fonte: UEFA

    Fernando Santos prometeu mudanças, mas referiu que a revolução ficara em 1974. E cumpriu com a sua palavra. William entrou para o lugar de Danilo, de forma a dar mais qualidade de passe na saída de bola e Quaresma substituiu João Mário em busca de maior profundidade. O 4x4x2 manteve-se inalterado.

    As coisas não começaram da melhor maneira, sobretudo no lado esquerdo da defesa, com muito espaço vazio nas suas costas. Porém, isso foi, aos poucos, corrigido com o avolumar do caudal ofensivo português. Nani deu o mote, ao brilhar num gesto técnico que o isolou mas a falhar na altura da finalização. Logo a seguir, Vieirinha obrigou Almer a defesa apertada e na sequência de um canto, William obrigou o guardião a ir ao chão com bom cabeceamento.

    A densidade do meio-campo austríaco ia sendo diluída com os rasgos nacionais. Raphael Guerreiro subiu de produção e ofereceu um golo a Ronaldo que, em zona prometedora, atirou ao lado. Logo depois, canto curto, Nani, de cabeça, ao poste a confirmar a vontade nacional em assumir o jogo, indo para o intervalo a sufocar o adversário.

    Na segunda parte, Portugal voltou a demorar a entrar no jogo, mas quando “pegou” nele, não o largou, revelando excelente circulação de bola, com William Carvalho a assumir papel de destaque nesse particular, começando nele muito do jogo ofensivo nacional.

    Até Pepe dava o seu contributo, antecipando-se ao meio-campo austríaco e funcionando como uma espécie de homem a mais no meio-campo contrário. Num desses raides, a bola chegou a Cristiano Ronaldo, que disparou de longe para grande defesa de Almer. Na sequência do canto, cabeceamento do tri-Bola de Ouro, nova defesa do guardião austríaco. Portugal ia forçando, e beneficiou mesmo de uma grande penalidade. Mas Cristiano Ronaldo… falhou.

    A equipa não perdeu a fé, manteve o discernimento na circulação da bola, sufocando a Áustria no seu próprio meio-campo.

    Rafa e João Mário (substituíram Nani e Quaresma) deram frescura ao ataque, e conseguiam trazer a equipa consigo, mas faltou a concretização. Parecia que o golo ia aparecer não tarda… mas o jogo “só” teve 90 minutos.

    Segundo jogo do Euro. Portugal totaliza 50 remates, 21 cantos, 1 grande penalidade… 1 golo. Se as estatísticas ganhassem jogos, já estaríamos apurados.

    Notas aos jogadores:

    Rui Patrício – 6

    Vieirinha – 6

    Pepe – 5

    Ricardo Carvalho – 6

    Raphael Guerreiro – 5

    Quaresma- 6

    William – 7

    Moutinho – 6

    André Gomes – 6

    Nani – 6

    Ronaldo – 6

    Éder – 4

    João Mário – 5

    Rafa – 5

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